André Rocha: “Palmeiras sobra contra o Flamengo da cultura da derrota em São Paulo”

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Os gols de Deyverson no Allianz Parque redimem o Palmeiras das duas derrotas e dois empates que transformaram a chance de ser líder do Brasileiro na volta à luta por uma vaga no G-4. Placar de 2 a 0 construído no primeiro tempo com imposição natural do time mandante. Mesmo com protestos da torcida e utilizando Felipe Melo e Michel Bastos voltando à equipe, sem o ritmo de competição ideal.

Mais uma visita frustrada do Flamengo a São Paulo. Capital, Santos e Campinas. Quatro derrotas e um empate. Contra o lider Corinthians, que teve um gol absurdamente anulado de Jô, mas abdicou do jogo no segundo tempo. E mesmo dominando, os rubro-negros não conseguiram sair com a vitória. Ao menos encerrando uma sequência de derrotas na casa do adversário que poderia ter chegado a meia dúzia.

Incluindo os 4 a 0 em 2016, o único revés na casa dos paulistas. Mas triunfo apenas sobre a Ponte Preta na estreia de Zé Ricardo por 2 a 1. Mais empates contra São Paulo, Santos e Palmeiras. Este último num confronto direto pela liderança que escapou das mãos do Fla no gol de Gabriel Jesus.

Porque sempre parece faltar algo a este time em jogos grandes, importantes. Com exceção, claro, dos clássicos cariocas. Aí sim vemos o inconformismo, a indignação com a derrota. Mesmo considerando o ambiente favorável no Maracanã é muito pouco.

Reinaldo Rueda chegou falando em desenvolver uma mentalidade vencedora. Já reparou que o time ”guerreia pouco” nos jogos. Ainda que a Copa Sul-Americana tenha se tornado uma prioridade, a campanha no Brasileiro é decepcionante. Pelos resultados, mas, principalmente, pelo comportamento. A torcida, por mais que se esforce, não consegue se identificar com a equipe. Fica esperançosa contra Flu, Bota e Vasco e depois volta à decepção. Um marasmo.

A rodada começou positiva para o Fla com a derrota do Botafogo para o Atlético Paranaense. O time carioca, porém, não se ajudou. Mais uma vez.

Muito pelos méritos palmeirenses. Com mais cuidados defensivos e o volume de jogo que ganhou com a chegada de Alberto Valentim. Foram 11 finalizações, mesmo número do oponente. Mas sete no alvo, contra apenas uma do ataque ”arame liso” do Fla. A posse só igualada no final pelo domínio estéril do adversário. 22 desarmes certos contra 13. Pelo menos mais quatro oportunidades além das finalizações que venceram Diego Alves.

É mais um que sobra se aproveitando da cultura da derrota do Flamengo quando vai a São Paulo.

(Estatísticas: Footstats)

Fonte: André Rocha/Uol

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  • A questão que vejo é dentro de campo, mas como reflexo de uma filosofia equivocada na gestão esportiva, a começar pelos nomes que estão no DF. UM BANDO DE NADA. A falta de DNA Rubro-negro é evidente. A maioria desses jogadores não tem a menor ideia do que seja Flamengo. O Flamengo vai fracassar no futebol em virtude dessa mentalidade “paternalista” no caso de BM, e seus blue caps, e que está mais do que claro, que os jogadores absorvem isso e simplesmente os caras não estão nem ai.
    É uma vergonha o que acontece e está tudo certo na visão de BM e seus blue caps. A torcida tendo que conviver com vergonhas e se frustrando. UM TIME DE BANANAS é o que se ouve, e isso causa vergonha e desgosto.

  • Antes reclamavam que a culpa era do ZR , que o time levava muitos gols e ele não corrigia a defesa. Que mantinha o MA que não marcava ninguém e pediam Cuellar.
    Cuellar agora é titular e nos últimos jogos o Flamengo já tomou ;
    3 gols do Fluminense
    3 gols do Grêmio
    2 gols do Palmeiras
    Agora a culpa é de quem?

    • Pois é, e pior ficará se o time de ZR ultrapassar o Fla na classificação na rodada de meio de semana. Contra o Coritiba, do jeito que estamos jogando, vamos ressuscitar mais um zumbi.

    • Certamente não é do Cuellar, que quase sempre é um destaque positivo na equipe.

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