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As duas faces do Flamengo: O Leão e o Gatinho

Leão ou gato? Qual a identidade do Flamengo nesse ano? Um time guerreiro, respeitado, feroz ou um time simpático, manso e domesticado?

O Flamengo segue iludindo e destroçando o coração de seus torcedores. Hora é leão, hora é gatinho. E nessa bipolaridade, a sensação que fica é a de que teremos um fim de ano melancólico e frustrante.

O Flamengo que encantou e mexeu com os brios da torcida rubro-negra na Sul-americana, jogando com vontade, brigando por cada bola, cada jogada como se fosse a última, com vários leões em campo, foi domado facilmente no campeonato brasileiro, onde não consegue ganhar nenhum dos grandes jogos.

Mas não é exclusividade do brasileirão essa bipolaridade, o Flamengo não construiu uma identidade no ano. Se por um lado é a equipe que mais fez gols no ano, por outro não consegue marcar gols nos times grandes e em grandes jogos.

Se por um lado o Flamengo foi um Leão nos jogos em casa da Libertadores, foi um gatinho facilmente domado nos jogos fora.

Se por um lado foi o rei dos clássicos nos jogos contra cariocas, por outro lado foi uma decepção nos jogos contra os grandes do Brasil.

Pensa que parou por aí? Não! O Flamengo briga contra si mesmo nas outras esferas. Se por um lado é um leão no marketing, Comunicação, Financeiro, por outro lado é um gatinho no carro-chefe do clube: O futebol!

E assim é formado o nosso time hoje, por leões e gatinhos. Por jogadores que vibram e brigam o tempo inteiro, encarnando e respeitando o manto sagrado como poucos, e por jogadores que encaram o Flamengo como mais um clube, que não se importam com resultados negativos e que apenas batem ponto nos jogos.

Na cadeia animal, o leão iria devorar o gato, mas no Flamengo é diferente, o gato consegue amansar o leão. Motivo? O Comando do clube hoje está nas mãos de um gato, e os leões são obrigados a obedecerem.

E nessa pegada, o Flamengo vai tropeçando nas próprias pernas, perdendo ano após ano o respeito conquistado por uma geração de ouro em 1981, que era formada por leões, e que hoje se incomoda de ver seu legado sendo achincalhado por gatos.

6 jogos do Brasileiro e possivelmente 4 da sul-americana. Ou o leão engole o gato, ou teremos mais um fim de ano trágico, ao invés de mágico.

SRN!

Jerônimo Simeão Júnior

#ColunaDoJJ

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Coluna do Flamengo

Ver comentários

  • 2014-2015-2016-2017= titulo de expressão 0, 4 anos que o gato anda "engolindo" o leão...

    • Amigo,14, 15 e 16
      17 tem a sula

      Mais o Flamengo, sempre demora de 3 a 4 anos pra ganhar um título.

      2006 aí 3 anos depois 2009 mais 4 anos 2013 aí se ganhar a sula vai ser 4 anos depois.

  • Não existe cobrança interna, então esse gatinho que é sempre protegido, apesar dos seguidos fracassos, nunca será um leão faminto por títulos.

  • Ótimo texto, parabéns. Só uma ressalva, já existem 2 rubro-negros genéricos (Vitória e Sport) que adotam o leão como mascote. Podia usar uma analogia entre um urubu rei e uma galinha. Mas tá valendo, muito bons seus argumentos!

  • Esse flamengo de uns 3 anos pra ca esta uma safadeza . Saudades do Imperado , Love , Renato Abreu , Leo M ,R Angelin e Bruno . e entre outros

  • O Rueda precisa abrir o olho. A panela formada por Pará Cachaça, Vazcaino, Caramujo entre outras mazelas que infectaram o Flamengo. Cabe a torcida tirar esses caras do Flamengo. A diretoria acha que está tudo bem.

  • Tem razão. É revoltante esse time. Mal escalado. Desinteressado. Sem sangue. Sem vida. Na verdade essa tem sido a identidade do time esse ano. Um time sem sangue. Parece que nem entrou em campo ontem. Parece que não entra em campo quando o jogo é pelo brasileiro. É ridículo. É revoltante. É irritante.

  • É para contar piadas? Então vamos lá...

    Porquê me tornei um rubro-negro?

