A pífia atuação do Flamengo no empate sem gols contra o Independiente Santa Fé em Bogotá pela Libertadores, com a equipe exagerando na cautela e satisfeita com o resultado que pouco acrescentou na campanha da fase de grupos, subiu ainda mais o tom de indignação dos torcedores contra jogadores e dirigentes, especialmente o presidente Eduardo Bandeira de Mello e o meia Diego Ribas.
Junte a isto a polêmica na reunião do Conselho Deliberativo para aprovar as contas de 2017, suspensa depois da discussão sobre a premiação de mais de dez milhões de reais – 7,7 para jogadores, 2,5 para comissão técnica e 800 mil para o ex- diretor executivo Rodrigo Caetano – em um ano de título estadual, vices da Copa do Brasil e Sul-Americana e sexta colocação no Brasileiro e temos um barril de pólvora.
É óbvio que o ano de eleição torna o ambiente político quase insuportável na Gávea e se o pagamento estava previsto dentro de um plano de metas ele tem mesmo que ser cumprido e o clube valorizar a possibilidade de honrar seus compromissos, algo inviável há menos de dez anos.
Mas todo esta crise é consequência do grande equívoco da gestão Bandeira de Mello na condução do futebol do time de maior torcida do país: confundir continuidade com continuísmo.
Quando há ideias dentro e fora de campo com planejamento e que geram desempenho vale a insistência até que comecem a resultar em troféus. Como no próprio Flamengo há quatro décadas, perdendo títulos seguidos para Fluminense e Vasco de 1975 a 1977, mas ganhando maturidade para em seguida alcançar as maiores conquistas da história da agremiação.
Agora há um time que é criticado por sua apatia e pouca entrega, mas que na maioria dos reveses se ressentiu mesmo da falta de rendimento. Porque as características dos jogadores não combinam com a proposta de jogar no ataque e se impor. Zagueiros lentos, laterais que oferecem poucas soluções além dos cruzamentos a esmo, meio-campistas sem o passe decisivo e um ataque que precisa de muitas oportunidades para ir às redes.
Não há plano de jogo que funcione. Com Zé Ricardo, Rueda, Carpegiani ou o novato Maurício Barbieri. Sem triangulações, ultrapassagens, fluência. Só bolas levantadas na área e lampejos dos mais talentosos. Simplesmente não funciona.
E não há mudanças profundas, porque na visão do presidente basta insistir para dar certo. O ”vamos levando” que se transformou na grande marca de sua administração que é histórica pelo saneamento das finanças, algo que não é mérito apenas de Bandeira de Mello, mas vai chegando ao fim do segundo mandato com o rótulo do insucesso no carro-chefe do clube.
A manutenção de Barbieri é a prova de que o crédito de um elenco caro e que entrega pouco em campo parece infinito. Os jogadores querem, os dirigentes atendem. O ápice dessa estranha relação foi o pedido de Bandeira para que os atletas o ajudassem depois da eliminação do Carioca. Sem cobranças, apenas afagos e súplicas.
A direção do futebol age como o pai que começa a ganhar dinheiro e cobre os filhos de mimos, deixando de ensinar o valor do esforço. Só que a maioria dos que lá estão não viveram os tempos difíceis para ganhar tantas recompensas.
O que é mais preocupante em toda essa crise é um pensamento crescente de que o futebol só funciona em meio ao caos financeiro e com jogadores ”bandidos”. Este que escreve prefere não ficar recorrendo ao passado para comparar com a situação atual, mas neste caso é preciso: Zico era ”bandido”? Em 1981 o salário atrasava? Definitivamente todo este cenário complexo não pode ser resumido à ”falta de raça”.
É claro que, na prática, tudo seria diferente, por exemplo, com a conquista da Copa do Brasil. No país do futebol de resultados não se avalia qualidade de trabalho. E obviamente este blogueiro não defende que profissionais não tenham as melhores condições para exercer seus ofícios apenas porque não venceram. Muito menos que sejam agredidos, como quase aconteceu com Diego no embarque da delegação para Fortaleza.
Mas o momento exige ruptura que vai além das demissões após a eliminação no Carioca. Direção do futebol com independência e treinador com autonomia para mudar peças e o modelo de jogo. Ou seja, sair da inércia. Com a gestão Bandeira de Mello parece uma missão quase impossível. Porque há apego ao fracasso.
