Por ironia do destino o Flamengo vai reencontrar nesta quarta-feira um algoz pouco tradicional. Trata-se do Palestino, modesto time do Chile que no ano passado conseguiu o feito de eliminar o Rubro-Negro na segunda fase da Copa Sul-Americana. Por essa mesma etapa e pelo mesmo torneio continental ambos vão duelar a partir das 21h45(de Brasília), no Estádio La Cisterna, em Santiago, capital chilena.
No ano passado, o Flamengo chegou a vencer por 1 a 0 no Chile, mas acabou surpreendido em casa com uma derrota por 2 a 1, sendo eliminado pelo gol marcado como visitante. Esse ano o favoritismo dos brasileiros é ainda maior. O elenco conta com muitos nomes de peso, como o meia Everton Ribeiro, que vai a campo, e o time só está na Sul-Americana por ter sido eliminado na fase de grupos da Copa Libertadores.
Ao contrário do Flamengo, o Palestino disputou a primeira fase da Copa Sul-Americana e sofreu para eliminar o modesto Atlético Venezuela, com cada time trocando triunfos por 1 a 0 como visitantes. A vaga veio na disputa de pênaltis. Mesmo assim, por determinação do técnico Zé Ricardo, os jogadores flamenguistas tratam com muita cautela o favoritismo.
“Não existe quem ganhe de véspera no futebol. O Flamengo atravessa um grande momento, mas há duas semanas alguns falavam que esse time era um dos piores do Brasil. Portanto, sabemos que estamos longe dos nossos objetivos. Se o favoritismo for grande como falam, então cabe ao nosso time conseguir colocá-lo em prática com uma grande atuação”, afirmou o zagueiro Réver.
O Flamengo realmente vem bem. Ganhou seus últimos quatro compromissos e ao fazer 2 a 0 no São Paulo no fim de semana, chegou a 20 pontos e assumiu a terceira colocação do Campeonato Brasileiro. Sobre o reencontro com o Palestino, a eliminação do ano passado foi minimizada.
“Em uma competição como essa não dá muito para ficar pensando nos anos anteriores, pois o grau de dificuldade é sempre muito grande. Não estamos olhando para trás e sim procurando a melhor maneira de eliminar o rival”, disse o volante colombiano Gustavo Cuéllar.
Apesar do discurso, o Flamengo acredita que não precisa de força máxima para conseguir um bom resultado. Tanto que o zagueiro Rhodolfo, o lateral-esquerdo Miguel Trauco, o volante Márcio Araújo, o meia Diego e o atacante Paolo Guerrero, todos preservados, ficam de fora, assim como o lateral-direito Pará, se recuperando de entorse no joelho direito, e o zagueiro Juan, ainda com dores na coxa direita. O argentino Darío Conca é outro que sequer viajou com a delegação por decisão da comissão técnica.
Pelo lado do Palestino, o técnico Germán Cavallieri tem adotado um discurso humilde.
“O Flamengo é um gigante na competição, se preparou para disputar uma Libertadores e ficou de fora das oitavas de final por detalhes. Portanto, não nos iludimos e sabemos quem é o favorito. Mas temos que conseguir um bom resultado em casa para ver o que vai acontecer no Brasil”, disse Cavallieri, projetando o duelo de volta, programado para o dia 9 de agosto, no Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).
O Palestino chega fragilizado para este compromisso. O lateral-direito Diego Oyarzún se desligou para disputar a Champions League pelo Zalgiris, campeão da Lituânia. Outro a ir para a Europa foi o volante e capitão Agustín Farías, que vai defender o Apoel, do Chipre. O zagueiro Ezequiel Luna e o meia Leonardo Valencia também não renovaram contrato. Sete reforços foram contratados nos últimos meses, porém, nenhum capaz de empolgar a torcida.
Fonte: ESPN