Flamengo e Botafogo fazem mais um clássico na temporada sem seus “10”. Camisa que simboliza os grandes destaques no futebol, embora cada um use um número diferente – dos quatro, só Camilo é o dono fixo dela. As duplas de meias formadas em 2017 e consideradas ideais por rubro-negros e alvinegros para conquistar títulos ainda não deram o ar da graça. E continuarão assim neste domingo. Do quarteto, o único que deve ser relacionado para o jogo da quarta rodada do Campeonato Brasileiro é Diego. Mas, por estar recém-recuperado de lesão, ele ficará no banco às 11h (de Brasília), no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ).
Além das ausências, os quatro guardam outras semelhanças por seus respectivos clubes. Todos vieram sem custos de transferências, apenas arcando com os salários, após ficarem “livres”. Diego e Camilo chegaram no meio de 2016: o 10 rubro-negro havia terminado contrato com o Fenerbahçe, da Turquia, enquanto o 10 alvinegro rescindiu com o Al Shabab, da Arábia Saudita, depois de ficar cinco meses sem receber. Já os argentinos Conca e Montillo foram os presentes de Natal trazidos da China como apostas para 2017, com foco na Libertadores: o gringo do Bota tinha ficado sem vínculo no Shandong Luneng, enquanto o do Fla foi emprestado de graça pelo Shangai SIPG.
Outro ponto em comum é que, juntos, ainda não conseguiram jogar. Montillo e Camilo até entraram em campo algumas vezes, em 515 minutos ao todo, o que dá quase seis partidas, mas pouco produziram e levantaram a dúvida se podem atuar lado a lado. A última vez que entraram em campo um com o outro foi há dois meses. Depois, o argentino vem sofrendo com lesões e ainda não conseguiu voltar. Diego e Conca, por sua vez, se trocaram passes foi apenas em treino. Após cirurgia, o gringo está desde agosto fora de combate e vai voltar aos poucos. Mas o exemplo da dupla alvinegra também faz rubro-negros questionarem como será o rendimento deles juntos.
Para vê-los lado a lado, as duas torcidas precisarão esperar um pouco mais. Neste domingo, os prováveis camisas 10 serão Ederson, pelo Flamengo, e João Paulo, pelo Botafogo.
QUAL O PANORAMA DO QUARTETO?
- DIEGO
Desde quando contratado, o camisa 35 correspondeu às expectativas. É claro que o meia ainda pode mostrar mais do que já apresentou, mas o destaque no Flamengo é nítido – não só dentro de campo, mas como líder do elenco durante a reta final da temporada passada e o início de 2017. No ano passado, Diego disputou 17 jogos e marcou seis gols pelo Flamengo, além de ter virado uma referência. Ajudou o time de Zé Ricardo a ficar com a terceira posição do Brasileiro e se garantir na fase de grupos da Libertadores. Já mais adaptado, cresceu e passou a ser ainda mais decisivo nos confrontos, o que rendeu, inclusive, o retorno à seleção brasileira. Mas foi atrapalhado por uma lesão no joelho, por isso, tem “só” 12 partidas e seis gols no ano. Deve voltar a jogar neste domingo, mas entrando no segundo tempo.
- CONCA
Já o camisa 19 ainda espera pela estreia. O meia, contratado por empréstimo até o fim do ano, chegou ao Flamengo em janeiro se recuperando de uma cirurgia no joelho. Desde então, evoluiu: saiu da academia e foi para o campo, depois começou a treinar com bola e atualmente já está integrado ao elenco, mas ainda não vai debutar no domingo. O lado “menos pior” da ausência de Conca é o fato de o argentino não receber salários do Flamengo. No contrato de empréstimo, está previsto que o clube brasileiro só assumirá os vencimentos a partir do momento em que o argentino estrear. Enquanto isso não acontece, o Shanghai arca com as despesas. A expectativa é de que ele, que já treina com o grupo há mais de um mês, seja utilizado por Zé Ricardo ainda em junho.
- CAMILO
O único camisa 10 do quarteto chegou ao Botafogo voando. Ficou um período treinando no clube até abrir a janela de transferências internacionais e já comeu a bola na estreia. Era só o começo de boas apresentações e golaços, até de bicicleta, que o deram o apelido de “Camito” pela torcida. Foi um dos principais responsáveis por levar o time da zona de rebaixamento do Brasileiro à Libertadores com 30 jogos e seis gols. Daí a grande expectativa criada para a dupla com Montillo. Porém, o meia de 31 anos teve uma queda brusca de rendimento na atual temporada: balançou a rede só uma vez em 22 partidas, perdeu até pênalti e vem sendo contestado por parte dos alvinegros. Mesmo assim tem sua importância para o time e vai fazer falta no clássico por ter sido vetado pelas dores no ombro direito.
- MONTILO
De volta ao Brasil, o argentino aceitou o projeto do Botafogo e enlouqueceu a torcida. Mas a empolgação por enquanto é mais no papel pelo currículo vitorioso do meia. Em campo, disputou apenas 12 jogos até aqui com só um gol marcado em amistoso em janeiro, embora tenha sido importante nos jogos da Libertadores. O problema é que vem sofrendo para se readaptar ao futebol brasileiro após três anos na China. Atuou pouco em quantidade justamente devido a problemas físicos. Está há dois meses sem jogar por causa de duas lesões seguidas, uma na coxa e uma inflamação na panturrilha, fato que o fez virar alvo de críticas nas redes sociais. Como resposta, anunciou que devolveria os salários de abril e maio, mas o presidente Carlos Eduardo Pereira recusou. Na transição, seu retorno está perto.
Fonte: Globo Esporte
o Conca e o Diego nunca vão jogar um jogo inteiro juntos enquanto o ZéCovarde for o técnico, da mesma forma que Vizeu e Guerrero nunca jogarão um jogo juntos….ele só conhece o 4-2-3-1 dos pontas marcadores é só isso….e nunca vai mudar….