Sobre ídolos e profanos

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Confesso que não li nem assisti a nada sobre os trágicos acontecimentos de domingo, na Ilha do Urubu. Tudo sobre o que sei, testemunhei e senti in loco.

Fui ao Rio para participar da Confraria do Coluna do Flamengo. Projeto espetacular e festa memorável feitos por quem ama o clube. Celebramos na Gávea. Contemplação. Senti-me abençoado por estar no mesmo local onde meus ídolos treinaram e se eternizaram.

Suas presenças físicas não eram necessárias. A matéria da qual são feitos os ídolos é intangível. Algo bom para a manutenção dos afetos.

Reverenciei e agradeci a todos.

Também achei por bem me desculpar com alguns deles. Dificilmente a conexão do jogador com a Magnética ocorre de forma serena, linear, indolor. Por diversas vezes fui impaciente e, quiçá,  até mesmo desrespeitoso.

Essa conexão, via de regra, ocorre sob forte desconfiança e imensurável pressão. Muitos, ainda que talentosos, fracassam na tentativa de se juntar aos Inesquecíveis. É a debilidade anímica que os sabotam.

Outros, entretanto, contrariando suas parcas habilidades ou sufocando seus temperamentos irascíveis, elevam-se ao panteão rubro-negro.

Distante dos ídolos estão os indolentes, os profanos. Os que maculam nossa história com suas condutas abjetas e censuráveis.

No domingo, sofri e me compadeci junto aos demais torcedores presentes ao estádio. Todos irmanados pelos mesmos sentimentos de incredulidade e revolta. Outra derrota em circunstâncias surreais.

Se o que afetou a decisão de Muralha, ao tentar driblar Ricardo Oliveira dentro da grande área, não foi uma momentânea privação de sentidos, preciso engrossar o coro de quem o culpa por agir com desprezo e desrespeito ao Flamengo e sua torcida.

Já a falha técnica, no segundo gol do Santos, apenas engrossa uma desastrosa e extensa lista. Fato é que Muralha não tomou aquele gol sozinho. Estavam sob a mesma trave: Eduardo Bandeira de Mello, Fred Luz, Rodrigo Caetano, Victor Hugo e Reinaldo Rueda.

 

SRN!

Twitter: @yurifialho

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Veja também

  • Análise comparativa do Flamengo com corinthians e grêmio.

    1.Elenco com muitas estrelas, mas com posições carentes (2 laterais, segundo volante, centroavante). Isso torna o elenco totalmente desequilibrado, reflexo da falta de planejamento;
    2. Esquema tático questionável (4-3-3) para o futebol brasileiro;

    Já o corinthians e grêmio tinham
    1. Poucas estrelas, mas um elenco sólido em todas ou quase todas as posições. Logo, um elenco equilibrado e com jogadores que decidiam as partidas (Luan e Jô, por exemplo).
    2. Esquemas técnicos mais sólidos, coerentes e efetivos no o futebol brasileiro.

    Problema do Flamengo:
    1. Dirigentes que não entendem nada de futebol;
    2. Gastos e investimentos altos no futebol para um elenco sem equilíbrio e com jogadores que nunca deram resultado esportivo, ou seja, erraram 80% das contratações e das manutenções de contratos

    Solução:
    1. Reformulação no futebol
    2. Troca do executivo, que gastou muito, conseguiu pouco e contratou pessimamente
    3. Dispensa de jogadores que não dão resultado, acomodados, sem identificação com o clube e que desmotivam o restante do elenco.
    4. Mandar embora as maçãs podres desse grupo, entre eles tricoletes e vascaínos infiltrados, como aquele cara da psicologia, o RC, Fred Luz e outros…

    • Corinthians e Grêmio com elenco sólido? É sério isso?

      • Colega, bons laterais, bons zagueiros, meio campo razoável para bom e Jô acima da média esse ano. Grêmio nem preciso comentar. Fui

  • O coluna esta todo escroto…

  • Seu texto é preciso como um corte cirúrgico, Yuri, só lhe faço uma reparação: tirar o RUEDA dessa lista. Explico: quero CRER e PRECISAMOS ACREDITAR, que o técnico ainda merece certo crédito,, devido ao fato de ter chegado no meio de temporada, desconhecer todo o plantel da equipe e tal. Precisamos que 2018 seja minimamente melhor.

    • Ressucitou Juan, afirmou Cuellar (afastando o Inominável no processo), “descobriu” Paquetá, colocou Vaz na reserva…

      • Mudo alguns jogadores, mas eo futebol apresentado dentro de campo? mudo alguma coisa? sinceramente eu n vejo muita diferença e no brasileiro o time pioro

        • Sim e merece ser criticado mas, no caso dele, prefiro aguardar uma suposta reformulação acompanhada de informes precisos sobre a real dos bastidores rubro-negro.

          Pela diferença cultural, o momento no qual desembarcou (ok, não foi obrigado mas…), as falhas gerenciais (inúmeras e recorrentes), a fragilidade do elenco e o “panelismo” Rueda é o menor dos problemas neste instante

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