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GE: “Dois vices, frustração e título carioca invicto: a retrospectiva 2017 do Flamengo”

A expectativa era de um ano ”mágico”. Com investimento alto e organizado fora de campo, o Flamengo chegou em 2017 com sua torcida empolgada com a possibilidade de brigar pelos principais títulos da temporada. No entanto, terminou o ano com a conquista do Carioca e dois vice-campeonatos.

O GloboEsporte.com lembra os fatos que marcaram os últimos 12 meses do Flamengo. Lembre:

Carioca: única taça

O único título rubro-negro conquistado na temporada foi o Campeonato Carioca. Havia um favoritismo grande sobre a equipe, que tinha o maior investimento do futebol do Rio de Janeiro na temporada. Mesmo sem ganhar a Taça Guanabara e a Taça Rio, o Flamengo teve a melhor campanha nos dois turnos. O time do técnico Zé Ricardo venceu o Fluminense na decisão.

O Flamengo foi vitorioso nos dois jogos da final. No primeiro, o placar foi 1 a 0, com gol de Everton. No segundo, conseguiu uma virada já nos minutos finais, com Guerrero e Rodinei balançando as redes. O Campeonato Carioca foi conquistado de forma invicta.

A maior decepção


Depois da conquista do Carioca, o elenco do Flamengo passou pela maior decepção da temporada. A eliminação na primeira fase estava longe do planejamento e deixou uma ferida que custou a cicatrizar. Em um grupo com San Lorenzo, Atlético-PR e Universidad Católica, o time de Zé Ricardo ficou na terceira posição da chave. Venceu todas no Maracanã, mas não conseguiu nenhum ponto fora de casa.

Para piorar, o balde de água fria veio com ”requintes de crueldade”. Na última rodada, a equipe abriu o placar diante do San Lorenzo, em Buenos Aires, e levou a virada no último minuto do jogo. Apesar do discurso de não fazer ”caça às bruxas” após o vexame no torneio continental, a pressão sobre o time aumentou a partir da eliminação.

Troca de treinador

Depois de mais de um ano no comando da equipe, Zé Ricardo deixou o cargo de técnico do Flamengo em agosto de 2017. Ele foi mantido mesmo após a eliminação da Libertadores, em maio, mas os resultados ruins no Campeonato Brasileiro culminaram na demissão. A saída foi confirmada horas depois da derrota por 2 a 0, em casa, diante do Vitória, na rodada final do primeiro turno.

O Flamengo então foi ao exterior buscar Reinaldo Rueda. O colombiano foi contratado dias depois e veio credenciado por duas Copas do Mundo (2010 com Honduras e 2014 com Equador) e pelo título da Libertadores de 2016 com o Atlético Nacional.

Copa do Brasil: vice nos pênaltis


Fora da Libertadores, os olhares se voltaram para a Copa do Brasil. Depois do primeiro semestre, o Flamengo se reforçou na janela do meio do ano. No entanto, nomes como Éverton Ribeiro e Diego Alves não puderam disputar da competição mata-mata por conta do regulamento.

A campanha teve altos e baixos. Nas quartas de final, venceu o Santos por 2 a 0, mas o placar de 4 a 2 na Vila Belmiro por pouco não abreviou a participação no torneio. Por outro lado, superou o rival Botafogo na semifinal – 1 a 0, com gol de Diego após linda jogada do colombiano Orlando Berrío.

Na decisão, o Flamengo teve pela frente o Cruzeiro. No jogo de ida, no Maracanã, abriu 1 a 0 com Lucas Paquetá. No entanto, a equipe de Mano Menezes conseguiu o empate após falha do goleiro Thiago e gol marcado por Arrascaeta.

No duelo do Mineirão, ninguém conseguiu abrir o marcador. A decisão então foi definida nos pênaltis. Diego foi o único a desperdiçar, e Muralha, que voltava ao time após lesão de Thiago, continuaria sem pegar nenhuma cobrança na temporada.

