O cronômetro marcava 39 minutos do segundo tempo. Àquela altura, com o placar de 1 a 0 para o Fluminense, a final iria para os pênaltis. Iria se não fosse Guerrero. Gabriel cobrou escanteio, Réver cabeceou, Diego Cavalieri deu rebote e, na sobra, de perna esquerda, Guerrero estufou a rede e enlouqueceu o Maracanã. E na comemoração o atacante viu o manto rubro-negro virar sua segunda pele.
Guerrero correu para comemorar ao mesmo tempo em que tentava tirar a camisa. O peruano não conseguiu driblar o novo modelo de uniforme mais justo ao corpo, com botões fechando a gola. Tentou puxar pelo braço direito, pelo esquerdo, e pelo pescoço. Nada. Logo, seus companheiros chegaram para abraçar e o sufocaram de vez, maior caô com a camisa.
A comemoração, então, foi vestido com o manto, mas despido de frieza: Guerrero vibrou, gritou e festejou junto à torcida. Quando a partida iria recomeçar, recebeu o abraço e caminhou alguns metros com Rodinei, que selaria de vez a conquista do Campeonato Carioca ao fazer o segundo gol, aos 50 minutos. Os dois nomes do jogo lado a lado.
E aí, surgiu um novo caô com a camisa: na comemoração, um torcedor surrupiou o manto do lateral-direito. Mas tudo é festa, com ou sem camisa, lá estava a faixa de campeão carioca no peito. E enquanto o peruano ficava falando no gramado após o apito final “campeão p***”, o camisa 2 prometeu ir atrás de quem pegou sua camisa que custou a sair.
– Estou rindo agora, porque lembro do momento. Dei mole porque tirei a camisa. No outro jogo brinquei com o Juan e com o Diego que ia comemorar com a torcida, acabei escorregando contra a Católica e hoje o cara puxou a camisa da minha mão. Mas depois vou ver na câmera quem pegou e vou dentro dele. Vou atrás dele!
E o que aconteceu contra a Católica..
Voltou a acontecer contra o Fluminense…
Fotos de Alexandre Durão e André Durão
Fonte: Globo Esporte
show emoção grande
Incrível essas duas fotos em dois jogos diferentes.