No fim de março, após eliminação para o Botafogo no Campeonato Carioca, o Flamengo demitiu o diretor Rodrigo Caetano, o gerente Mozer, o técnico Carpegiani e dois auxiliares (Rodrigo Carpegiani e Jayme de Almeida). Na parada da Copa, dispensou o supervisor Sergio Helt. Todos substitutos saíram de dentro do clube. Carlos Noval assumiu a direção, Léo Inácio, ex-jogador do clube, é coordenador de transição, Bruno Coev, novo supervisor, e Maurício Barbieri agora faz a dobradinha de treinador e auxiliar com Mauricio Souza, ex-técnico do sub-20.
Entre cobranças por resultados e imprevisibilidade do dia a dia do futebol, a política do clube repetiu a valorização dos jogadores formados na base. Mas a ideia do Flamengo é isolar a prática dos resultados do futebol para torná-lo parte do método daqui para frente. Dos 34 funcionários do departamento de futebol, hoje, 26 são formados em casa ou saíram da base para ocupar novo cargo no departamento de futebol profissional – casos mais recentes, do preparador de goleiros Jober, do analista de desempenho Igor Oliveira e do médico Gustavo Caldeira.
O diretor Carlos Noval vê as mudanças como consequência do trabalho realizado dentro do Flamengo. Ele defende que o clube qualifique cada vez mais seus profissionais, enviando fisioterapeutas, preparadores, auxiliares e outros mais para cursos, congressos e intercâmbios dentro e fora do país.
— É um processo que vem acontecendo há bastante tempo. Temos casos de estagiários que vão se formando dentro do clube (como o Fabinho, Fabio Eiras, que veio se qualificando para chegar ao profissional). Assim como formamos jogadores, nossa obrigação também é formar profissionais. Temos sempre que qualificá-los e mostrar a importância que tem o clube para chegarem bem preparados ao profissional – disse Noval.
O clube prevê em seu planejamento para 2019 – bom lembrar que no fim do ano tem eleição para presidente – o investimento em qualificação e profissionalização de seus colaboradores do departamento de futebol. Este processo já começou de dentro para fora, com duas consultorias contratadas. Primeiro, a Exos, que ficou dois anos no clube, e agora a Double Pass, que vai ficar até dois anos acompanhando os trabalhos no clube.
— (A qualificação) é um projeto que o Flamengo tem. Já está até no orçamento para o ano que vem. Para a gente começar a mandar profissionais para fazerem intercâmbio em outros países para que eles se preparem cada vez mais. Para chegar como auxiliar no futebol, por exemplo, o profissional é obrigado a ter curso da CBF. Pelo menos a licença B, para ser treinador. Dentro do possível, a gente manda fisioterapeutas e preparadores físicos para cursos também – contou o diretor de futebol.
A diretoria entende também que desenvolvendo os profissionais da casa consegue economizar os custos no futebol. Trocando salários mais altos, num primeiro momento, por investimento para aprendizado e troca de informações em outros setores – até mesmo em clubes fora do Brasil.
— O custo do profissional formado na casa é menor para o clube, mas não significa que não temos que trazer pessoas de fora. Acho muito interessante trazer pessoas de fora para haver uma troca de ideias e aprendizado. Por exemplo, a Double Pass. De três em três meses eles vêm aqui, a cada etapa dessa a gente troca muita experiência. Estamos montando um caderno metodológico todo voltado para a base – revelou o diretor de futebol.
Reprodução: Globoesporte.com
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Acho válido, mas há que se ressaltar que experiência nunca é demais
Diretoria lerda, não contrata e não sabe contratar seus bostas
A diretoria está certa e agora temos q contratar torcedores de verdade pois esses modinhas são uns pela saco.