Quando Zé Ricardo ficou onze jogos como interino no último Campeonato Brasileiro, após a saída de Muricy Ramalho por problemas de saúde, uma coisa ficou clara: os jovens são os mais frágeis de uma classe já tão fragilizada como a dos técnicos no Brasil. Em geral, precisam de resultados. Neste domingo, Zé Ricardo, 46 anos, conseguiu seu primeiro título numa final tensa e que fechava uma semana desgastante na vida rubro-negra. Encarou a situação com a elegância de um veterano.
Com todos os holofotes em sua direção, distribuiu homenagens generosamente. Falou do aspecto técnico, mas também da história construída por Juan no clube ao comentar sua inclusão na lista de relacionados, ontem. Ao lembrar de Muricy, valorizou o papel do antecessor no início do projeto, nos primeiros meses de 2016. Deu abraço carinhoso em Jayme de Almeida, ex-técnico e ex-jogador do clube, hoje um de seus auxiliares. Depois, falou de Zagallo.
— O fisioterapeuta dele é amigo em comum. Zagallo me disse palavras muito carinhosas. Coloquei na cabeça que, se pudesse agradecer, o faria em público — disse o técnico, sereno o tempo todo. — Muricy iniciou o projeto. E, depois, sempre disse que o Flamengo estava com a pessoa certa.
Coube a Zé Ricardo, que em 21 dias completa um ano à frente do time, levar o Flamengo a seu oitavo título estadual no século XXI: foram oito conquistas em 17 edições do torneio.
Só o banho de isotônico dado pelos jogadores do Flamengo, que invadiram sua coletiva, mudou um pouco o semblante calmo do técnico. Mas ele sabe o papel da conquista em sua afirmação.
— Cresci ao lado do Maracanã. Frequento desde 1978 e, até o ano passado, ia para a arquibancada ver jogos. Nessa semana, poucos sabem o que passei. Minha cabeça não parou de girar, com o jogo da Libertadores, os jogos com o Fluminense. Cheguei ao clube aos 27 anos… São muitas coisas envolvidas neste título — disse. — A cobrança pelo título seria grande com qualquer treinador. Um clube como o Flamengo não pode ficar dois, três anos sem uma taça. Este grupo merece muito.
Ao seu estilo, dedicou tempo até para falar de Abel Braga, rival de ontem.
— Ele era um dos meus motivos de preocupação nesta semana. É um espelho para mim — disse Zé Ricardo.
Fonte: O Globo
Juan preferiu o internacional , quando veio pra o Brasil, agora ele quer ser lembrado no nosso querido flamengo.
Não culpo o Juan, na época o Fla era uma bagunça generalizada, se bobear devia até as cuecas que os jogadores usavam.
PARABÉNS RICARDIOLA
Os corneteiros pelassaco estão com a cara queimando. Cadê os babacas agora?