    Quando criança, somos incentivados pela família para torcer para o time do pai, do tio, do avô e até mesmo do papagaio, já que este aprendeu a falar. Mas, teimoso como toda criança, decidi escolher o meu time do coração por conta própria, ao invés de simplesmente seguir a "tradição da família". Eis, a minha história...

    O primeiro time para o qual olhei foi o Botafogo, graças a uma camisa que ganhei de um tio. No entanto, ao conhecer a história do clube, soube da existência de uma estátua chamada Manequim, que representava um menino que vestia a camisa do time e urinava no centro de uma praça. A questão é que a minha cabecinha infantiu associou a estátua a um coleguinha do colégio que só vivia apanhando dos garotos mais fortes e se mijava de tanto medo. Pensei: quero ser assim? Claro que não! Por isso, desisti de torcer para o Botafogo.

    Então, a minha SEGUNDA tentativa foi o Vasco da Gama. Mas, ao conhecer a história do clube, soube que foi fundado tradicionalmente por imigrantes "da terrinha", assim como muitos torcedores simpatizantes também são descendentes de portugueses. Então, não demorou muito para que a minha cabecinha infantiu associasse os portugueses ao clube. Então, lembrei-me do Manoel, um imigrante português dono de um bar e que vivia sendo enrolado pelos seus clientes nas vendas a fiado. Pensei: quero ser assim? Claro que não! Por isso, desisti de torcer para o Vasco.

    Então, a ÚLTIMA alternativa entre os clubes cariocas da lista acabou sendo o Fluminense. De início, até achei o clube interessante e os seus torcedores eram mais "educados" se comparados aos demais. No entanto, ao assistir um jogo do clube pela TV, não entendia o porquê do uso do pó de arroz nas comemorações da torcida. Óbviamente, a minha cabecinha infantiu acabou associando o pó de arroz a uma senhora deselegante chamada de "tia velha", que ficava em pé todas as noites em uma esquina no centro do bairro. Pensei: quero ser assim? Claro que não! Por isso, desisti de torcer para o Fluminense.

    Em minha teimosia de criança, até cheguei a cogitar a torcer por um clube fora do Rio de Janeiro. E então a escolha foi o Corinthians! Eis então, uma nova decepção: ao assistir pela TV o "quebra-pau" entre a torcida do clube contra a torcida do Palmeiras, a câmera flagou um torcedor de touquinha preta promovendo o vandalismo no estádio! Nem é preciso dizer que não demorou muito para a minha cabecinha infantil associar a figura com os presidiários, justamente por usar o mesmo tipo de touca! Pensei: quero ser assim? Claro que não! Por isso, desisti de torcer para o Corinthians.

    Enfim: quase me tornei um admirador do futebol, mas sem clube para torcer! Porém, no início dos anos 80 surgiu a geração do Galinho, que não só fez bonito em campo, mas também conquistou um monte de títulos de expressão e encantou uma geração inteira de novos torcedores. E eu fui um deles: paixão à primeira vista! E desde então, abandonei a minha teimosia de criança e visto o manto sagrado com alegria e muito orgulho! &;-D

    • O minha escolha foi mais simples; meu tio era Flamengo e só ganhava chocolate quem torcesse pelo Flamengo.

      • Putz! Se isso valesse pela minha família inteira, acho que seria obeso... &;-D

    • Pode contar agora como você escolheu ser heterossexual?

      Brincadeira, bro!

      SRn

  • Tá mais para um gatinho e bem mansinho que não machuca ninguém,administrado pelo gato mestre e mais manso ainda chamado EBM,um banana sem pulso,além do mais foi raro os momentos de leão do Flamengo esse ano!

  • Leão contra pequenos, gatinho contra os grandes, simples assim.

  • Tá faltando mais uns dois jogadores como o Diego Alves, que quando tá perdendo levanta a cabeça e chama pra jogar
    Todo mundo viu o Arão falando que já tinha desistido do jogo, mais a torcida fez ele acreditar, mas e quando não tem torcida? Em jogos fora de casa? Toma gol e desiste?
    Eu nunca gostei do Renato Abreu, mas pela atitude que sempre teve ele seria mais útil que o Arão na maioria dos jogos

    Flamengo hoje vira leão nos clássicos estaduais e só, o resto joga por jogar com o nível de vontade lá no zero

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