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Quem foi ótimo, mais ou menos ou péssimo nos técnicos que dirigiram Vasco e Flamengo?

Zé Ricardo voltou para casa, o ex-treinador do Flamengo já teve uma passagem pelo futsal da equipe do Vasco e a partir deste sábado começa a trabalhar no rival após ser apresentado nesta sexta.

Zé será o 26º treinador a fazer essa dobradinha: Que trocou de lado entre os rivais.

Abaixo, uma breve história de todos os treinadores, o que trocou de lado no clássico. Confira:

ÓTIMO NAS DUAS EQUIPES

Joel Santana
Joel Santana foi campeão pelos dois clubes por mais de uma vez.

Joel esteve à frente do Vasco nos títulos da Copa João Havelange (2000), da Copa Mercosul (2000) e de dois Estaduais (1992 e 1993), além de uma série de torneios menores, com os de Barcelona, Zaragoza e Juiz de Fora. Foram cinco passagens: 1986/87, 1992/93, 2000/01, 2004/05 e 2014.

Também foram cinco passagens pelo Flamengo, começando em 1996. Depois em 1998, 2005, 2007/08 e 2012. Faturou uma Copa Ouro (torneio que reuniu campeões de vários campeões de competições sul-americanas, em 1995) e dois Estaduais (1996 e 2008).

Jair Pereira
Levou o Flamengo à conquista da Copa do Brasil de 1990, a primeira do time rubro-negro, e o Vasco ele deu a taça do Campeonato Carioca de 1994. Não foram muitos títulos, mas foi o suficiente para colocá-lo em uma restrita lista de quem venceu dos dois lados.

Sebastião Lazaroni
O técnico da Copa do Mundo de 1990 passou antes por Flamengo e Vasco e teve sucesso em ambos.

De 1984 até 1986, levou o Flamengo à conquista do Campeonato Carioca de 1986 em uma final contra o time cruzmaltino. Houve dois empates sem gols e no último bateu a equipe da Colina por 2 a 0, no Maracanã.

No ano seguinte passou para o Vasco. Voltou à final do Estadual, dessa vez definido em um triangular. Goleou o Bangu por 4 a 0 e derrotou o Flamengo por 1 a 0, ficando com a taça. Em 1988, novamente levou o time de São Januário à decisão, dessa vez em dois jogos contra o Flamengo. Venceu os dois (2 a 1 e 1 a 0).

Em 1987, ainda levou o Vasco a conquista Vasco a conquistar pela primeira vez o tradicional Troféu Ramón de Carranza ao vencer o Cádiz na final. A boa impressão fez com que ele retornasse ao time em 1994, mas já sem o sucesso com que conduziu nos anos 1980.

Flávio Costa
O treinador mineiro teve cinco passagens pelo Flamengo e apenas duas pelo Vasco, mas trata-se de outro campeão com os dois.

No time rubro-negro foram em 1934/37, 1938/45, 1946, 1951/52 e 1962/65. Fraturou cinco estaduais e inúmeros torneios amistosos disputados naqueles idos dos anos 30, 40 e 50. No Vasco, foram quatro estaduais , o Sul-Americano de 1948 (considerado pelos vascaínos precursor da Libertadores) e a Copa Rivadávia Correâ Meyer de 1953 (que sucedeu a Copa Rio). É reconhecido por ambos os clubes e idolatrado.

MELHOR NO VASCO

Na lista de técnicos que treinaram Flamengo e Vasco, há nomes que se destacam por terem obtidos títulos somente para um lado.

Ramón Platero, uruguaio de nascimento, mas trabalhou muitos anos no Brasil e morreu em Santos. Ele treinou o Vasco de 1922 até 1927. Teve mais duas passagens: 1938 e 1939. Foi bicampeão estadual em 1923 e 1924. Só teve uma passagem pelo Flamengo (1921), mas sem título.

Gentil Cardoso foi um técnico muito famoso nos anos 40 e 50, quando era disputado pelos clubes. A carreira foi até os anos 70, mas sem o mesmo brilho. Levou o Vasco ao título Carioca de 1952 em três passagens (1938/39, 1952 e 1967). Já a passagem pelo Flamengo (1949/50) não teve conquistas.

