Mais do que garantir os três pontos, mais do que avançar na briga pelo título brasileiro, Palmeiras e Flamengo pareciam ter entrado em campo nesta quarta-feira com um claro objetivo: calar a boca de todos que afirmam que os campeonatos de pontos corridos não conseguem oferecer as mesmas emoções, confusões e doideiras que o bom e velho sistema de mata-mata.
Afinal, a partida de ontem na Arena Palmeiras teve de tudo: uma equipe saindo na frente logo no começo do jogo, a outra empatando, ambos os times se alternando no comando das ações, lambanças da arbitragem e até mesmo a famosa confusão generalizada, que envolveu os mais diversos clichês esportivos, indo desde o jogador expulso do banco até a participação do segundo goleiro reserva cuja única função é estar sempre aquecendo caso seja preciso agredir alguém – sinceramente não vejo outra razão para levar três goleiros para a concentração além dessa.
E ainda que o empate quebre a série de vitórias que o Flamengo vinha emplacando, reduza a nossa vantagem para apenas 4 pontos e portanto obviamente não seja o resultado ideal, é possível sim ver no 1×1 de ontem motivos para esperar ansioso pelo fim da Copa do Mundo e pela continuação desse Brasileirão.
Primeiro pelas razões práticas óbvias de que conseguimos conquistar um ponto na casa de um adversário direto na briga pelo título em uma partida em que, não fosse já ser comum o baixíssimo nível da arbitragem brasileira, poderíamos até desconfiar que o juiz anda simulando um ou outro empréstimo consignado no site da Crefisa.
Mas, mais do que o resultado, é importante analisar a postura que o Flamengo apresentou durante a partida. Apesar do começo turbulento e das panes nos dez primeiros minutos de cada tempo, que geraram o gol palmeirense e que podem ser creditadas não apenas a inexperiência de parte da equipe como também à falta de Diego, sempre o responsável por ditar o ritmo do time e evitar que a equipe caia demais no jogo dos adversários, o Flamengo conseguiu, na maior parte do tempo, adotar uma postura corajosa e impor seu jogo mesmo na casa do adversário.
Fizemos uma grande partida? Não, tanto pelos espaços e vacilos oferecidos diversas vezes na defesa quanto pelas oportunidades de decidir o jogo que foram perdidas no ataque, quase sempre por preciosismo ou imaturidade na finalização. Mas ver um Flamengo que mesmo perdendo fora de casa consegue esfriar a cabeça, colocar a bola no chão e impôr seu jogo sem precisar recorrer aos chutões malucos, cruzamentos aleatórios e chuveirinhos sem sentido na área é sim algo animador, ainda mais para quem acompanhou o time nos últimos dois anos.
Com a chegada da pausa para a Copa, que pode significar a saída tanto do essencial Vinícius Jr quanto do ontem titular Vizeu e do esquecido Trauco, resta esperar que o Flamengo busque as peças de reposição que precisa e aproveite para voltar ainda mais alinhado para o mês de julho. Afinal, se o que veremos depois dessa parada é praticamente um novo campeonato, vamos entrar nele com a vantagem de quem colocou quatro pontos de frente e a confiança de quem sabe que a equipe está no caminho certo.
Reprodução: João Luis Jr. | Blog Isso Aqui é Flamengo
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