O debate sobre os clubes em segundo plano no Brasileiro voltou durante a semana com a ideia da CBF de restringir o número de inscritos. Clubes rejeitaram a ideia por entenderem que a culpa é do calendário da própria confederação. Como a confederação não vai mudar o seu cronograma da temporada e os times vão barrar o limite de inscritos, uma sugestão (paliativa) seria desviar uma parte da verba da Copa do Brasil para o Brasileiro para aumentar sua atratividade.
Explica-se: a CBF assinou um belo contrato de direitos para a Copa do Brasil com a Globo em um total de R$ 330 milhões. Com isso, aumentou de forma considerável as premiações, inclusive dando R$ 20 milhões para o vice-campeão e R$ 50 milhões para o campeão. Tudo válido ainda neste ano.
A questão é que isso criou uma disparidade com o Brasileiro que tem premiação originária da cota da Globo. Em 2018, o campeão vai levar um prêmio de R$ 20 milhões. Para o próximo ano, com os novos contratos, esse valor vai chegar à R$ 33 milhões, ainda inferior ao da Copa do Brasil.
O fator financeiro não é a única explicação para a prioridade de alguns clubes para a Copa do Brasil. Os jogos decisivos e a perspectiva de eliminação tendem a botar titulares em campo nesta competição. Mas, obviamente, uma semifinal em que a classificação garante pelo menos R$ 20 milhões vai ter um peso na decisão do clube em que competição jogar. Isso pode chegar a 10% do orçamento de certos clubes grandes, mais do que o dobro de um patrocínio.
Ora, se a CBF não vai fazer nada a respeito do calendário, poderia pelo menos equilibrar os recursos em relação à premiação para refletir a maior importância do Brasileiro. Como? a confederação poderia reservar uma parte da verba do contrato, digamos R$ 100 milhões, para um fundo para reforçar a premiação do Brasileiro.
Como hipótese, o prêmio para o campeão da Copa do Brasil poderia cair para R$ 30 milhões, e o campeão do Brasileiro ter o seu bônus turbinado até os R$ 50 milhões. O mesmo poderia ocorrer em outras posições aumentando a importância de se chegar na frente no Nacional, e induzindo os clubes a escalarem mais os titulares. Pode se ter uma discussão sobre o caixa já que o dinheiro é gerado pela Copa do Brasil, mas, com um acordo com os times, isso poderia ser viabilizado.
Não, isso não resolveria a questão principal que é o fato de o calendário ter um excesso de jogos e por isso obrigar os clubes a escalar reservas em jogos importantes. Isso só vai ser tratado quando se enfrentar a questão política das federações e se reduzir a participação dos clubes grandes nos Estaduais. Mas, pelo menos, as recompensas financeiras do Brasileiro e da Copa do Brasil estariam mais de acordo com a importância das duas competições. Seria um passo inicial.
Reprodução: Blog do Rodrigo Mattos | Uol Esporte
Confira os destaques do noticiário rubro-negro neste 22 de novembro O Flamengo se prepara para…
Volante chileno está próximo de completar 100 jogos pelo Flamengo Um dos titulares absolutos da…
Flamengo volta a campo na terça-feira (26) para enfrentar o Fortaleza, pelo Brasileirão O Flamengo…
Internacional chegou aos mesmos 62 pontos do Flamengo na classificação do Brasileirão A 34a rodada…
Filipe Luís comanda três dias de treinos até jogo na Arena Castelão O Flamengo se…
Provocação ficou visível por pouco tempo, mas viralizou nas redes sociais O Flamengo entrou para…
Ver comentários
O calendário deveria ser um pouco mais curto, na minha opinião deveríamos ter uma espécie de Copa do Nordeste nos mesmo modo de disputa da Copa São Paulo Jr organizado para o Sudeste, sinistro do os estaduais, assim teriamos uma competição mais curta que poderia ter um atrativo financeiro interessante, com isso adiantariamos o Brasileirão, evitando um desgaste nos elencos de clubes no fim do ano além de encaixar melhor o data FiFa