Sul-Americana: ”quase”’


A frustrante eliminação da Libertadores rendeu a possibilidade de disputar a Copa Sul-Americana. Um ”prêmio de consolação” que, inicialmente, não empolgou a torcida – os públicos foram baixos nos primeiros duelos válidos pelo torneio.

No entanto, um dos momentos positivos da equipe em 2017 se deram durante a Sul-Americana. Nas quartas, o Rubro-Negro manteve seu histórico positivo em clássicos de 2017 e superou o Fluminense. O momento marcante foi no jogo de volta, quando a equipe esteve perdendo por 3 a 1 e conseguiu o empate para se classificar – havia vencido por 1 a 0 a partida de ida.

Na semifinal, o Flamengo superou o Junior de Barranquilla. Vencendo, de virada, no Rio, e no jogo de volta, na Colômbia. A vaga na decisão enfim empolgou a torcida. No entanto, a equipe acabou amargando o segundo vice-campeonato da temporada.

O rival na decisão foi o Independiente. Após perder por 2 a 1 em Buenos Aires, o Flamengo não conseguiu vencer no Maracanã. O empate em 1 a 1 deu o título aos argentinos.

Brasileirão: sexto lugar e vaga na Libertadores no sufoco


Havia um expectativa grande para o desempenho do Flamengo no Brasileirão. Em 2016, a equipe brigou pelo título e ficou na terceira colocação. No entanto, o Rubro-Negro sequer brigou efetivamente pelo título em 2017.

É bem verdade que o Flamengo se classificou para duas finais de torneios que aconteceram paralelamente ao Brasileirão – Copa do Brasil e Sul-Americana. Mas, mesmo com times mistos, o rendimento passou longe de agradar. A sexta colocação (com vaga direta na fase de grupos da Libertadores 2018) veio com uma virada aos 49 minutos diante do Vitória, na última rodada. Por pouco, o adeus ao campeonato não foi bem pior.

Quatro goleiros titulares na temporada


Os goleiros do Flamengo viveram um calvário na temporada. E o personagem principal foi Alex Muralha. Ele iniciou 2017 como titular inconstenstável e com convocações recentes para a seleção brasileira. No entanto, as falhas em sequência o tiraram a confiança e a vaga. O jovem Thiago foi o substituto imediato, ainda no primeiro semestre.

Diego Alves, por sua vez, foi contratado em julho – não podia jogar a Copa do Brasil. Seguro e experiente, ganhou a vaga e se tornou titular absoluto desde a estreia. No entanto, se lesionou na reta final do ano, durante a semifinal da Sul-Americana. Muralha voltou a ter chance, mas as falhas diante do Santos, no jogo seguinte, o tiraram novamente do time.

Já no fim de novembro, o goleiro César ganhou a vaga para atuar na semifinal da Sul-Americana. Sem jogar há dois anos, ele segurou bem oportunidade (agarrou até pênalti em Barranquilla) e terminou a temporada como titular.

Drama de Guerrero e ”bruxa solta”


O Flamengo em 2017 ainda teve que lidar com problemas que fugiram de seu planejamento. Talvez o mais emblemático tenha sido a suspensão por doping de Guerrero após testar positivo para uma substância proibida quando defendia a seleção peruana. Ele desfalcou o Rubro-Negro na reta final da temporada – inclusive nas semifinais e finais da Sul-Americana. A Fifa reduziu recentemente sua punição de um ano para seis meses.

Além disso, o Flamengo teve a ”bruxa solta” com em outros casos, como por exemplo: Berrío se lesionou em outubro e ficará oito meses parado. Diego, astro do time, operou o joelho e ficou fora de boa parte do primeiro semestre. Ederson, o camisa 10, foi diagnosticado com câncer de testículo pouco depois de se recuperar do problema no joelho. Em novembro, houve a fratura na clavícula de Diego Alves.

Maracanã: nem tudo foi festa


Foram muitos jogos com festa da torcida no Maracanã. Bons públicos, mosaicos e apoio ao time. Mas nem só momentos alegres marcaram a relação entre o Flamengo e o estádio em 2017. Em jogos de grande apelo e decisões, houve tentativas de invasão e confusões nos arredores.

