Indignação: esta é uma das palavras que descreve o estado atual do atacante Paolo Guerrero, após ter sua pena por doping aumentada para 14 meses. Com essa definição do Tribunal Arbitral do Esporte, o atleta não pode disputar a Copa do Mundo. Entretanto, apesar do TAS ser a última instância possível para recurso, o peruano ainda demonstra esperança em reverter o panorama atual.
Nesta terça-feira (15), ele voltou ao Peru e falou à imprensa durante o desembarque na cidade de Lima. Paolo afirmou que voltou ao país para agradecer pelo apoio dos fãs e também para decidir os novos passos que dará junto a seus advogados.
— Estou triste. Vim aqui botar a cara. Passo por uma injustiça, estão me tirando da Copa do Mundo. Mais do que isso é minha carreira: o futebol. Estou agradecido ao público e isso não posso negar. Hoje vim para demonstrar o meu carinho com as pessoas que me apoiam. Agora tenho que ver que ações vou tomar com meus advogados. Estão acontecendo muitas coisas estranhas, justamente por isso estou aqui. Quero esclarecer tudo. Quero ver o que está acontecendo —, disse ele.
Além disso, Guerrero deixou clara a sua insatisfação com a postura do Swissotel, hotel no qual a delegação peruana ficou hospedada antes do confronto contra a Argentina pelas eliminatórias da Copa, duelo em que o atleta foi pego no doping.
— Não entendo muito bem, há muitas especulações, a atitude da Federação, a seleção que continua concentrada no hotel. Não entendo. O hotel (Swissotel) foi um fator importante que me prejudicou quando vim ao Peru buscar as evidências. Para mim, o Swissotel me deu as costas. Eu queria saber a verdade. Agora eles ajudaram a Wada, mandaram uma carta. Vai haver ações contra isso.