Já se passaram seis anos desda a última temporada na gloriosa carreira de Dejan Petkovic. Nos campo, o sérvio deixou seu nome marcado na história do Flamengo em uma lista de conquistas que dispensa apresentação. Fora dos campos, no entanto, Pet ainda tenta encontrar a mesma glória que teve como camisa 10.
É bom lembrar que desde que parou, o sérvio não ficou apenas por conta do futebol —demorou quase três anos para assumir o primeiro trabalho à beira do campo. Além da profissional atual de dirigente e treinador, ele também se aventou em outro esporte. Em 2014, por exemplo, o craque fez parte do BSOP Millions, evento de poker que reuniu outras personalidades do futebol brasileiro. Na parte empresarial, ele investe em diferentes imóveis no Brasil e também gere uma pizzaria.
No entanto, a verdadeira motivação do sérvio continua no futebol. Desde a aposentadoria, Pet vem tentando trilhar o caminho no mercado brasileiro em um currículo que já acumula quatro equipes diferentes em funções distintas, com passagem pelo Atlético Paranaense (sub-23), Criciúma, Sampaio Corrêa e mais recente o Vitória.
Pet afirma que, nessa nova carreira como treinador e dirigente, os tempos como atleta ajudam muito. “Tem muito do jogador no técnico, tem coisa boa. Que bom, é competição, é seriedade, é profissionalismo. Acho que fui um jogador assim. O que vivi vale para técnico, é importantíssimo. Tem muitas coisas boas que trago. Conheço o ambiente, que é importante, as atitudes positivas que tem que ter, a determinação, o comprometimento”, afirma o craque.
O primeiro trabalho veio como treinador sub-23 do Atlético Paranaense, ainda em 2014, quando também assumiu o cargo nas categorias de base do time em um projeto que parecia promissor. “No começo, resisti a ideia de ser técnico, mas depois mudei de ideia”, relata o sérvio. Para compreender mais a visão administrativa do futebol, Pet, antes de se aventurar no Atlético Paranaense, fez parte de um curso na Espanha para cartolas.
Em entrevista para o Globo Esporte, Pet revela que, em 2015, antes de assinar com o Criciúma, quase foi contratado para ser treinador do Flamengo. “Quase fui para o Flamengo. Estava entre o Cristóvão e eu, e optaram por ele. Aí, de repente, o ex-técnico do Criciúma pede demissão, e me ligam. Neste período chegou ao clube o Felipe Ximenes, meu amigo de longa data, apresentou o projeto que estão fazendo, o que queriam. Depois de falar, negociamos por dois minutos e fechei”, concluiu.
Como treinador, Pet tenta seguir o mesmo estilo cerebral que tinha como camisa 10 e segue a nova tendência de comandantes estudiosos que pensam na parte teórica do jogo. “Minha metodologia é baseada no futebol europeu. E vamos trabalhar assim”, disse antes de assumir o Sampaio Corrêa.
No Vitória, neste ano, Pet passou por algumas aventuras comandando o time da Série A. Ele chegou a ser anunciado como gerente de futebol do time no dia 3 de maio. Uma semana depois, foi promovido a treinador do Leão, quando ficou no comando do time por quatro partidas e perdeu todos os jogos. Depois, voltou para o escritório como diretor da equipe, cargo em que ficou apenas por um mês antes de ser demitido.
Atualmente sem clube, Pet quer permanecer trabalhando no mercado brasileiro, seja como treinador ou dirigente. Com o fim do ano se aproximando, é provável que ele assuma uma nova equipe só no ano que vem.
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