Há três ano o Flamengo não conquistava um título. Apesar de no discurso torcedores e até dirigentes rubro-negros desvalorizarem o Campeonato Estadual, pendurar uma faixa no peito novamente era o maior desejo de todos os envolvidos com o futebol do clube. O motivo é simples: coroar uma guinada no trabalho desde 2014, data da última conquista, e um processo de trabalho imune a resultados imediatistas.
No percurso, houve uma série de erros, mas muitos acertos. A reportagem lista as 13 razões pelas quais o Flamengo mereceu ser campeão. ‘Merecimento’ foi a que resumiu todas, na avaliação do técnico Zé Ricardo. O diretor-geral Fred Luz explicou um pouco do que deu certo recentemente.
– O nosso objetivo, e isso sempre foi falado pelo presidente, é estar em condições de ganhar todos os títulos que disputa. Montamos um elenco e uma sistemática de admnistração para isso, qualificamos e buscamos essa solidez. A gente fala internamente em uma escada, em que sobe degrau por degrau, mas não desce – ilustrou o executivo.
Depois que Márcio Araújo fez o gol do título carioca, em 2014, o Flamengo iniciou uma reformulação já projetada pela eliminação dias antes na Libertadores. A competição continental se tornou obsessão. Sem recursos e priorizando a reorganização financeira, o clube trouxe o diretor executivo Rodrigo Caetano, que estava no Vasco. A manutenção do trabalho no departamento de futebol, apesar de crises e pressão por trocas, deu o mínimo de estabilidade ao projeto. Nesse cenário, a garantia de salários em dia começou a mudar a imagem do clube para os atletas. Ainda que tenha havido uma série de contratações questionáveis àquela altura.
Especialmente de técnicos. A continuidade de Zé Ricardo, que se aproxima de um ano de trabalho no Flamengo, foi raridade. Depois de demitir o técnico campeão da Copa do Brasil e do Estadual, Jayme de Almeida, o clube trouxe Ney Franco, que durou pouco. O projeto passou ás mãos de Vanderlei Luxemburgo, que durou um bom tempo, mas vivia questionando a diretoria e tentava concentrava poder. Aí está uma nova correção de rota. Com Cristóvão Borges e Oswaldo de Oliveira, o Flamengo viu que precisava mais do que um técnico, precisava de uma comissão e de estrutura.
– O processo do futebol como um todo tem evoluido constantemente. O CT está pronto, a estrutura, sistema de informação, área de inteligência, trabalho multidisciplinar no futebol, todo mundo conversa, não tem bateção de cabeça, fora a melhoria do elenco – enumerou Fred Luz, que saiu do marketing para tornar-se CEO.
Ao fim de 2015, com a queda de produção no Brasileiro, Muricy Ramalho virou a solução para o time voltar a disputar grandes títulos. Com ele, veio um conceito de maior integração e valorização da base, que se tornou importante este ano, em que a rotatividade do elenco em competições importante se fez necessária.
Antes disso, porém, era preciso dar uma cara ao elenco do Flamengo. Em 2015, um grupo formado por Everton, Paulinho, Cirino, Pará e Alan Patrick acabou afastado por indisciplina. Destes, Pará e Everton permanecem no clube, mas inseridos em uma nova filosofia. Com a contratação de atletas com perfil comprometido, disciplinado, até religioso, o grupo ficou uniforme e quem não se encaixava saiu, como Paulinho e Cirino.
Sem novos focos de farra, e com treinos apenas no Centro de Treinamento, a rotina de trabalho ficou controlada e individualizada também. As contratações se avolumaram com o aumento da receita do clube, e mesmo que nem todas tenham dado certo, aumentaram a concorrência e o desempenho coletivo. Com o afastamento de Muricy Ramalho, com problemas no coração, o interino Zé Ricardo ganhou a chance da vida, e provou que a aposta na base também serve para técnicos.
– Zé Ricardo pegou bem esse espírito, as outras áreas também. É um processo gerencial que acompanha os objetivos de cada área. E vamos atrás de objetivos mais audaciosos. Se não for atingido vamos fazer melhor da proxima vez – explica o diretor-geral.
