Essa coluna vai ser rápida e rasteira. Há algo no reino da Gávea que me incomoda muito: O tal Centro de Inteligência? E superMercado (CIM), que talvez seja apenas a ponta do iceberg de problemas de planejamento.
Durante os últimos anos o departamento de futebol do flamengo baseava parte do seu planejamento em oportunidades de mercado. Sim, concordamos todos que oportunidades são úteis, mas o time não pode ser dependente dessas contrações por ocasião, simplesmente porque elas podem não acontecer. Nesse caso, se o time não estiver pronto e houver uma carência em algum setor do campo, as oportunidades podem não solucionar o problema já que podem não acontecer. Aí é o início do problema, o CIM tem por obrigação informar ao resto de departamento de futebol sobre a performance de alguns jogadores do elenco e comparar com o resto do mercado (nacional, latino e europeu). Essa análise não pode ser exclusivamente por números, é preciso que haja a parte da inteligência. Explicando: uma boa parte dos dados requer decodificação, ou seja, em um determinado jogo um jogador pode ter um número extraordinário de passes corretos, sendo eles todos para trás. Ou ainda, um determinado jogador tem o número extremamente alto de desarmes; sendo eles realizados majoritariamente sobre um jogador improvisado na posição, ou ainda, quando o marcador faz apenas a cobertura interceptando jogadores que já passaram pelo primeiro combate. Matemática e futebol tem uma relação muito distante, números servem apenas para complementar uma análise, especialmente quando se analisa jogadores e não times.
Entender de jogador é mais difícil do que entender de técnica. Qualquer um olha para o campo e fala: esse time está jogando em um 4 1 4 1. Claro, parece óbvio que o mesmo se passa com jogadores, basta ver o rapaz acertando três cruzamentos, ou ainda, errando 4 passes para se determinar qualidade do jogador. Infelizmente não é tão simples assim. Primeiro por que o torcedor mistura paixão com razão: normalmente se olha para quantos gols o jogador fez e não quantos ele perdeu. As vezes o dado de quantos ele perdeu é mais importante. Ou ainda, um determinado jogador erra passes simples o jogo inteiro, mas acerta aquele cruzamento aos 37 do segundo tempo; é muito provável que o torcedor se lembre apenas da última bola e não dos “trocentos e dezonce” cruzamentos errados que aconteceram antes. O gol e o cruzamento foram úteis aos 37 daquele jogo, o dado dos outros trocentos errados é útil para todos os outros jogos da temporada.
Pelas explicações acima, fica fácil de determinar que falta para essa análise o cara que entende de jogador. Muitos anos atrás, quem o fazia eram os olheiros. Esses passeavam o brasil todo atrás de talentos, assistiam diversos jogos, faziam anotações se esgueiravam para ver assistir treinos, e por aqueles olhos grandes gerações de jogadores apareceram para o mercado. E de volta a Gávea cochichavam nos ouvidos do técnico: Vi um rapaz lá em Santa Rita do Passa Quatro que cruza melhor que o Ziquizira… O técnico esperto chamava o menino de Santa Rita para um teste.
Não tenho nada contra a tecnologia, tenho sim contra a falta de análise. A cada quinze dias a torcida do flamengo levanta um nome (as vezes inspirados pela diretoria) e dúzias de vídeos no youtube provam a qualidade dos jogadores, recentemente: Gignac, Babel, Uribe, Guga etc. Claro, nos vídeos do youtube se mostra apenas os melhores momentos, os golaços do jogador… Entre amigos eu comento: Em 2013 eu montaria um vídeo para o youtube com os gols do Brocador e certamente eu conseguiria impressionar o Real Madrid, quando de fato o Brocador era apenas um jogador mediano (sendo otimista) passando por uma fase de ouro, por conta disso não conseguiu se firmar em nenhum outro time.
Voltemos ao CIM. Não posso afirmar como o CIM trabalha, qual é a estrutura, como eles escolhem jogadores, porque essas informações não são públicas, mas vou colocar uma lista de problemas que são ou passam pelo CIM
E o maior de todos os problemas:
Vale dizer que tentamos conseguir mais detalhes sobre como funciona o CIM através da nossa repórter exclusiva Carla Araújo, mesmo assim tivemos que assumir alguns itens por falta detalhes mais precisos.
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Berrio quando estava se adaptando ao jogo se machucou, Uribe ainda não pode ser cobrado de forma veemente...vamos esperar...Marcelo Cirino quando o Flamengo contratou era pule de dez entre toda crônica esportiva berrio também....vamos com calma...