Tim treinou Vasco em 1970. Foi uma passagem única, mas suficiente para dar o título estadual para o clube. Treinou no ano anterior o Flamengo, mas não obteve resultados expressivos.

Antônio Lopes é uma lenda para os torcedores vascaínos. O delegado fez o time conquistar três estaduais (1982, 1998 e 2003), um Torneio Rio-São Paulo (1999), um Brasileiro (1997) e uma Libertadores (1990). Ainda esteve no comando nos vices dos Mundiais de 1998 e 2000. Foram seis passagens pelo time cruzmaltino: 1981/83, 1985/86, 1991, 1996/2000, 2002/2003 e 2008. Dirigiu o Flamengo apenas em 1987, mas sem sucesso.

Ricardo Gomes deu um dos últimos títulos importantes ao Vasco. Foi a Copa do Brasil de 2011. Foi uma passagem boa também. Ele deu ao time um padrão de jogo competitivo e o colocou para disputar o título do Brasileiro com o Corinthians. Mas em agosto daquele ano sofreu um AVC hemorrágico e foi afastado dos gramados por quatro anos. Quando voltou ao futebol foi para treinar o Botafogo. A passagem pelo Flamengo foi em 2004, mas sem títulos.

Jorginho foi o último campeão com o Vasco. Levou o time ao título estadual de 2016. Foi uma passagem que começou em 2015 e terminou após a Série B do ano passado, quando o time sofreu nas rodadas finais tendo o acesso ameaçado. Em 2013, no Flamengo teve de substituir Dorival Júnior. Foi demitido três meses depois. Pesaram a eliminação no Estadual para o Duque de Caxias na Taça Guanabara e um mal início de Brasileiro.

MELHOR NO FLAMENGO

Zagallo conquistou dois estaduais (1972 e 2001) e uma Copa dos Campeões (2001), torneio já extinto, além de taças menores e troféus amistosos, como técnico do Flamengo. Pouco perto dos feitos na seleção e também se levarmos em conta que ele esteve à frente do time rubro-negro três vezes (1972/74, 1984/85 e 2000/01).

Ainda assim ele se saiu melhor do que ao passar pelo Vasco 1980/81 e em 1990/91. Levou o time a conquistas menores, sem peso oficial.

Abel Braga é até querido pelos vascaínos, clube onde foi jogador e campeão em 1977 e que depois treinou em 1995 e por um período em 2000, mas sem obter títulos. Já no Flamengo que ele conseguiu levantar uma taça. Isso ocorreu em 2004, com o Estadual daquele ano.

NÃO DEIXARAM SAUDADES NAS EQUIPES

Oswaldo de Oliveira
Muitos vascaínos podem se lembrar que foi o treinador que preparou o time que acabaria campeão da Copa João Havelange e da Copa Mercosul, ambas em 2000. Ocorre que por um desentendimento com Eurico Miranda, então vice-presidente do Vasco, foi demitido em meio à disputa da semifinal do nacional e antes do segundo jogo da final do torneio continental contra o Palmeiras. Os motivos da saída soam absurdos ainda hoje.

Oswaldo irritou Eurico primeiro por abraçar o técnico Luiz Felipe Scolari, que estava no Cruzeiro e era desafeto do cartola vascaíno, durante o primeiro jogo semifinal da Copa João Havelange.

Oswaldo não teve uma segunda passagem pelo Vasco. Mas comandou o Flamengo duas em oportunidades: 2003 e 2015. Na primeira, chegou no decorrer da temporada e ficou 18 jogos, com aproveitamento de 44,4% dos pontos. Pediu demissão alegando falta de estrutura adequada para trabalhar.

A segunda passagem foi em 2015, começando em agosto e terminando a duas rodadas do final do Brasileiro. Apesar de um início bom, o time perdeu o embalo. O treinador era muito criticado por torcedores, conselheiros e jornalistas. Sua permanência ficou insustentável e por foi demitido. Não deu títulos ao Flamengo.

