Até o fim do Campeonato Paulista, quando ainda estava sob o comando de Dorival Júnior, o São Paulo não era apenas uma equipe irregular, excessivamente cobrada e até vaiada ao longo dos jogos, mas um clube que vivia ambiente tumultuado, pois a torcida também não perdoava os cartolas, que não conseguiam colocar o futebol no caminho das vitórias.
A partir da segunda quinzena de março, no entanto, com a chegada do técnico Diego Aguirre (foto), o time ganhou corpo, e não seria exagero dizer que é hoje equivalente ao do Flamengo, num plano geral, levando-se em conta que briga pela ponta da tabela, e que a exemplo do Rubro-Negro, sofreu apenas uma derrota no Brasileiro, e vale lembrar, não tomou gol em seis das 12 partidas que disputou até agora.
A única vantagem da equipe carioca, no confronto desta quarta-feira, é o fato de jogar no Maracanã. E não se diz isso só pelo óbvio, que é o incentivo do povão, mas porque a torcida tem estado efetivamente ao lado do time, mostrando paciência quando o adversário cria dificuldades, e nas ocasiões em que alguns jogadores não rendem o esperado.
Assim, é necessário ressaltar que o São Paulo de hoje é forte nos três setores, com atletas que têm a capacidade de trocar de posições com facilidade, notadamente do meio para frente, e mais ainda, é um dos gigantes do futebol brasileiro. É difícil acreditar que o time paulista possa privilegiar a defesa, para sair em contra-ataques, o que deve exigir atenção redobrada do Rubro-Negro, que tem enfrentado, no Rio, adversários mais preocupados em segurar resultado.
O problema do Tricolor é que o Flamengo deixou de ser aquele time preguiçoso, que cumpria burocraticamente as obrigações, e passou a ser um rebelde com causa. Logo, o que se espera é um grande jogo.
Reprodução: Roberto Assaf | Rua Paysandu
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