Com melhor estrutura e tecnologia de ponta, Paolo Guerrero, a principal aposta até então, cresceu de produção, e passou a dividir os holofotes com Diego, outra aquisição que elevou o nível do Flamengo. O meia, fora da final, assumiu a vaga de ídolo cativa desde a saída de jogadores de renome como Ronaldinho, Adriano e Vagner Love. E mais: veio adequado ao padrão de comportamento criado no clube.
Diante de todos os movimentos em busca de um alto padrão de excelência, o Flamengo obteve desempenho importante no Brasileiro do ano passado, quando disputou o título. No entanto, com muitas viagens e ainda sem um estádio, problema que se arrasta até agora, ficou pelo caminho. E o cheirinho de hepta também. Agora, no desprestigiado Estadual, é a primeira chance de provar que o rumo está correto. É o sinal de que voos mais altos podem ser alcançados adiante.
– Ano passado a gente era o setimo maior investimento, mas acabamos o ano entre os tres primeiros, com chance de ser campeão. Esse ano a gente está melhor ainda, então a expectativa é de melhores resultados esportivos. A pressão pelo resultado vai existir porque estamos mais qualificados – finalizou o CEO Fred Luz.
VEJA AS 13 RAZOES PELAS QUAIS O FLAMENGO MERECEU O TITULO:
1- Manutenção do trabalho no departamento de futebol, com Rodrigo Caetano.
2 – Bancar o talento de Zé Ricardo mesmo sem experiência.
3 – Tirar definitivamente os treinos da Gávea.
4 – Apagar focos de indisciplina no elenco.
5 – Apostar em jogadores com perfil comportado e de liderança.
6 – Salários em dia e recuperação financeira.
7 – Método de trabalho baseado em rotinas seguidas com disciplina e avaliado permanentemente.
8 – Esforço para manter os jogos no Rio em 2017 e acabar com as viagens.
9 – Investimento no CT e na estrutura de trabalho e tecnologia.
10 – Valorização maior da base.
11 – Rotatividade e manutenção do elenco.
12 – Contratação de Diego e aposta em novos ídolos.
13 – Diminuição da interferência de dirigentes amadores no dia a dia do futebol.
Reprodução: Extra
Olá amigos , afinal chegamos com muita dificuldade ao campeonato em cima do Fluminense , aquele que um dia deixou de cumprir todo
o processo disciplinar, rebelando – se em não atender o regulamento
que tratava do descenso , e para salvar-se quase empurrou o nosso
Flamengo para a segunda divisão do futebol do Rio de Janeiro . Fato
passado , e o presente teve a felicidade de por esforço e raça dos
atletas ,que na marra foi buscar o resultado . Mas depois de ler sobre
declarações do presidente concordo em parte sobre o elenco que foi apregoado como o elenco primordial na conquista do título, onde eu
discordo , porque o elenco está aquém das necessidade , em atletas
de alto rendimento . E alguns dos que pouco colaboraram estão no
banco milionário sem serventia , mesmo sendo escalado , faço estas
observações ,mesmo exaltando a conquista muito merecida pela raça
empregada no evento .
Saudações Rubro Negras
Só por curiosidade: quantos jogadores do elenco estão acima dos 30 anos? &;-D
Para, Rever, Juan, Donatti (a fazer 31), Márcio Araújo, Diego, Guerrero, Conca, Éderson, Guerrero, de um elenco de trinta e poucos jogadores.
Destes, tirando o Juan, o mais velho é o Conca, que fará 34 depois de amanhã. A maioria destes tem 32, sendo que o Guerrero é o terceiro mais velho, fazendo 34 em janeiro. SRN
Como suspeitava, preocupante. Certamente necessitaremos fazer uma boa reformulação de elenco daqui a uns 2 ou 3 anos… &;-D
E o Vasco? kkkk
Excelente. agora qualquer baderneiro ou baladeiro tem que ser “degolado”. jogador profissional deve seguir à risca os ditames do clube e o que fora programado. Sonho também com um maior afastamento da imprensa, assim como Real e Barça também fazem.