Futebolzinho: “Me desculpa, eu sou Flamengo”

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Quando me pego pensando sobre minha memória mais antiga, eu lembro do Flamengo. Mesmo com imagens turvas de fatos mais contados do que realmente lembrados, como o que minha vozinha contava sobre a primeira vez que fui ao Maracanã. Reza a lenda que meu avô, uma das maiores paixões da minha vida, me levou ao então maior de todos, vestida de tricolor da cabeça aos pés para torcer pelo seu Fluminense. Porém, vô Totoca não previu que eu me apaixonasse naquele dia, mesmo que inconsciente, por aquela arquibancada bem a minha frente, do lado norte do estádio, toda colorida de vermelho e preto.


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E foi ali. Ali que eu decidi mesmo que ainda não soubesse, que meu amor estava consagrado. Ali eu decidi que independente de ideologia política, eu sempre estaria ao lado de quem fizesse o bem para o Flamengo. Aprendi que comemoraria até título de botão se fosse Rubro-Negro e aprendi também que mesmo que os títulos não viessem, eu não me calaria e meu amor só cresceria, por que seria nesse momento que meu amor precisaria de mim.

Hoje em dia, na época da lacração e dos numerosos seguidores, eu vejo campanhas e hastags, vejo grito de revolta, ofensas e muita revolta. Flamenguista brigando com flamenguista, aparentemente por causa do Flamengo, mas verdadeiramente por si mesmo. Eu me enojo.

Não é um jogador pretensamente ruim, um dirigente que fale bobagem, uma temporada mau sucedida que eu deixarei que me calem. Sei muito bem que o time passa por um momento de “vai ou racha” e sei mais ainda que precisa da torcida pra passar bem por isso. Renato Gaúcho definiu isso muito bem: a Nação Rubro-Negra consegue fazer o milagre de transformar o medíocre em bom e o bom em fantástico. Tudo só acaba quando o juiz apita nos 90 minutos, nada está perdido pra quem tem fé no Manto. Eu sempre acredito. Acreditei com Val, com Walter Minhoca, Diego e Everton Ribeiro é o cúmulo do luxo.

Não podemos esquecer do que importa, não podemos nos esquecer da magia, temos que fazer a mágica acontecer. “Mesmo que o Manto desbote e a bola não entre”. O Flamengo, é ele que importa.

E cada vez que eu entro no Maracanã, eu sinto esse sentimento renovado. O fato de estar lá, de fazer parte daquele mundo vermelho e preto, as músicas, os gostos, as sensações: amor, raiva, êxtase, meus amigos, revolta, amor de novo, felicidade ou tristeza, tudo faz parte. A delicia de ser Flamengo é saber que somos melhores sempre, independente de qualquer resultado.

Só quero agradecer eternamente a minha vó Carlina que ouvia jogo no rádio, gritando, xingando, brigando com o técnico “alá, o Flamengo perdendo e esse burro não faz nada e outro tá colocando um fresquinho”, me ensinou a essência maior do rubro-negrismo. Eu aprendi e me orgulho disso.

ISSO AQUI É FLAMENGO, PORRA!!!

Em tempo: Jamais, em tempo algum, eu darei as costas ao Flamengo por qualquer jogador. Ele vão e o Flamengo fica.

Saudações Rubro-Negras!!!

Renata Rosa Graciano

Reprodução: Futebolzinho

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