Flamengo e Botafogo buscaram no Figueirense nomes para suprirem a carência no gol. Alex Muralha deixou Paulo Victor no banco em 2016 e ganhou a condição de titular fo time da Gávea. Gatito Fernández, neste ano, aproveitou o espaço deixado por Sidão (negociado) e Jefferson (em fase de recuperação), herdando a camisa 1 alvinegra. O atual cenário da temporada, contudo, faz com que os goleiros cheguem ao clássico deste domingo, às 11h (de Brasília), em Volta Redonda, vivendo fases distintas.
Muralha ganhou o apoio do torcedor no início da trajetória no Rubro-negro, chegou a alcançar a Seleção, mas não passa por bom momento. Irregular em algumas partidas, vive sob a desconfiança do torcedor. Gatito fez caminho contrário. Após oscilar nos primeiros jogos, virou símbolo do Botafogo guerreiro de Jair Ventura.
Fator Libertadores
A pressão foi crescendo conforme os resultados ruins apareceram. Ainda em 2016, Muralha foi questionado após a eliminação na Sul-Americana, para o Palestino, ao chegar atrasado em chute de longe. Alternando bons e maus momentos, mostrou insegurança nas saídas do gol e começou a ser criticado após o vice da Taça Guanabara na disputa por pênaltis – não pegou nenhum contra o Flu e tem aproveitamento ruim. A revolta da torcida ganhou eco na Libertadores, principalmente no duelo contra o Atlético-PR, em Curitiba, quando passou no vazio após cabeçada de Thiago Heleno.
O Gatito Fernández dos primeiros jogos preocupou a torcida. O paraguaio soltou bolas fáceis e mostrou insegurança como cartão de visita. A competição continental chegou para virar a página e escrever novo roteiro. Em virtude de uma lesão sofrida pelo então titular Helton Leite, assumiu a posição no decorrer do jogo decisivo contra o Olimpia, pegou três pênaltis e se transformou num dos pilares de Jair Ventura. Seguiu confiante e foi novamente peça fundamental em nova classificação. No primeiro jogo das oitavas da Copa do Brasil, contra o Sport, parou Diego Souza e garantiu a vitória por 2 a 1.
Os números, porém, trazem um equilíbrio na comparação – até certa vantagem a Muralha. No geral, a campanha do Flamengo é mais positiva, com apenas três derrotas na temporada. Na análise individual, Gatito sofreu um gol a mais (21) em 22 jogos, cinco a mais que o rival, mas tem na bagagem quatro defesas de pênalti.
“Patamar de igualdade”
Muralha e Gatito ganharam destaque no Figueirense. Quem viu de perto a evolução dos goleiros até chegarem ao futebol do Rio de Janeiro foi Marco Aurélio Tedeschi, preparador de goleiro do clube. Em entrevista por telefone ao GloboEsporte.com, o profissional fez questão de destacar a alto nível de trabalho feito por Flamengo e Botafogo e destacou o equilíbrio entre os jogadores.
Para Marco Aurélio, o momento de Muralha não é marcado por falhas e, muito menos, apaga o que o goleiro já conquistou pelo Rubro-negro. O baixo aproveitamento nas penalidades é visto com naturalidade.
– O Muralha é um excelente goleiro, não o vejo com tantas falhas. Acompanho partidas de praticamente todos os times do Brasil. Não acredito que seja uma má fase. No momento certo ele vai voltar a fazer a diferença. Vejo o goleiro como um todo, existem jogadas muito difíceis onde a tomada de decisão é muitas vezes complicada. Não vejo a saída do gol como ponto falho, inclusive ele está muito bem treinado. Sempre treinamos pênaltis, principalmente no final dos treinamentos. Alguns atletas davam o passo a frente e começavam a bater pênaltis, o que acontece em praticamente todos os clubes. O Muralha, eu via aqui, como um bom pegador de pênalti.
A frieza de Gatito – principalmente para pegar pênaltis – e a rápida adaptação são as principais caractéristicas na visão do preparador. A torcida é para um Flamengo x Botafogo disputado, mas com grandes atuações dos ex-parceiros.
– Gatito está muito bem preparado, atravessa uma excelente forma. Temos que lembrar que, embora ele já esteja há um bom tempo no Brasil, é um estrangeiro, requer muitas vezes um período maior de adaptação aos companheiros, ao clube, mas está numa grande fase. Nas últimas vezes que foi exigido nas penalidades fez a diferença. No fim de semana espero um duelo muito bom, vou assistir e torcer pelos dois, não tem como ser diferente, principalmente para que os eles não falhem. A regularidade é sempre o mais importante para o bom goleiro. São goleiros diferenciados, jogando em clubes grandes. Eles mereceram estar onde estão pelo trabalho que fizeram durante todos os anos.
Fonte: Globo Esporte
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Realmente, são diferenciados. O problema no Flamengo é que quando o jogador não esta jogando nada, só fazendo m, não sai do time por nada. E ainda por cima, contrária a torcida, fica apoiando jogador e mandando outros pra darem entrevistas dizendo que o cara que não joga nada joga bem, como se não assistissimos os jogos. Nosso futebol não tem gerência, fato.
"Para Marco Aurélio, o momento de Muralha não é marcado por falhas e, muito menos, apaga o que o goleiro já conquistou pelo Rubro-negro." O momento não é marcado por falhas? Não é falha só quando é gol. Me pergunto também o que ele já conquistou pelo Flamengo, como diz o Marco Aurélio, para ser intocável. O que mais se questiona é isso. Se confiam no goleiro reserva, por que não dão chance?
Alex não é um goleiro ruim, está passando por um momento ruim e não tem nada mais justo do que ele sair do time titular e colocar o Thiago ou o César para avaliar a condições deles. O que não pode é continuar com o Muralha no gol falhando e se queimando mais e mais.