Cristóvão Borges
Foram duas passagens pelo Vasco e uma pelo Flamengo. O que elas têm comum? Não conseguiu títulos. Entre 2011 e 2012, levou o Vasco à três vice-campeonatos e teve um aproveitamento de 60,2% dos pontos. Já neste ano comandou a equipe em apenas 14 jogos, com aproveitamento de 54,7%, e eliminação em duas competições: no Carioca não foi à final (apesar de ganhar a Taça Rio) e caiu para o Vitória na terceira fase da Copa do Brasil.

No Flamengo, Cristóvão chegou no segundo semestre de 2015, mas não conseguiu ficar até o final daquela temporada. Ele foi demitido após 18 jogos, acumulando oito vitórias, um empate e nove derrotas, com aproveitamento de 46,3% dos pontos.

Dorival Júnior

Um dos maiores débitos trabalhistas do Flamengo, atualmente, é com o ex-treinador Dorival Júnior

Os vascaínos podem lembrar do título da Série B em 2009, mas convenhamos que aquela conquista está longe, bem longe, de fazer brilhar qualquer galeria de conquistas. Além disso, quando ele voltou em 2013, não conseguiu evitar que o time saísse dos últimos lugares. A passagem pelo Flamengo foi em 2012/13. Ficou quase um ano completo. A saída não aconteceu por falta de títulos, mas por uma discussão de redução salarial.

Celso Roth
Foram três passagens pelo Vasco (2007, 2010 e 2015), mas nenhum título conquistado. Esteve no Flamengo em 2005, mas sem conquistas também.

Paulo César Gusmão
Treinou o Vasco em 2001 e em 2010/2011, mas não conquistou nada. Teve apenas uma passagem pelo Flamengo, em 2004, mas também sem títulos.

Valdir Espinosa
Campeão do mundo e da Libertadores pelo Grêmio, ele chegou ao Flamengo ainda nos anos 80. Foi em 1989/90, mas foi uma passagem que não rendeu frutos. Voltou ao clube em 2006, mas novamente sem obter conquistas. No ano seguinte estava no Vasco, mas a história foi a mesma.

Paulo Autuori
Campeão brasileiro pelo Botafogo, ele não repetiu nem passou perto disso por Vasco e Flamengo. Primeiro tentou no clube rubro-negro durante parte de 1997 e o início de 1998. Não deixou saudade. No Vasco foi treinador em 2013, mas sem ter dado títulos ao time.

Evaristo de Macedo
Como jogador, foi um craque. Como treinador teve altos e baixos. E na dupla carioca só baixos. Foram três passagens pelo time rubro-negro (1993/95, 1998/99 e 2002/03), mas nenhum título conquistado. Treinou o Vasco em parte de 2002, mas também sem ter uma passagem chamativa.

Júlio César Leal
Treinou tanto os times de base do Flamengo como do Vasco. Ganhou chance nos profissionais do time cruzmaltino em 1983, mas não repetiu os resultados da base. A passagem pelo Flamengo foi mais recente, em 2004/05, após ter muito mais bagagem. Mesmo assim não marcou.

Carlos Froner
Conhecido por ser o treinador que fez com que Júnior, então lateral direito, passasse para a esquerda, o gaúcho não teve sucesso em nenhum dos dois times. Treinou o Flamengo de 1975 até 1976, conquistando no máximo torneios de pouco peso. Em 1979, no Vasco, não conseguiu nem isso.

Cláudio Garcia
Treinou o Flamengo de 1983 a 1984, conseguindo no máximo uma Taça Rio. Em 1986, foi para o Vasco. Não ganhou nada.

Yustrich
Como jogador, Dorival Knipel foi tricampeão carioca pelo Flamengo. Como treinador não obteve o mesmo sucesso. O máximo que conseguiu em 1970/71 foi o título da Taça Guanabara de 1970. No Vasco (clube onde também jogou) nem isso. Treinou o time em 1959/60, mas sem sucesso.

Ernesto Santos
Ernesto treinou o Vasco em 1946 – ano em que o clube chegou a anunciar em jornais a procura de um treinador – e o Flamengo em 1947. As duas passagens são definidas na história dos clubes como fracassos. Tanto que ficou menos de um ano em cada um.

Coluna do Flamengo

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