Reprodução: Blog do André Rocha | Uol Esporte
Falou tudo.
Fora que o nosso elenco nunca ganhou nada que preste e tem uma moral com o Derrota de Mello e sua claque inexplicável. Muito suspeita aliás.
Todos querendo tirar uma casquinha… Não sou defensor do presidente, mas gosto da justiça. Por que o insucesso no futebol é culpa exclusiva do presidente e o sucesso nas finanças e melhorias na estrutura do clube, não são méritos exclusivos dele também?
Não se pode jogar no lixo, um excelente trabalho feito por essa equipe comandada pelo atual presidente.
Sabe, não me conformo com o fato das pessoas sempre associarem seu fracasso à alguém. Poxa o EBM fez tudo em relação a gerir uma empresa e banca recompensas como qualquer dono de empresa consciente faria pelo funcionário. Agora se o funcionário é mal caráter e não tem responsabilidade, que saia, que seja demitido, todos nós queríamos que uma empresa nos bonificasse pelos nossos méritos. A administração deve rever as metas, pois essas metas estão aquém dos objetivos do torcedor que é ganhar títulos. Pra mim é culpado por insistir em algo que não tem resultado é pela falta de planejamento no futebol. Futebol dever ser coordenado por profissionais da área, ex jogadores que participaram da história do futebol. EBM entendi de finanças, mas de futebol… Isso eu admito, não sabe de nada, porém devemos dar os méritos do momento financeiro atual pra ele e só estamos nessa arrogância toda pelo fato de imaginarmos que podemos ter um futebol melhor pq estamos de bolso cheio.
Concordo plenamente brother. O que não é comum em qualquer clube do mundo (exceto o Eurico Miranda) o presidente ser vice de futebol (que tbm é fato que esse cargo que gerencia o futebol). Infelizmente o Bandeira de Mello é centralizador e é essa atitude que foi é está sendo a indignação. + Concordo com vc temos que saber destinguir isso e não ser movido por emoção
Perfeito, André! Já comentei que “corrupto” não é só o que recebe propina, mas também o que se corrompe no caráter. É o caso do Bandeira de Mello. Por pura vaidade e mau caratismo (a traição dele aos amigos que o colocaram lá é nojenta) faz talvez a pior gestão do futebol na história do clube. Não se conhece um outro momento nessa história em que os jogadores fossem tão passivos, omissos e covardes. São a cara do chefe, que os protege, afaga e a quem pede ajuda. Porra, esse cara é um doente! É uma BANANA PODRE.
EBM = “burro com iniciativa” (BAP)
SRN
Excelente.
Texto muito bom!
Perfeita análise…..os caras estão insistindo como se a qualquer momento fosse encaixar o bom futebol…com arão, Renê, Geuvanio, Pará…. não adianta
Ótimo texto realmente. Fica evidente que os treinadores escolhidos não tem qualquer tipo de capacidade para gerir uma equipe cheia de “estrelas” e não possuem conhecimento tático para utilizar as peças que temos a disposição. Olha a saída de jogo do Flamengo como é ridícula. A linha de ataque se posiciona toda a frente escondida atrás da defesa, como os laterais mal sobem, os pontas ficam presos em uma marcação dupla entre o lateral e o ponta adversário, Henrique dourado não sabe jogar de costas pra defesa e portanto não é opção de passe pra bola que vem do meio. Cuellar é ótimo volante, mas não é nenhum Xavi, não consegue desmarcar ninguém, pois não tem ninguém livre. Diego é forçado a voltar até a defesa pra pegar a bola e tentar algo, mas Arão é um zero a esquerda e não participa de nada, o resultado é que como não tem ninguém livre o Diego carrega a bola sozinho até sofrer uma falta ou perder a bola. O Flamengo é totalmente ineficiente taticamente e nossos treinadores não sabem aproveitar as peças que tem, preferem tentar encaixar os jogadores na tática do que encaixar a tática aos jogadores.
“administração que é histórica pelo saneamento das finanças,ALGO QUE NÃO É MERITO APENAS DE BANDEIRA DE MELLO”…Parem de tratar esse senhor como se fosse Deus, ninguém faz nada sozinho e todos sabem disso,ele é apenas um presidente lambão do clube mais POPULAR DO PAÍS!!!
