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GE: Fla paga cones e painel de trânsito, mas tem redução de até 70% em gastos na Ilha

Com descontos de quase 70% da bilheteria na inauguração da Ilha do Urubu – após a reforma e ampliação no estádio Luso-Brasileiro -, o Flamengo projeta aumentar o resultado financeiro na nova casa gradativamente. Na primeira partida, faturou R$ 246 mil, fora o desconto da penhora de R$ 36 mil sobre a renda. A diretoria já estuda fazer ajustes de preços depois desses três jogos da Ilha – é provável que baixe o preço de alguns setores. A venda de 7.345 pacotes gerou receita de R$ 1.133.145,00 para os cofres do Flamengo.

Na comparação com os altos custos do Maracanã, o clube vê como melhor opção a Ilha do Governador. Houve redução grande de gastos na maioria dos casos. Vamos a eles ponto a ponto.
Consumo

O clube estimou R$ 50 mil de consumo de água, gás e luz no borderô da Ilha. Estes valores significam economia de 70% em relação aos gastos no Maracanã – cujo consumo chega a R$ 170 mil por partida.

Operação do jogo
Para as primeiras partidas o Flamengo, explicou o diretor de novos negócios, Marcelo Frazão, “superdimensionou” gastos com equipes de seguranças, orientadores e funcionários. Trabalharam na primeira partida 300 agentes na Ilha do Urubu. O clube colocou R$ 198 mil nessa conta no borderô. O que inclui, de acordo com o clube: além de seguranças, pessoal de limpeza, manutenção, postos médicos, socorristas, orientadores e controladores de acesso, catraqueiros, funcionários de tecnologia de informação (TI), locutor, operação de telão entre outros.

Para efeito de comparação, uma partida no Maracanã costuma ser mais do que o dobro, passando de R$ 400 mil. Isto sem falar no aluguel do estádio. O acordo do Flamengo na Ilha não aparece no borderô, mas é estimado em R$ 300 mil mensais, o que foi acordado no contrato de três anos, renováveis por mais três anos com a Portuguesa. A diretoria do Flamengo vai estudar a diminuição destes gastos jogo a jogo.

– Isso depende basicamente do comportamento da torcida. A ideia é que a torcida entenda que sua segurança depende e muito do seu próprio comportamento no acesso, dentro do estádio e na saída – comentou o diretor rubro-negro.

Aluguel de grades
No Maracanã, o aluguel de grades para Flamengo x Atlético-GO custou R$ 37 mil, valores médios em jogos. Na Ilha, o borderô apontou R$ 22 mil de aluguel de grades. Frazão explica que estes custos equivalem, além do aluguel, a montagem, desmontagem e transporte de todas as grades. O clube procurou melhor oferta do mercado e discute internamente se vale comprar e armazenar as grades para evitar este custo por partida, informou o diretor de novos negócios do Flamengo.

Confecção e pré-venda de ingressos
Este custo corresponde ao pagamento do sistema e da operação de vendas da empresa responsável pela administração das entradas. No Maracanã, para o Fla-Flu, por exemplo, o borderô assinalou R$ 87 mil. Contra o Atlético-GO, este custo foi de R$ 66 mil. Na Ilha, menos da metade, com R$ 31,5 mil.

– Este é um questionamento que sempre temos. “Por que essa despesa se é cartão e os ingressos não são impressos?” O valor depende da renda, do número de ingressos vendidos para sócios torcedores, do número de ingressos vendidos pela internet para não sócios, pelo número de cortesias emitidas etc – explica Marcelo Frazão.

Os gastos extras e o que aumentou

Operação de trânsito
Se há bastante redução de despesas, há também gastos extraordinários que não aconteciam no Maracanã ou em Volta Redonda, por exemplo. Por acordo com a prefeitura do Rio, o Flamengo investiu em placas de trânsito, faixas, cones, grades e painéis eletrônicos nas ruas e vias de acesso da cidade até a Ilha do Urubu. O clube vai pagar pela locação destes equipamentos, pelo menos, nos primeiros jogos na Ilha do Governador. A ideia é facilitar a chegada e saída do estádio para orientação de público, mas o custo extra é considerável: R$ 45 mil por partida. A expectativa do Flamengo é que este gasto diminua com o passar dos primeiros jogos.

– O nosso resultado (financeiro) tende a crescer se mantivermos estes valores de renda e conseguirmos baixar os custos. Mas vamos avaliar tanto a precificação como os custos neste período inicial. O importante é que agora temos uma opção sustentável no Rio de Janeiro para mandos de nossos jogos – afirmou o diretor de novos negócios do clube, Marcelo Frazão, em entrevista ao GloboEsporte.com.

Ingressos promocionais
Na comparação com a partida contra o Atlético-GO, que o Flamengo gastou R$ 14,7 mil com ingressos promocionais, Frazão explica que a diferença para a Ilha (com “ingressos promocionais” no valor de R$ 51,1 mil) é na dedução de impostos e no valor desta entrada.

– Contra o Atlético-GO, foram 1.176 cortesias que entraram e saíram do borderô ao menor valor no preço de R$ 12,50. Isto entra como receita, calcula-se o imposto e sai como despesa. É questão apenas de efeito fiscal. Agora, contra a Ponte na Ilha, foram 1.461 cortesias que entraram e saíram ao menor valor de R$ 35,00 – explicou o dirigente do Flamengo.

