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Roberto Assaf: “Les Bleus ficaram muito longe do time que a torcida quer ver campeão”

O Flamengo, fantasiado de Seleção da França, não fez uma partida efetivamente ruim, mas não jogou um futebol capaz de entusiasmar o torcedor, de fazê-lo acreditar que possa ser campeão brasileiro, levando-se em conta que o adversário briga contra a degola. Faltaram, além Kanté, Pogba, Mbappé e Griezmann, aquela gana, a certeza, enfim, de que o empate – hoje de 1 a 1 – mesmo fora de casa, não serve para aqueles que desejam buscar algo maior. Não deu para gritar “Allez Les Bleus”.

O Flamengo marcou com um minuto. Diego cobrou escanteio e Bruno Henrique desviou de cabeça, a bola encobriu Vanderlei e entrou. Gol contra. Aos 16, Lucas Veríssimo, machucado, deu a vaga para Luiz Felipe.

E o time da Gávea manteve, além da vantagem, o controle do jogo, mas não se empenhou para ampliar, e pior, passou a oferecer espaços em excesso para o adversário, que começou a ameaçar, até chegar ao empate, aos 33. Rodrygo invadiu a área pela direita, sem ser incomodado, e rolou para Gabriel tocar para dentro.

Com o gol, o Flamengo voltou a tocar a bola, aguardando uma falha da zaga paulista. Se procedesse dessa forma, quando o Santos perdia por 1 a 0, e parecia desconfortável, teria liquidado o jogo no primeiro tempo. Mas não o fez. Logo, os últimos 15 minutos foram de equilíbrio, e o placar de 1 a 1 ficou de bom tamanho para o que os times mostraram.

O time da casa trocou Eduardo Sasha por Renato no intervalo, e se objetivo era pressionar a saída de bola do Flamengo, deu certo, pois o Rubro-Negro ficou preso atrás, apostando apenas em contra-ataques, que não acertava. E a equipe paulista, com a posse da bola, passou a ter também, na teoria, mais chances de buscar o gol.

Aos 16 minutos, Barbiéri substituiu Guerrero – uma peça nula – por Uribe. Por volta dos 20, o Santos deu a impressão de ter cansado de fazer o que chamam agora de “marcação alta”, e o time carioca mais uma vez teve a oportunidade de tocar a bola. Mas faltava a objetividade.

Aos 26, Matheus Sávio, sem brilho, deu seu lugar a Geuvânio, que foi ocupar o setor esquerdo. Victor Ferraz e Alison demonstravam esgotamento. Logo em seguida, Serginho tirou Diego Pituca, um ótimo jogador, para a entrada de Léo Cittadini. Aos 41, acreditando no acaso, Barbiéri pôs Henrique Dourado no lugar de Diego. Mas ficou tudo igual.

Um resultado sem graça, péssimo para os dois times, e em especial para o Flamengo, que precisa justificar efetivamente a cada jogo a liderança do Brasileiro. E que não o fez.

FLAMENGO 1 x 1 SANTOS / SP

Data: Quarta-feira, 25 de julho de 2018.

Competição: Campeonato Brasileiro / 15ª rodada.

Local: Estádio Urbano Caldeira / Vila Belmiro, em Santos / SP.

Público: 11.843 pagantes / 11.843 presentes.

Arbitragem: Jaílson Macedo de Freitas, Elicarlos Franco de Oliveira e Jucimar dos Santos Dias / BA.

Gols: Bruno Henrique 1’ (contra) e Gabriel 33’.

FLAMENGO: Diego Alves, Rodinei, Réver, Léo Duarte e Renê; Cuellar, Diego, Lucas Paquetá e Diego (Henrique Dourado 86’); Matheus Sávio (Geuvânio 71’) e Guerrero (Uribe 61’). Técnico: Maurício Barbiéri.

SANTOS: Vanderlei, Victor Ferraz, Lucas Veríssimo (Luiz Felipe 16’), Gustavo Henrique e Dodô; Alison, Diego Pituca (Léo Cittadini 78’), Bruno Henrique e Rodrygo; Eduardo Sasha (Renato – intervalo) e Gabriel. Técnico: Sérgio Bernardino – Serginho Chulapa.

Reprodução: Roberto Assaf | Rua Paysandu

Foto: Renato Pizzutto/BP Filmes via Globoesporte

Coluna do Flamengo

Ver comentários

  • Deveriam antecipar logo a saída do Guerrero. Pensei que o Carlos Eduardo havia de ser a pior contratação da história do Flamengo nos seus mais de 120 anos de história, tanto em termos financeiros como dentro de campo. Mas, eis que essa diretoria bateu seu próprio recorde - Guerrero - Mais de 30 milhões jogados no lixo ou amarrados no rabo de uma lhama nos Andes Peruanos. Lamentável. Faltando 15 dias para o encerramento do contrato, poderiam logo antecipar a saída desse jogador. fariam um acordo pra ele abrir de mão desse valor e sumir do Rio de janeiro. Jogador muito fraco tecnicamente, realmente acho que sua história no clube caminha para seu encerramento. Fora Guerrero, ele até que corre, mas não tem muita qualidade técnica.

  • Infelizmente, já vamos para 3 anos, mesmo com dinheiro, que não temos laterais que nos façam ficar em paz. Não quero criticar nem Renê e nem Rodnei, eles são esforçados sim, mas o silêncio da diretoria em relação laterais a altura do Clube, me deixa incomodado.
    Flamengo na veia sempre !!!!!!!!

  • Bom dia.

    Tudo normal na campanha do pior presidente da história no que tange futebol

    Patricia Amorim = 3 anos e 3 titulos

    Bandeira de Mello = 3 anos e 3 títulos.

    Abraços.

  • Futebol que o time demonstrou ontem contra os sardinhas, e que nem o uniforme que usou, NÃO têm nada haver com Flamengo.

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