O pior cenário foi o da final da Sul-Americana. Houve muitas invasões no estádio, vandalismo e violência em grande escala. O Flamengo, inclusive, foi denunciado em dois artigos pelo Tribunal de Disciplina da Conmebol. Há risco de punição, que pode envolver perda de mando de campo. O Rubro-Negro já enviou sua defesa e pediu marcação de uma audiência. A definição ficou para 2018.

Fonte: Globo Esporte

Coluna do Flamengo

Ver comentários

  • O Fla faturou sozinho mais que os 3 rivais regionais juntos. Mas teve dificuldades em todos os classicos cariocas, a superioridade financeira não fez diferença em campo. No brasileirão ficou mais evidente as deficiencias, dos 20 jogos com times grandes só ganhou 4. Ou seja, gastam muito mal no futebol!

    • Que diferença faz se teve dificuldade ou não? ganhou a maioria. Contra o Fluminense foram 8!!! Quase destrói o chiqueiro de são sanitário com um drible espetacular do ER... Pelo menos em relação aos rivais locais, foi um passeio.

      • Acho que vivemos em universos diferentes. Pois nos jogos que assisti o Fla só ganhou 3 partidas do Flu. Mas saiu atras 3 vezes, e acabou achando gols de empate nos ultimos minutos em bola parada. Perdeu a final da Guanabara nos penaltis, depois de dar sorte de empatar num gol de falta de Guerrero no finalzinho. Quase foi eliminado na sula, depois de sair perdendo de 3x1, tambem achando empate em bola parada ja no finalzinho. Depois suou para dar 1x0 no botafogo, graças uma jogada do Berrio, mas superioridade não teve. E chegou a ser eliminado pelo Vasco na semifinal da Copa Rio. Superioridade que me refiro é do tempo do zagalo de têcnico, que davamos 4x0 no vasco, e ganhavamos tricampeonatos seguidos.

  • Esse time e ridículo , não conseguimos ganhar de nenhum time forte , só batemos em mosca morta . E EBM é o presidente mais teimoso da história do futebol mundial .

  • Se olhar.não ganhamos de nenhum grande..porque Vasco e são Paulo estavam mal.Corinthians de ressaca e Cruzeiro tava reserva..

  • Quantas vezes vão repetir esta materia?????????????????????????????????????????

  • Quantas vezes vão repetir esta materia?????????????????????????????????????????

  • Um dos anos que mais passei raiva com o Flamengo!
    O investimento é proporcional as expectativas.
    Péssimas contratações e renovações.
    O ano começou errado quando insistiram no estagiário achando que com uma pré-temporada ele daria jeito no time.
    Esquema de jogo congelado e fracassado o ano inteiro. Com Zé e com Rueda, o time jogava da mesma forma e sem nenhuma triangulação ou tabelas.
    Vimos durante o ano inteiro o Arão e o Pará com vagas cativas no time titular. Isso sem contar no Muralha, Vaz e Márcio Araújo titulares na Libertadores com o Zé!
    Acabou o ano comemorando a sexta colocação no Brasileirão como se fosse título. Vergonha!
    Para 2018, quem sair vai ser mais importante do que quem vier.

  • Em muitos clubes,uma temporada com um título estadual e duas finais seria motivo de comemoração e orgulho. Mas é claro que pelo investimento feito e pela grandeza do clube foi um ano muito fraco!! Mas na minha opinião a teimosia da diretoria foi crucial nesses resultados ruins

  • Independente das decepções, oh ano azarado esse para o Flamengo, viu... Lesões de jogadores importantes; o caso de guerreiro; Maracanã; etc... Tomara q a sorte esteja do nosso lado em 2018... Pq todo time campeão também depende, hora ou outra, de sorte.

    • Não foi só questão de sorte,foi falta de competência mesmo do Banana de Melo no futebol,coisa que ele não tem.e a sorte acompanha os competentes!

  • Essa primeira foto resume bem o que foi o ano de 2017. Jogadores e dirigentes festejando um sexto lugar no campeonato brasileiro. Ano vergonhoso.

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