Fla evita projeção de renda com bilheteria na Ilha
Mesmo com estes gastos extras, Frazão ressalta que a Ilha do Urubu é também garantia de não ter os prejuízos do Maracanã sem sair do Rio. O executivo faz a seguinte comparação: contra o Atlético-GO, para público de 33 mil pessoas e renda de R$ 816 mil, o Flamengo saiu devendo R$ 326 mil do Maraca. Na Ilha, com menos 20 mil pessoas de público, renda um pouco menor (R$ 803 mil) e descontos de 69%, o Fla lucrou mais de R$ 200 mil.

– Mesmo com a operação na Ilha superdimensionada, pois colocamos mais seguranças, orientadores, ficamos com resultado de R$ 500 mil positivo comparado ao Maracanã com praticamente a mesma renda – destacou Frazão.

Apesar da redução dos gastos em comparação com o Maracanã, Frazão acha cedo para fazer projeção mínima de receitas até o fim do ano na Ilha do Urubu.

– É prematuro falar em projeção. Temos a questão da precificação dos ingressos, que vamos avaliando. Mas para o primeiro jogo tivemos receita ótima para o público pagante, considerando que não esgotamos os ingressos. A Ilha é um estádio que nos permite, mesmo com renda abaixo de R$ 1 milhão, ter resultado positivo. O que não acontece no Maracanã.

Fonte: GE

Ver comentários

    • pois é cara, se essa gestão "financeira" atual estivesse desde o inicio....

  • Quando li "Fla paga cones" pensei que estavam falando dos perebas do elenco...

    • Eu também, sério. Pensei no Damião e no Guerrero. São os dois cones que o Fla paga, e caro, todo mês.

    • Parece que é da Justiça do Trabalho, o valor fica depositado numa conta para quando o Flamengo perder alguma ação, já ter o dinheiro disponível, dizem que já tem mais de 60 milhões depositados.

  • Muito bom, acredito que o lucro da Ilha virá com o tempo, não só em termos financeiros, mas esportivos também,e pelo visto se o Flamengo começar a se tornar independente, ou seja começar a comprar o próprio material(cones, grades...) para realizar os jogos, vai arranjar mais inimigos porque até nisso tem sanguessuga querendo explorar os clubes, vide o Maracanã onde a empresa que aluga as grades é de pessoas ligadas a FFERJ.

    SRN #WeGottaTakeThePowerBack

  • Agora temos que colocar as 22 mil pessoas na Ilha do Urubu. Não sei pq o Flamengo so coloca 15 mil a venda.

    • Gratuidades e a porcaria do gepe, esses dois matam qualquer tentativa de lotar completamente os estádios aqui do Rio.

  • Um absurdo , o Flamengo reforma o estádio gastando 15 milhões e ainda ter que pagar aluguel de 300 mil e ainda ter que cuidar da manutenção do estádio.

  • Achei salgado demais, 300 paus para locação de uma espelunca. Espero que o Flamengo deduza esses valores nas benfeitorias, caso contrário, será um péssimo negócio.

    • Na minha opinião fazer melhorias na "espelunca", como era antes,de 15 milhões, dividido por supostos 3 anos,seria de 416 mil por mês. Se somado ao aluguel, daria 716 mil por mês fixo. É muito dinheiro sim,acredito que o problema foi como não havia Maracanã, e outras opções a Portuguesa meteu a mão. Só que o Maracanã consegue ser pior(prejuízo)

    • Eu li tempos atrás, logo após o Flamengo fechar o acordo com a lusa, de que, a ilha tinha um custo de 200 mil por mês. Agora não sei qual das duas matérias é verídica, pois essa matéria saiu no GE tbm.

  • 300 mil por mês na ilha X 1,2 mi mês no maraca (como no prox mês serão 4 em casa, com o custo de 300 mim por jogo)

  • JÁ ESTOU FICANDO CHATEADO COM O FLAMENGO, DEVIDO EU ESQUECER MEU CARTÃO ST EM CASA NÃO DEIXARAM EU ENTRAR NO JOGO QUARTA, TIVE QUE COMPRAR UM NOVO INGRESSO, MESMO MOSTRANDO OS COMPROVANTES IMPRESSOS E NO CELULAR, O BABACA DO ATENDIMENTO AO ST NÃO AUTORIZOU A MINHA ENTRADA. ESTOU DESISTINDO DE IR AO ESTÁDIO, VOU AO ESTÁDIO SÓ DESDE 1987, SÓ QUE ESTÁ MUITA PALHAÇADA, ENQUANTO ELES ME BARRAM, DEIXAM OUTROS ENTRAR SEM SER ST, SEM INGRESSO E ETC ...
    CANSADO DE SOFRER PARA VER UM JOGO.

  • eu não entendo esses preços praticados..;.... e OUTRA COISA MUITO SERIA ... domingo no maracanã, setor norte esgotado, apenas setor leste ..... e na rua MAIS DE 12 Cambistas, com um BOLO de ingressos do setor norte, todos com a camisa da RAÇA.... sendo que um cobrava 100 reais, 90 , 80 nunca abaixo disso..... meu amigo que é socio e comprou na norte, não queria que eu fosse para o setor leste, e insistiu para que eu comprasse na mao desses colegas, ai fico pensando aqui, se a maioria dos ingressos são vendidos na internet, sendo que setor norte por ser mais barato, acaba rapido e nem chega na bilheteria fisica, como esses caras da RAÇA tem pra dar e vender ?????? PERGUNTINHA BASICA PRA DIRETORIA, ISSO É UM ABSURDO !! não vou mais ao estadio esse ano, esquece.. meia a 60 reais na ilha do governador ..... isso é brincar com a paixão da torcida !