A Taça Guanabara chegou ao fim no último domingo com o título do Flamengo. Fora de campo, porém, que teve motivo para comemorar com o primeiro turno do Campeonato Carioca foi a Ferj, que somou mais de R$ 340 mil de arrecadação com a cobrança de taxas, principalmente, dos clubes grandes – que, por sua vez, amargaram prejuízo total de R$ 1,7 milhão.
Somente a decisão entre Flamengo e Boavista, mesmo realizada no Espírito Santo, rendeu R$ 121 mil à Federação Carioca, algo que Botafogo, Fluminense e Vasco não conseguiram no torneio inteiro. O campeão da Taça Guanabara, aliás, só é exceção nessa realidade porque vendeu dois mandos de jogo, nas únicas partidas que lhe renderam lucro nessa fase do Estadual.
A decisão, por exemplo, colocou R$ 300 mil nos cofres rubro-negros, enquanto a partida contra o Nova Iguaçu, realizada no estádio Mané Garrincha em Brasília, rendeu mais R$ 250 mil. Foram esses valores que evitaram um rombo maior ao Flamengo, que, ainda assim, fechou a Taça Guanabara com prejuízo, de R$ 66,9 mil após sete partidas no torneio.
Foi em jogo do Flamengo, aliás, que foi registrado o pior resultado do primeiro turno do Carioca, no clássico contra o Vasco. Em duelo para pouco mais de 20 mil pagantes no Maracanã, os dois clubes dividiram um prejuízo de R$ 457,7 mil, com R$ 228,8 mil para cada um – a Ferj, por sua vez, teve uma de suas maiores arrecadações nesse jogo, de R$ 49,9 mil.
Com o peso do clássico contra o rival rubro-negro, o Vasco registrou o segundo maior prejuízo da Taça Guanabara, com resultado negativo de R$ 419,2 mil em cinco jogos. Só o Botafogo teve dívida maior graças ao Estadual, amargando R$ 809,8 mil no vermelho em seis partidas – a média é de quase R$ 135 mil partidas a cada duelo realizado no Carioca.
Completa a soma de R$ 1,7 milhão em prejuízos para os quatro grandes do Rio os R$ 410,8 milhões que o Fluminense perdeu com suas cinco partidas – assim como Botafogo e Vasco sem nenhum resultado positivo. O maior rombo tricolor foi registrado no clássico contra o Botafogo, também no Maracanã, com os rivais pagando R$ 145 milhões cada para jogar – foram 8.538 pagantes.
A Ferj, por sua vez, encheu os cofres na Taça Guanabara com taxas de quase 10% em relação à renda bruta dos jogos dos grandes. Na decisão, por exemplo, faturou 9% do total arrecadado. Seu segundo maior ganho, curiosamente, também foi no jogo realizado fora do Rio de Janeiro, entre Nova Iguaçu e Flamengo em Brasília, com R$ 63,8 mil – mais de 9% da renda bruta.
Já os pequenos são poupados dessa taxa da Federação quando se enfrentam, tendo que pagá-la, porém, quando enfrentam Botafogo, Flamengo, Fluminense ou Vasco. A maioria dos clubes também terminaram a Taça Guanabara no vermelho, embora a soma total seja positiva graças às rendas de Nova Iguaçu (R$ 130 mil) e Boavista (R$ 300 mil) nos mandos vendidos.
Reprodução: Espn