Maurício Barbieri foi efetivado no cargo de técnico do Flamengo na última quinta-feira (28), mas já está há três meses no comando. Visto com desconfiança, o novato sofreu pressão da torcida no início e teve a saída cobrada nos bastidores logo depois de substituir o demitido Paulo César Carpegiani. Em protestos de organizadas, ele esteve sempre entre os principais alvos. Imaginá-lo no Rubro-negro 90 dias depois era exercício delicado até para os dirigentes mais otimistas.
Até a efetivação, Maurício Barbieri teve dois aliados fundamentais. Os bons resultados foram importantíssimos. Líder do Campeonato Brasileiro, nas quartas da Copa do Brasil e nas oitavas da Libertadores, o Flamengo perdeu apenas uma vez sob o comando do agora não mais interino. Foi no dia 13 de maio – 3 a 2 para a Chapecoense.
As dez vitórias obtidas e os sete empates completaram o retrospecto positivo. Com o treinador, o Flamengo obteve 68% de aproveitamento dos pontos disputados. Aos 36 anos, ele contou com o respaldo dos jogadores, principalmente por escutá-los e debater o funcionamento da equipe. A parceria com o diretor Carlos Noval foi outro diferencial. Desde a primeira entrevista, o dirigente expôs a preferência pelo novato. O discurso se espalhou entre os atletas.
“O Barbieri é um técnico maravilhoso e com muitas ideias boas. Ele nos mostrou que o pensamento vai junto com o do Flamengo. Trabalhamos para dar continuidade ao trabalho“, disse o volante Cuéllar, ponto de equilíbrio do comandante na equipe.
Maurício Barbieri evoluiu no trabalho em campo no dia a dia e também fora dele nos primeiros três meses. Vindo de clubes de menor expressão, casos de Audax, RB Brasil, Guarani e Desportivo Brasil, ele sofreu para se acostumar com as cobranças da imprensa nas entrevistas coletivas.
No início, o técnico foi muitas vezes arredio ao rebater questionamentos. Parecia uma forma de proteção diante do furacão vivido pelo Flamengo. Aos poucos, o panorama ficou mais leve. Atualmente, Barbieri está tranquilo. Não apenas na relação com os jornalistas, mas principalmente pela maior segurança para seguir o trabalho no Rubro-negro. Diante de um segundo semestre repleto de decisões, cabe agora ao treinador realizar o que clube, torcida e atletas esperam.
Reprodução: Uol Esporte
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Estagiário fera! Rsssss