Texto perfeito.
Bandeira está passando por esses percalços, pela sua arrogância. Ele quis assumir o futebol e receber os louros sozinho. Agora que o barco está a deriva, tenta se desvincular do fracasso. A torcida não se engana mais.
Melhor texto sobre toda situação que existe, quem discordar é um cego esse mantra “vamos levando” é pra todos os rubro-negros acomodados igual a esse elenco, pior que não terá grandes mudanças, só na saída dos bananas da presidência, têm gente séria dentro do clube, mas quem têm que pensar em futebol nem do assunto sabem(Fred Luz e Bandeira)!
Uma das melhores matérias postada na coluna do Flamengo. O que me causa estranheza é que no mundo corporativo vc vive de resultados.”não está funcionando Muda se precisar tudo” +não é essa atitude do Banana de Melo. E o pior é que os se olharmos friamente 99% dos técnicos que passaram em sua gestão tem o seu perfil: totalmente passivo, sem liderança no vestiário, refém dos atletas, enfim padrão Bandeira de Mello, e sempre que especulava um técnico pusso firme ele prontamente rejeitava.. … coincidência??????
Nós tínhamos um acordo com Eduardo Bandeira de Mello. O Eduardo não participou de absolutamente nada na eleição de 2012. Não sei nem se o Eduardo sabe onde era o QG da gente. O Eduardo se juntou à campanha 23 dias antes do pleito porque o Wallim e o Landim foram gongados. Ele não tem noção de como foi a campanha. E na ocasião dissemos para ele: “O regime é presidencialista, mas vamos tocar o clube de forma parlamentarista. Tem oito pessoas que de alguma maneira vão decidir o destino do clube. Você é um desses oito. Na hora que a gente votar, a vontade da maioria vai imperar”. O grupo que colocou o Eduardo lá. Eduardo, você é um ingrato! Foi o Wallim e o Landim que te colocaram onde você está. Você é um ingrato. A gente já aprendeu que reeleição, em geral, puxa o que tem de pior do ser humano. O pior do Eduardo a gente já descobriu o que é. É a vaidade, é o ego. O problema dele é a vaidade. Se ele não continuar presidente do Flamengo, infelizmente ele não tem nada para fazer da vida dele – Bap.
É agora já era Bandeira você tá recebendo o que causou, hoje isolado, o grupo teria suportado com você, de 2015 até agora o Flamengo perdeu sua alma de união, você não fará falta e nem esse Fred Luz!
Assino em baixo , foi um traidor ingrato , caiu de paraquedas , foi mordido pela mosca azul , um final melancolico pro banana !!!
Sou militar, e nos cursos de formação, onde existe grande pressão psicológica, uma das ações mais desmoralisantes é, após uma pressão do instrutor, o instruendo pedir “pelo amor de Deus” para seu subordinados ou pares fazerem alguma coisa. Ação de indica uma total falta de comando e moral, algo que ficou evidente no episódio descrito acima.
SRN #queromeuflamengodevolta
Queremos amigo, queremos… tá complicado!
PQP! “7,7 milhões para jogadores, 2,5 milhões para comissão técnica e 800 mil para o ex- diretor executivo Rodrigo Caetano” pelos vices e 6º lugar no brasileiro???? … só pode ser SACANAGEM!!!!! CARACA! O EBM TÁ PIOR QUE POLÍTICO CORRUPTO NO PAÍS … DISTRIBUINDO RIQUEZA SEM TER… GRATIFICAÇÃO SEM MERECER!
EDUARDO BANDEIRA DE MELO pela última vez, se você é mesmo TORCEDOR do Flamengo, se afasta do futebol do clube pelo amor de Deus, esse papo de que você equacionou dívida, não engana nem criança mais. O Flamengo não é o BNDES, não é uma empresa fundada em 2013, futebol por futebol, tu és mais incompetente do que todos os que passaram antes de você.
Tic tac, tic tac, tic tac, o tempo tá passando, qual vai ser? Vai continuar nessa inércia com cara de Zé ROELA, ou tomar atitude de sujeito HOMEM?
A escolha é sua, uma coisa é certa, o primeiro a rala peito do clube, será o Diego, projeto de jogador mal acabado, metido a executivo de grande empresa.