Não sei pra que essas invenções de Centros de sei lá o que. Isso é mais burocratização dentro desse processo. Sou mais o tempo em que se observava e indicava. Antigamente Luxemburgo indicava os atletas os times contratam e dava tudo certo, mesma coisa com Cuca, a mesma coisa com Abel, com Nelsinho batista e por ai vai.
Engraçado quando contrataram Cirino 11 de cada 10 torcedores aplaudiram... o mesmo com Berrio... qdo anunciaram a venda do Mancuello apareceu um monte de torcedores pedindo pra ele ficar... o Uribe toda crônica esportiva colocou como a melhor compra... enfim é ano eleitoral e entendo essas matérias tendenciosas... Mitos neles!
Gosto do Berrio, é um puta nome pro segundo tempo. EM um jogo que estamos a frente ter ele pela direita e o Marlos Moreno pela esquerda torna o time absurdo no contra-ataque. Até mesmo jogando como homem de área se precisar de um time mais veloz.
Parabéns, Chicca! Ótimo conteúdo. Concordo plenamente. O olheiro ainda é o melhor meio para selecionar jogadores de futebol. Chega de escolinhas de futebol (escolinha financeira). Quero a várzea formadora de volta.
Fala ai da contratação do Cuellar também, do Rever, do Diego, do E. Ribeiro, do Vitinho, do Marlos; O que eu penso, é que acertar e errar é normal, PROBLEMA é que o Flamengo insiste em jogadores que não produzem, tipo o Pará, ao invés de tentar contratar algum destaque de time menor. Inclusive o Flamengo contrata pouco pro setor defensivo (zaga e laterais), Flamengo caso não tenha dinheiro pra comprar jogador reconhecidamente bom na defesa, tem que pelo menos arriscar, algum jogador barato ou colocar alguém da base, como foi com o Jorge.
Li o q escreveu o colunista, li os comentários e concordo com a maioria. Acho que o CIM pode ser importante mas os antigos olheiros eram boleiros, conheciam futebol. O CIM dá certo para o volei, basquete, natação etc futebol não. Futebol e matemática não se misturam. Cirino, quando foi contratado, achei o máximo, o cara era muito rápido. Mais um caso de jogador comum, q teve um bom momento. Isso é muito frequente, e parece que na Gávea é mais incisivo. Vide Rômulo e Geovanio. No caso de Vitinho, Uribe e Piris temos que dar tempo. Confesso que não conhecia os 2 últimos, foram contratados com a bola rolando. Finalizando, se todos os clubes tem algo como o CIM, o nosso é o mais burro.
So fala mal,
Deve ser vascaino
A inteligencia de la deve ser melhor .
Futebol tem que ser moderno msm
Todos os grandes clubes hj tem CIM
E cada vez vai fica melhor.
O trabalho tem Que continuar
Eu quero o Mengão Grande.
Acho a matéria impulsiva, tendo acertos e erros, a começar com a foto de "EL Tigre", que não teve nada a ver com o CIM.
O CIM realmente apresenta algumas deficiências pois, sabendo que perderia o Vinícius Jr, jamais poderia ter aprovado a saída de Éverton Cardoso, mesmo com a possibilidade da contratação de Vitinho. Évrton é jogador de várias funções e foi campeão brasileiro jogando como lateral. Hoje, reforça o rival e é um dos seus melhores jogadores, enquanto o Mengão teve que pagar 45 Mi por um jogador que ainda vai ter que se adaptar ao esquema rubro negro.
O CIM pode ter acertado na decisão de trazer Uribe. O colombiano tinha uma impressionante média de 1 gol a cada 2 jogos, porte físico adequado a fazer o trabalho de proteção da bola e pivô, além de ter mais velocidade e técnica do que Dourado. Entretanto, o Centro de Inteligência errou na contratação de Berrío e de Dourado, ainda que este último tenha sido o artilheiro do Brasil, em 2017. Berrío, nem nos vídeos de youtube mostrou alguma coisa que prestasse, enquanto Dourado, somente conseguiu alguma coisa, porque foi montado um sistema de jogo para que ele fosse a prioridade do ataque tricolor, auxiliado pelos excelentes Gustavo Scarpa e Sornoza.
Quanto à matéria, volto a dizer que Rodinei são adequados e têm jogado bem. O que acontece é que Rodinei é um ponta e não, lateral e que Renê, sofre da falta de cobertura que o leeeento Réver não consegue fazer. Se o Mengão optasse pela contratação de um lateral e um zagueiro, ambos jovens e técnicos, certamente as performances de Rodinei e de Renê seriam bastante beneficiadas e poderíamos ter um ataque veloz e técnico, com Rodinei, Vitinho(Uribe/Lincoln) e Éverton Ribeiro.
Quem é esse tal de Guga?
perfeito, ótimo post!
parabéns.
SRN