Nelson Rodrigues escreveu que o Fla-Flu começou 40 minutos antes do nada. Já tem polêmica nos bastidores. Uma queda de braço entre a empresa parceira da CBF na inspeção e certificação dos campos de jogo e a firma que faz a manutenção do gramado do Mané Garrincha ameaçou, ao longo da última terça-feira (6), a realização do clássico de amanhã, às 20h, em Brasília, pela décima rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.
O blog apurou que um topógrafo a serviço da entidade máxima do futebol brasileiro foi ao estádio na última terça-feira e detectou um erro no posicionamento da trave sul do Mané Garrincha, aquela aquele para o lado do Centro de Convenções. Ao preencher o relatório, o profissional recomendou que a baliza fosse recuada em 5 centímetros. No entanto, a Greenleaf, firma contratada pelo GDF desde a inauguração da arena para zelar pelo gramado, contestou o parecer sob alegação de que o Mané Garrincha recebeu eventos de ponta como a Copa das Confederações de 2013, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio-2016, e o problema jamais foi apontado pelos profissionais da STRI — multinacional inglesa responsável por aferir as medidas dos gramados nas competições organizadas pela Fifa. A Copa do Mundo da Rússia, por exemplo.
A empresa argumentou ainda que não há tempo para cavar um novo buraco, mexer no gramado, executar o remanejamento e deixar o piso em perfeito estado para o Fla-Flu. As traves são chumbadas no piso, o que causaria dano a esse setor do campo na véspera de um jogo importante.
Após ameaça de o Mané Garrincha perder a certificação e consequentemente ser impedido de abrigar o Fla-Flu, houve acordo para que o topógrafo retorne ao estádio para refazer a medição do posicionamento da trave.
O topógrafo veio ao estádio mais caro da Copa de 2014 com a missão de atualizar o Relatório de Inspeção e Certificação do Mané Garrincha — um selo de qualidade para que o campo receba partidas da CBF. A validade do documento exigido pelo departamento de competições da CBF, emitido em 25 de abril de 2017, havia expirado em 24 de abril deste ano.
O curioso é que o Brasiliense disputou no gramado três dos seus quatro jogos em casa na fase de grupos da Série D, ou seja, justamente no período em que a certificação estava vencida. O Time do DF recebeu Iporá (29/4), Corumbaense (4/5) e Dom Bosco (27/5) pela quarta divisão do torneio da CBF. No fim de semana, estreou na etapa de mata-mata contra o Sergipe, no Abadião, em Ceilândia.
O procedimento anual da CBF não tem a ver com laudo de segurança. É uma espécie de “Inmetro”. A certificação é feita pela SD Plan, parceira da CBF que foi contratada para verificar, em todos os estádios usados nas competições, se as dimensões dos campos de jogo estão de acordo com as medidas oficiais da Fifa, apontar as correções necessárias no terreno, como, por exemplo, diferença nos tamanhos e no posicionamento das traves, a distância da marca do pênalti e a qualidade do gramado.
Reprodução: Drible de Corpo | Correio Braziliense
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Ver comentários
A CBF querendo ser mais nobre que o rei.
É muito cacique pra pouco índio... por isso nosso estado está gordo e pesado desse jeito, e vive parado só consumindo.
Metade do orçamento executado do governo federal é só pra pagar dívida. Conta outra!
Se ta devendo, tem que pagar, ora bolas! Isso não muda o fato de que o estado é OBESO e cheio de sangue suga mamando na teta.
O estado brasileiro tem carga tributária de 32% do PIB. No Reino Unido é 40%, por exemplo. Nosso estado não é obeso. Além disso, o estado utiliza quase metade da arrecadação para pagar dívida.
Não disse que não deve pagar, só disse que a máquina pública brasileira não tem nada de inchada. Pelo contrário.
daí vai dar calote e em 10 anos vai estar novamente com o estado inchado, gerando prejuízo, e indo no mercado tentar captar dinheiro com a venda de títulos da dívida pública. daí mais uns 20 anos depois estarão seus filhos falando que tem dar calote na dívida pública. kkkkkkk
Não sou favorável a calote, não é assim que se resolvem as coisas. Porém, a verdade precisa ser dita, metade do orçamento estatal é para pagar conta. Contas essas que se originaram em outras administrações. Algumas são pagas há décadas. O estado brasileiro investe algo próximo a 17% do PIB. Estamos longe de ter um "estado inchado". Temos um estado "inchado de dívidas".
Essas vergonhas que tu fica passando por aí falando que o estado brasileiro não é inchado, gordo, pesado e ineficaz, tu passa no cartão de crédito ou no débito?
Mente que nem sente...
Não vou te dar confiança. Eu sou um sujeito pragmático e que prima pela racionalidade. Já enfiei os dados na tua cara, não me faça repeti-los. Releia até assimilar.