O presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello tem sido bastante questionado nos bastidores do clube, por ter se tornado candidato a Deputado Federal. Bandeira, no entanto, garantiu que não vai usar as cores vermelha e preta, o escudo do clube, nem a palavra “Flamengo” em sua propaganda eleitoral, segundo apuração da jornalista Gabriela Moreira, da ESPN.
Além disso, o presidente também não vai mencionar em seu material publicitário, nem nas aparições em TV, que é presidente do Rubro-Regro. A promessa foi feita a dois grupos políticos do Mengão, o Flamengo da Gente e o SóFla — esse último é o grupo no qual Eduardo faz parte.
O grupo Flamengo da Gente pediu, recentemente, o afastamento de Bandeira de Mello do cargo de presidente do Mais Querido. O motivo? O acúmulo das atividades gera conflito com o estatuto do clube, pois sua função e as decisões enquanto mandatário poderiam proporcionar vantagem pessoal na disputa do pleito no Congresso.
O requerimento, contudo, ainda vai ser avaliado pelo presidente do Conselho Deliberativo, Rodrigo Dunshee de Abranches, que, se em outrora era apoiador de Eduardo, atualmente é vice da chapa de oposição na eleição rubro-negra, que tem Rodolfo Landim como candidato. Apesar das justificativas terem sido bem recebidas, elas não foram suficientes para que o grupo decidisse retirar o pedido de afastamento.
— As explicações são plausíveis do ponto de vista pessoal, ele tem todo direito de se candidatar, como cidadão, mas enquanto presidente do Flamengo a gente não acha que seja um caminho ideal, um caminho bom pro Flamengo. A gente já achava isso de outros membros de diretorias passadas que tomaram o mesmo caminho e não é porque essa trouxe algum tipo de modernidade para a gestão do clube que vamos pensar diferente —, disse um dos membros do Flamengo da Gente presente à reunião, Guilherme Salgado, em aspas retiradas da ESPN.
Em entrevista à repórter Gabriela Moreira, o presidente do Mais Querido disse que respeita o direito dos sócios de questionarem e que aguardará a avaliação do presidente do Conselho. Bandeira ainda garantiu que a decisão de não usar nenhuma referência ao Flamengo em sua campanha política foi tomada quando decidiu se candidatar.
— Todo mundo que tem chance de ganhar uma eleição é alguém que se projetou junto à opinião pública em alguma função. Pode ser numa igreja, num sindicato, ou é um artista, filho de político, secretário de estado, ministro. Alguém que teve uma visibilidade e aí tem chance de ganhar. No caso do Flamengo, não considero que seja um trampolim no mau sentido —, garantiu o mandatário.
Eduardo Bandeira de Mello também lembrou de sua reeleição no Fla em 2015, dizendo que não usou funcionários do Mengo em sua campanha. Dessa vez não será diferente. O candidato a Deputado completou declarando que, talvez, o nome do Rubro-Negro apareça em seu currículo no site, assim como aparecerá o do BNDES.
— Nem na eleição do Flamengo eu deixo usar a máquina, os funcionários, os atletas, seja o que for do clube na eleição. Quando fui candidato à reeleição, em 2015, todos os funcionários foram proibidos de participar da campanha. Se eu não usei isso na minha eleição para presidente do Flamengo e nem vou usar na atual eleição, muito menos para uma coisa pessoal. Não seria correto usar o Flamengo. Não estou usando nem as cores do Flamengo. Não uso nem vermelho e preto. Nem vou colocar que sou presidente do Flamengo. É claro que no site se tiver meu currículo vai aparecer que sou presidente do Flamengo, assim como trabalhei no BNDES, mas não vou dizer ‘Vote em mim, sou Flamengo, nem vote em mim porque sou presidente do Flamengo —, falou o presidente.
Gabriela questionou sobre a dificuldade de se concentrar nas atividades do Urubu em meio à campanha. Ele ponderou que não haverá problemas, que, se fosse o caso, seria mais fácil se licenciar ou tirar férias, como outros presidentes fizeram anteriormente. Bandeira acredita que não haverá dificuldades em conciliar os dois lados.
— Tomei a decisão de continuar dando a mesma dedicação ao Flamengo que sempre dei, mesmo que isso atrapalhe a campanha. Não é obrigação minha. Eu poderia tirar férias, já que estou há seis anos na presidência e trabalhei praticamente todos os dias. Tirei cinco dias quando fui conhecer minha sobrinha-neta fora do país e antes da pré-temporada de 2016 tirei 4, 5 dias com minha família. Todos os ex-presidentes tiraram. Seria muito mais cômodo para mim, tirar essa licença e me dedicar à campanha. Mas acho que isso não seria bom para o Flamengo. Vou ter de me dividir, mas vou trabalhar 150% do tempo para não prejudicar o Flamengo —, concluiu ele.
O candidato da situação do Mais Querido é Ricardo Lomba, atual vice-presidente de futebol. Ele, até então, já tem confirmado alguns opositores. Entre eles, Rodolfo Landim já oficializou sua candidatura, assim como Marcelo Vargas, do grupo Fla Tradição e Juventude. Cacau Cotta, do União Rubro-Negra, é virtual candidato, assim como o ex-presidente Marcos Braz. A eleição será na primeira semana de dezembro deste ano.
Para ler a matéria da Gabriela Moreira na íntegra: clique aqui
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Com a exceção do fato que ele vai para os encontros do partido com o carro do clube e que foi anunciado pelo partido como "Presidente do Flamengo"? Ah sim, claro.
Usa o carro do clube? Como é isso?
Já tenho minha opinião formada desde que esse assunto começou a ser publicado por aqui. Será que se ele tivesse sido só funcionário do BNDS, teria sido procurado pelo partido pra candidatar-se? Acho que não, portanto, política e futebol pra mim não combinam e nos planos de trabalho dos blues esse ponto foi decidido entre eles, apesar do Bandeira não ter participado do grupo, ou seja, ele foi convidado para ser o plano 'B' do grupo, caso a chapa original fosse impugnada. Bandeira já faz parte da história do Flamengo como o presidente que livrou o clube da falência e todos rubro-negros o reverência por isso. Boa sorte na sua nova empreitada mas não com meu voto.