Roberto Assaf: “Clássico é clássico e vice-versa”

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Clássico é clássico e vice-versa, disse o poeta popular. A frase é folclórica, mas verdadeira. Mas basta olhar a tabela de classificação do Brasileiro para ver que Flamengo e Botafogo têm trajetórias distintas no campeonato. E que pelo menos neste aspecto o time da Gávea é o favorito para o jogo deste sábado, no Maracanã. O Alvinegro apresenta campanha irregular, com quatro vitórias, cinco empates, quatro derrotas, 16 gols a favor 16 contra. E o Flamengo ainda é o líder.

É provável que Marcos Paquetá tenha visto o teipe da partida na qual o seu adversário de amanhã perdeu por 1 a 0 para o São Paulo. Logo, percebeu que faltou, ao primeiro colocado, um pouco mais de participação de cada um. Houve desatenção na zaga, o avanço dos laterais foi tímido, a criatividade no meio não apareceu, e a pontaria, na frente, acabou sendo um horror. Não seria exagero afirmar que o treinador da equipe paulista, Diego Aguirre, neutralizou o adversário nos três setores, e mais, soube explorar os contra-ataques, tanto que daí surgiu o gol da vitória.

Há uma diferença entre os times do Botafogo e do São Paulo. O tricolor, no momento, é melhor, no individual e no coletivo. Logo, na teoria, bastará ao Alvinegro amarrar o Flamengo, como fez o técnico uruguaio, para – no mínimo – impedir uma vitória do time da Gávea.

Assim, Maurício Barbiéri terá que corrigir os erros que ficaram evidentes na quarta-feira passada, para sair vitorioso, notadamente as falhas de cobertura na defesa, que possibilitaram três ou quatro chances ao São Paulo. Vale lembrar aos seus jogadores de meio que passes para os lados não são suficientes, e que atacantes não podem desperdiçar de forma bisonha as oportunidades que surgirem.

Clássico é clássico e vice-versa, ou seja, o Botafogo fará jogo duro. E caberá ao Flamengo facilitá-lo, para confirmar a pose de favorito.

Reprodução: Roberto Assaf | Rua Paysandu

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