Salve, Salve, Nação Rubro-Negra!
Nesta segunda-feira utilizarei este espaço democrático para divagar sobre a dualidade “individual x coletivo”. É certo que, no futebol, uma coisa não sobrevive sem a outra e vice-versa, se é que vocês me entendem. Peço desculpas inicialmente pela extensão da coluna de hoje, mas tenho que tocar em vários pontos específicos para que consiga traçar uma diretriz acerca do tema abordado. Vamos lá!
Podemos começar dizendo uma frase que meu pai sempre diz: “Ninguém faz milagre!”, e assim ocorre desde que o mundo é mundo. Muito temos dissertado sobre o elenco do Flamengo, taxando-o de superestimado (concordo), desequilibrado (também concordo), e que faltam peças de reposição à altura (mais uma concordância). Além dessa visão macro, poderíamos dizer, mais analiticamente, que o individual vem falhando constantemente.
A partir dessa tese, podemos constatar que o coletivo tende a falhar quando o individual vai mal e isso é uma constatação muito fácil de ser observada. Analisando atentamente os jogos que o Flamengo vem fazendo, é imperativo dizer que usualmente criticamos um ou outro jogador, seja ele qual for, por sua inconsistência e seu baixo rendimento nas partidas.
Não temos sido um “bando” em campo, como apregoam alguns colegas. Não que sejamos um time bem equilibrado, longe disso, mas não percebo terra arrasada. Há um revezamento no baixo rendimento individual, salvo em raríssimas exceções. Isso me preocupa, aliás, vem tirando o meu sono há algum tempo. Apesar de termos ganhado alguns jogos em sequência, é de entendimento geral que não temos apresentado um bom futebol, seja pelo motivo que for.
Aparentemente, há um véu sobre o mau futebol por nós apresentado, a não ser que analisemos mais intrinsecamente o momento esportivo do clube. Se filosofarmos um pouco a respeito, perceberemos que nosso individual tem falhado constantemente, identificaremos que há uma consistência sucessiva de falhas pontuais ao longo dos jogos. O motivo dessas falhas deve ser estudado mais a fundo e sanado o mais rapidamente.
Seja pela mudança constante de esquema ou de peças, seja pelo emocional momentâneo do jogador, seja pelo clima ou pelo motivo que for, nossos atletas têm falhado de forma contumaz. Isso vem nos afetando coletivamente, pois um elo fraco faz a corrente muito menos consistente. Nossos adversários têm sido brindados e vêm se beneficiando com algumas dessas situações, aproveitando para nos tirar pontos importantes nos jogos durante nossas campanhas.
Seja no ataque, na defesa, na transição, no aproveitamento em finalizações, ou em outros quesitos como nosso passe ou algum erro de posicionamento, por exemplo, temos dado armas aos adversários para que eles se aproveitem das situações criadas, mesmo que não sejamos prejudicados. Essas falhas têm que acabar, e logo.
Não existe esquema tático infalível, tampouco existe jogo coletivo que sobreviva quando o individual vai mal. Isso é fato, ponto pacífico. O que percebemos é que essas falhas individuais estão sendo frequentes e de forma alternada, excetuando-se alguns jogadores, tanto pro bem quanto pro mal. Se olharmos mais atentamente, salvo em raríssimas exceções, os gols que temos tomado são exclusivamente motivados por falhas individuais.
Se isso não mudar, continuaremos criticando os atletas individualmente jogo a jogo, crucificando A ou B de acordo com suas atuações nas partidas. Criticaremos, também, os diferentes esquemas táticos utilizados pela comissão técnica na montagem do time. Esse não deve ser o foco. Na minha opinião, devemos tratar para que as falhas individuais não ocorram na frequência com que vêm ocorrendo para que nosso jogo coletivo sobressaia e prospere de uma vez por todas.
Se conseguíssemos frear essas más atuações individuais, nosso time brigaria sempre na ponta de todas as tabelas, mas esse ajuste fino é dificílimo de ser conseguido. Várias áreas devem trabalhar em conjunto para que esse mal seja amenizado, é um processo interdisciplinar. Devemos juntar psicologia, treinamento e muita conversa para que possamos evoluir, minimizar as falhas e podermos alçar voos mais altos.
Além disso, acho fundamental trabalharmos os fundamentos. Passe, finalização, deslocamento, triangulações, virada de jogo. Tudo isso é passível de treinamento. Mas isso deve ser executado à exaustão e frequentemente. Sei que é uma prática um tanto quanto ortodoxa e pouco afeita às aspirações da “boleirada”, mas considero ferramenta de extrema importância quando o assunto é futebol de alto rendimento. A repetição nos aproxima da perfeição, seja qual for a área de atuação.
Aliado a isso, deveríamos definir um esquema tático básico e praticá-lo nos treinamentos, para que os atletas possam realizá-lo automaticamente. Suas variações poderiam ser implantadas posteriormente, na medida em que esse esquema principal já estivesse arraigado na mente dos atletas.