Apesar de não concordar muito com isso mas, cada time do Flamengo, tem a torcida com o comportamento que os dirigentes e jogadores cativam, pois isso é futebol, isso é paixão e amor extremo, isso é FLAMENGO… É meu maior prazer vê-lo brilhar, seja na terra, seja mar vencer, vencer, vencer. Uma vez FLAMENGO, FLAMENGO até morrer…
Já estamos chegando no fim da gestão de EBM então podemos entender e concluir algumas coisas, como a questão do continuísmo que ele tanto pregou, que hoje fica claro que não era para se alcançar nenhuma conquista dentro de campo, o objetivo do continuísmo desta gestão era apenas para sanear as finanças do Flamengo por completo, o máximo possível, para que o clube tenha as bases fortes para se tornar tudo aquilo que só o Flamengo pode ser no mundo.
Definitivamente é um passo ousado, num país onde a própria CBF minimiza e desdenha de tudo que o Flamengo faz corretamente, servindo de modelo de gestão esportiva para tantos outros clubes e tantos outros profissionais do futebol!
Num cenário assim, parece utopia querer ‘forçar’ mudanças que a maioria dos clubes e a própria CBF não desejam que sejam feitas, o que só resulta em prejuízos aos esforços do Flamengo.
Melhor ser realista e ganhar títulos, né?
O texto acima é bom até a metade, pois os argumentos começam com coerência mas desandam e terminam em tom de desabafo de torcedor com os absurdos que geralmente só torcedores falam e acreditam!
É fácil de ver isso quando percebemos que EBM não contratou nenhum outro treinador após a súbita demissão de Carpegiani (um erro desta gestão a meu ver) para economizar pois os profissionais pretendidos ou não tinham disponibilidade ou pediram muito alto.
O nome disso é coerência.
Uma gestão que não faz loucuras, que poupa dinheiro e que sacrifica até o futebol e os títulos em nome dos bons resultados financeiros.
Esse tem sido o princípio inteligente que sustenta todo o trabalho desta gestão, pensando no futuro, mantendo os pés no chão, então é importante que se diga isso e que o torcedor reconheça tal feito independente da opinião de cada um, pois só existe uma pessoa que legitimamente pode decidir isso e é o próprio presidente eleito no Flamengo: EBM!
Eu faria diferente certamente mas não sou eu o presidente.
É bom que se diga que no caso de algum aventureiro mal intencionado assumir a Presidência do Flamengo ano que vem e fazer tudo ao contrário, então o Flamengo terá jogado todos estes anos de austeridade e dificuldades no lixo!
Por isso a preocupação legítima e justa desta gestão de que a próxima gestão mantenha a austeridade em dia, apesar de ter o direito de tomar decisões diferentes.
Por tudo que já sacrificamos, não vejo jeito senão continuar nessa linha de trabalho até a glória do Flamengo..
SRN
Era discurso fácil de ouvir ao conversar com integrantes da recém-empossada diretoria de Bandeira de Mello, no fim de 2012 e início de 2013. O Flamengo seria o clube do futuro. Hegemônico nacional e internacionalmente. Ajustaria as finanças, melhoraria a estrutura do futebol, contrataria grandes jogadores. E voaria. Alto, tão alto quanto os tempos da Era Zico. Falou-se em ano dourado. Ano mágico. Céu de brigadeiro. Fielmente, o torcedor comprou a história. Grande parte da imprensa, também. Só havia um problema: era um plano sem data marcada para ser concretizado. Talvez em quatro anos. Talvez em seis. Talvez em dez. O Flamengo virou refém da hegemonia do futuro.
Com o tempo, o mandatário deixou-se modificar. Seduzido pelo poder, passou a ser centralizador, interferindo diretamente no futebol, contemporizando falhas no presente e contribuindo para condenar o futuro. As cenas vistas no Galeão fazem parte de todo o contexto. Dias antes, o presidente minimizou outro protesto. A emergência de resultados mina qualquer passo do futebol. Frio, afastado da própria identidade, o clube continua acreditando na planilha. Esquece o presente. E segue eternamente refém da virtual hegemonia do futuro.
EBM o maior culpado disso, protetor, centraliza futebol, cansou de proteger certos jogadores, improvisa técnico estagiário…deu nisso, torcida cansou!!!