Acompanhar uma partida do clube do coração no Rio de Janeiro virou uma missão das mais complicadas. Ainda mais se você for mulher. No último Fla x Flu, o Tricolor levou a melhor em campo após segurar empate e avançar para a final da Taça Rio. Fora das quatro linhas, duas torcedoras simbolizaram a violência da Cidade (nem tão) Maravilhosa.
Rayza Veneziane, de 20 anos, e Yasmin Paullino, de 24 anos, estavam em lados opostos nas arquibancadas torcendo por Flamengo e Fluminense, respectivamente. Na saída do estádio ambas tiveram experiências nada agradáveis. Uma foi cercada por torcedores rivais e ameaçada. Outra acabou assaltada por adversários durante a volta para casa.
Rayza Veneziane sentiu na pele a falta de educação e intolerância de alguns torcedores. Após ver seu time ser eliminado pelo Fluminense, ela deixou o Nilton Santos para se encontrar com o noivo Maicon, de 21 anos e torcedor do Tricolor. No caminho, porém, ela acabou cercada por baderneiros que torcem para o adversário.
“Fui no estádio com meu noivo e um amigo. Ficamos em lados opostos no estádio, como sempre fazemos. No fim, fui encontrar com ele, mas teve confusão assim que desci a rampa. Fiquei esperando passar para me encontrar com ele. Quando tudo parecia estar tranquilo, fui caminhando, mas acabei cercada por vários torcedores. Devia ter mais de dez, sendo algumas mulheres“, disse Rayza.
“Começaram a me xingar de tudo que é jeito. Não falaram nada do jogo, só me ofenderam. ‘Puta, piranha e vagabunda’. Falaram que eu merecia tudo de ruim, coisas desse nível. Baixaria. Foi muito chato. Se tivessem zoado meu time, o jogo, ok. Mas ficaram me xingando e não aceitei. Reagi e eles ficaram mais violentos. Achei que poderia apanhar. Aí seguranças do estádio e duas jornalistas me puxaram para dentro do estacionamento para me preservar até a chegada do meu noivo“, completou a torcedora do Flamengo.
A violência no Rio de Janeiro não escolhe camisa. No mesmo dia em que Rayza foi hostilizada por tricolores, Yasmin Paullino viveu situação ainda pior. Além de ser cercada por torcedores rivais ela ainda foi roubada por membros de uma organizada do Flamengo. Após deixar o Nilton Santos, ela e amigos sofreram uma emboscada na Central do Brasil.
“Na saída da estação, ali perto do ponto rodoviário veio um grupo de flamenguistas. Um deles veio pedindo meu casaco e mandou eu ir andando logo. Na hora que fui tirar meu casaco da cintura veio outro puxando meu boné grená. Aí já era. Fechou um grupo em cima de mim puxando minha camisa que estava no corpo. Um deles disse que se eu não tirasse a camisa eu ia apanhar“, disse a torcedora do Fluminense.
“Foi nessa hora que veio uns meninos da Raça Fla, de São Gonçalo, e me defenderam, para eu não apanhar. Me deixaram apenas com short, tênis e top no meio da rua, levaram tudo mesmo. Documentos, cartão do banco, cartão do sócio-torcedor. O grupo que me defendeu ainda falou que ‘era por isso que não gostava de andar com a Jovem Fla’. Nem uma organizada concorda com o que a outra fez“, completou Yasmin.
A torcedora do Fluminense registrou Boletim de Ocorrência após o incidente. A do Flamengo não utilizou o expediente.
Reprodução: Uol Esporte
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Ir pra classico com camisa de time infelizmente nao dá! Alias sair de casa ja ta dificil...
Se for nem com a camisa do Fla eu vou, pois educação não é do''' torcedor de Clube'' e sim de pessoas no geral.
depois perguntam o pq dos estádios vazios
Um absurdo é chamar esses marginais de torcedores.
São vagabundos. Apenas isso. Um problema de segurança pública.
Aí vem a imprensa esportiva querendo responsabilizar os clubes pelos atos de marginais.
Já falei isso antes , clube nenhum tem que ser responsável pelas atitudes de bandidos , pra isso existe a polícia.
Segundo a esquerda basta fazer cara de mau que as mulheres não serão assaltadas ou intimidades...