Tenho plena consciência de que muitos podem achar que essa tese é utópica, mas devo discordar veementemente. Posso cravar aqui a certeza de sucesso absoluto, caso esses métodos sejam implantados. Para que isso aconteça, é necessário tempo e esforço conjuntos de comissão técnica, elenco e diretoria para lograrmos êxito na empreitada.
Fazendo assim, tenho absoluta convicção no sucesso esportivo do Flamengo, pouco importando os atletas que componham nosso elenco. É obvio, no caso do Mengão, que isso seria maximizado devido ao nosso patamar financeiro, cujo qual nos possibilita montar um elenco com peças de qualidade muito superior às demais agremiações do futebol nacional.
Para isso, um real e efetivo planejamento é extremamente necessário. Um planejamento bem diferente do que temos adotado nos últimos anos, através de oportunidades de mercado. As oportunidades são excelentes, mas apenas quando coincidem com o tipo de atleta desejado pela comissão técnica. Se não for assim, é mau investimento. Mas isso é um assunto mais delicado e prefiro postergá-lo e abordá-lo em outra coluna.
Que o Flamengo possa identificar logo essas inconsistências individuais e aja de forma célere, para amenizar da melhor maneira essa nossa fraqueza. Pelo bem de nosso futebol e pela alegria dessa Nação maravilhosa. Que Deus abençoe e ilumine nosso clube. Oremos! Vai pra cima deles Mengo!!!
O Flamengo simplesmente é!
Saudações rubro-negras a todos!
Twitter: @fabio_monken
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Aguardando 2019!!!
Concordo em partes, pois quando o coletivo sobressai ao individual, o elenco consegue perceber quem está bem ou não para dar cobertura. O fato é que o clima no Flamengo é de eleição, com isso, gera ainda mais incertezas, o que faz com que psicologicamente os jogadores falhem individualmente. Mas o pior mesmo são jogadores renomados que sentem o peso do manto. Ideal é contratar zagueiro, lateral e atacante.
Concordo em parte com seu comentario... o problema eh que estamos no meio da temporada com um tecnico novo e com jogos importantes quarta e domingo... os treinamentos estao sendo feitos na basa da conversa... na parada da copa poderemos ter evolucao no quesito arrumacao ....
Pra mim o Flamengo não vai ganhar nada infelizmente,Não temos Técnico, alguns jogadores só joga por causa do nome.
Ex:Diego,Rever,Juan e Dourado.
Barbieri não tem peito para barrar Diego,Rever entre outros.
Pra o lugar do Diego ainda se tem peças, mas vai tirar Rever e Juan vai colocar quem!? Vai tirar Dourado e vai colocar quem!? Lincoln... Acha mesmo que esses garotos esta pronto?
Falta contratar desde o ano pasaspa pra serem titulares
Lateral
Zagueiro
Cara eu concordo plenamente com vc .. mas como vc msm falou precisa de tempo e paciência !! coisas q no flamengo sao quase impossíveis ..
Concordo. As falhas são sempre as mesmas. Sempre falta o último passe certo. Sempre há falta de marcação na defesa. Sempre a insistência em chuveirar, ao invés de construir a jogada. Sempre a quebra de ritmo no contra ataque. Claro que o plantel tem que ser reavaliado, pois alguns simplesmente só conseguem isso, não são capazes de dar mais que isso, de maneira que para mudarmos de patamar, esses não podem continuar.
EU ATE CONCORDO COM O TREINAMENTO A EXAUSTÃO DE UM MÉTODO BÁSICO DE TRABALHO , MAS SERIA PRECISO ELIMINAR DO GRUPO ALGUNS CABEÇAS DE BAGRE , QUE NÃO CONSEGUEM, POR MAIS QUE TREINAM, EXECUTAR NO JOGO O QUE FOI TREINADO.E TAMBÉM SERIA PRECISO TER UM TREINADOR PENSANTE E COM VISÃO, FAZER EXPERIENCIAS NO TREINO , MUDAR A POSIÇÃO DO JOGADOR QUANDO SENTIR QUE EXISTE POTENCIAL NELE, QUE ELE PODER RENDER MAIS EM OUTRA POSIÇÃO, COMO É O CASO DO TRAUCO , SE BARBIERE FOSSE MAIS OUSADO JÁ ESTARIA TREINANDO ESSE JOGADOR NO MEIO CAMPO OU NO ATAQUE, JÁ QUE ELE TEM BOA TÉCNICA E BOM CHUTE , MAS PRA QUE ISSO VENHA A ACONTECER , O TREINADO TEM QUE TER VISÃO.TEM JOGADORES NO FLAMENGO QUE NÃO ESTÃO RENDENDO EM SUA POSIÇÃO DE ORIGEM , MAS SÓ PODEMOS VER SE ELES RENDERIAM EM OUTRA POSIÇÃO SE TENTASSEM, SE TREINASSEM ESSES INDIVIDUOS