Pois é, companheiros e companheiras do Coluna do Flamengo, acordamos nesta quinta-feira com a cabeça inchada. A derrota de ontem, diante de um Maracanã cheio, jogou um banho de água fria nas nossas expectativas, depois de um longo e tenebroso inverno sem jogos oficiais em terras tupiniquins.
O que mais assustou a este que vos fala, foi a repetição de velhos e conhecidos erros, que trazem à tona a pergunta: um mês treinando pra isso? Como disse nas expectativas antes do confronto contra o São Paulo, esperava um time que mostrasse evolução, apresentando um futebol melhor do que aquele que tínhamos, e que nos colocou como líderes absolutos do Campeonato Brasileiro e classificados nos mata-matas da Liberta e Copa do Brasil.
Todavia, dentro de campo, um horror! Pra não ser completamente pessimista, vou elogiar os primeiros vinte minutos de jogo, onde vimos uma intensa troca de passes e tentativas de envolver a marcação do adversário. O problema é que quando o tricolor acertou a marcação, nosso time literalmente morreu. E aí, voltamos a apresentar nossos velhos e conhecidos erros, que nos permite fazer boas reflexões do que precisamos pra esse segundo semestre.
Os mais sábios dirão que os Deuses estão nos dando à opção de ver os erros e tentar mudá-los o mais rápido possível, antes que a vaca vá pro brejo. Espero que a diretoria consiga, neste caso, enxergar esse presente divino. O confronto contra os paulistas foi sintomático e expôs nossos principais erros e fraquezas.
Outro ponto fora da curva ontem foi o Rômulo. Neste caso, é normal criticar o camisa 27, que desde sua chegada, não mostrou ao que veio. No entanto, fica claro, na análise do jogo, que o Mais Querido perdeu na transição defesa-ataque, e também na recomposição defensiva. Fácil explicar. Rômulo não conseguiu manter uma saída de bola de qualidade, como Cuéllar. Logo, Diego e Paquetá tiveram que voltar pra fazer a bola girar desde a intermediária defensiva. Com o recuo dos meias, um buraco se abria no campo de ataque, deixando o time descompactado. Mesmo assim, conseguimos criar. Foram 24 chutes a gol. Olhando assim, parece que “amassamos” o SP. Mas, se dissecarmos os números, apenas nove finalizações foram à meta de Sidão, e o goleiro não precisou fazer nenhuma grande defesa.
Outro ponto é a presença no campo ofensivo. Cuéllar, por ser muito forte fisicamente, consegue estar em “todos os espaços do campo”, principalmente auxiliando na segunda bola. Ontem, não tínhamos isso. Perdíamos quase todos os rebotes. Um dos exemplos, podemos ver nas imagens abaixo.
Rômulo guardou posição, enquanto o colombiano se aventura pra ajudar o time no ataque. Essa situação gera mais um problema: recomposição. Aguirre conseguiu explorar o ponto fraco flamenguista, o contra-ataque. Colocou Éverton pra puxar todos os contra-golpes. Deu certo! Sem uma cobertura (que seria do camisa 8), deixamos os laterais e zagueiros no mano a mano. Em um desses lances, o adversário fez o gol.
De qualquer forma, vale a ressalva ao Renê. Muito elogiado antes da parada da Copa, falha no segundo jogo seguido. O gol do Palmeiras foi nas costas do lateral esquerdo.
Sabemos que o Barbieri fez uma série de treinamentos ao longo do mês, como bem trouxe nossa setorista Carla Araújo. Mas, na hora do vamo vê, não funcionou, e é preciso uma reflexão sobre o que aconteceu. O treinador também erra ao tentar “dar moral” a jogadores que estão em baixa e sem confiança, como Matheus Sávio e Trauco. Isso evidencia a demora do nosso departamento de futebol de fazer contratações pro restante da temporada.
Como disse nosso colega Anderson Alves, agosto é o mês em que “a coisa fica séria”. Nossas pretensões este ano estão totalmente ligadas aos resultados que teremos nos próximos 45 dias. Não podemos bobear agora! A vitória no clássico diante do Botafogo é ainda mais importante pra trazer a confiança da torcida de volta.
Não podemos mais nos ater ao velho mantra que remonta desde os tempos de Zé Ricardo: “criamos como nunca, perdemos gols como sempre”. Algo precisa ser mudado nesta oração, e temos material humano, capacidade técnica e um bom treinador pra fazer isso.
Que os bons ventos retornem à Gávea!
Matheus Brum
Jornalista
Twitter: @MatheusTBrum
Gostou? Comente! Não gostou? Comente mais ainda! Mas, por favor, vamos manter o diálogo sem xingamentos ou palavras de baixo calão. O bom diálogo engrandece o homem e nos faz aprender, diariamente!
Em tom de descontração, Arrascaeta falou de Filipe Luís como treinador do Flamengo O Flamengo…
Flamengo encara o Cruzeiro nesta quarta-feira (06), pela 32ª rodada do Brasileirão Após vitória por…
Marcelo acompanhou a vitória do Flamengo do estádio no último domingo (03) O Fluminense anunciou…
De La Cruz tem contrato válido com o Flamengo até junho de 2028 A imprensa…
De La Cruz desmentiu a informação sobre uma possível insatisfação no Flamengo Antes mesmo de…
Ataque do Flamengo voltou a funcionar após período de poucos gols Desde a coletiva de…
Ver comentários
Ninguem comenta, mas precisamos de um jogador de criação para o lugar do Diego, que só tem nome pelo que fez no passado.
Essa zaga do Flamengo tem c Leo e Rodof o Matheus não dá mais pra rever Juá já era tem sim de treze mais zagueiros
Até parece que o Fla fez uma de suas piores partidas né? Me poupe!!
Foi só o Rever voltar e o time perdeu.Será que o treinador não chegou à conclusão ainda que Rever e Juan não dá mais,nem pra banco servem mais,pois não possuem mais condição física e técnica,nem são mais confiáveis.
Infelizmente a defesa do São Paulo , jogou direitinho, tanto os zagueiros, volantes e laterais, anularam nosso ataque , e quando conseguimos chegar , não tivemos a competência de fazer os gols , não é mérito do Sidão , ontem foi pura cagada e sorte , pq a torcida vem pedindo a cabeça dele faz tempo.