Um Maracanã lotado, com uma linda festa que envolveu luzes, faixas, fumaça e tudo mais que se tem direito. Um adversário tecnicamente inferior e que veio para o Rio de Janeiro com uma proposta de jogo tão defensiva que diante da possibilidade do contra-ataque reagia da mesma maneira que a sua tia ao ser abordada por um vendedor de loja (“obrigada, mas estou só olhando”). Um domínio das ações tão grande que resultou em 70% da posse de bola, 7 vezes mais finalizações e 5 vezes mais passes que o adversário. Mais ainda assim, com o placar de 0x0 contra o Corinthians, mais uma vez o Flamengo passou vergonha dentro de casa e se complicou em um mata-mata.
E isso aconteceu primeiramente porque o Flamengo de hoje é possivelmente um dos times de futebol mais previsíveis do mundo. Domina as ações? Claro. Tem mais posse? Com certeza. Mas sem capacidade de transformar isso em jogadas agudas o que se vê é um Flamengo que roda exaustivamente a bola de um lado para o outro, voltando para a zaga, recuando para o Diego Alves, de novo para zaga, então para os volantes, os meias, até chegar na ponta e aí novamente para o meio, num ciclo que costuma só terminar quando alguém finalmente perde a paciência, tenta um cruzamento e erra. Ou seja, a única coisa surpreendente no atual estilo de jogo do Flamengo é o quão previsível ele consegue ser.
Depois porque o Flamengo não consegue aceitar que talvez seja hora de terminar seu namoro com o atual esquema tático. No começo era lindo, claro. Tudo era romance e gols, o 4-3-3 levava a equipe pra jantar, tinha as conversas mais interessantes, falava sobre como ele já funcionou na Europa, nós achávamos que tínhamos encontrado aquele esquema especial pra vida toda. Mas hoje estão cada vez mais claras as incompatibilidades e possivelmente é hora do Flamengo conhecer outros esquemas, viver outras experiências, aceitar que uma forma de jogar que depende de atacantes de lado funciona melhor quando, por exemplo, você tem atacantes que realmente jogam pelos lados do campo.
E por fim, mais uma vez fomos lembrados que um time é tão forte quanto suas peças mais fracas e no Flamengo existe um desnível imenso entre os diversos setores do campo e isso inevitavelmente vai pesar nas horas mais decisivas. Éverton Ribeiro é um grande jogador? Claro. Mas fica muito mais complicado demonstrar isso quando a pessoa que ele tem pra tabelar é o Rodinei. Vitinho já vem em fase complicada? Com certeza, e não vai ser Renê que vai conseguir compensar isso ali pelo lado esquerdo.
Em suma, tivemos mais uma noite para esquecer. Mais uma noite em que passaram pelo campo dois centroavantes mas você não lembra de nenhuma jogada de nenhum, mais uma noite em que o Flamengo parecia ter como intenção rodar a bola até amassar o que restou do já lamentável gramado do Maracanã, mais uma noite em que o Flamengo fez sua torcida passar por situações impensáveis como o momento em que um amigo ao meu lado na arquibancada disse “o Arão entrou melhor do que o Paquetá” e ele tinha razão.
O Flamengo mais uma vez foi previsível, mais uma vez não soube aproveitar suas chances, mais uma vez deixou escapar um resultado positivo e se enroolou sem a menor necessidade. E a pior parte disso tudo é que, também mais uma vez, é complicado acreditar que no próximo jogo o cenário será melhor.
Reprodução: João Luis Jr. | Blog Isso Aqui é Flamengo
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Jogadores mercenários
Timinho Nutella, jogadores mimados, se vencem está bem, se perdem também. Precisos de a diretoria incomodada com derrotas e vexames.
Já venho falando faz muito tempo, ele disse o que sente mas, não pode dizer pq deixa os caras irritados. É a trupe do Fiu Fiu, os mimadinhos do Bandeirinha Fiu Fiu, eita, quem diria que isso iria terminar assim, ainda bem que Bolsonaro tá liderando as pesquisas e o Papa parece que vai tomar uma providência.
Que venha 2019,chega de Bandeira e sua patota,acho que nem as bandeiretes aguentam mais!!
E pior que isso tudo é ver ao fim da partida o técnico dizer que o time foi bem e criou enumeras chances de gol e que só precisa melhorar o aproveitamento das chances criadas, ou seja ele incorporou o espirito do Zé Ricardo.
Jogadores mercenários técnico sem voz ativa
Vão torcer pro vascu então, fdps
Concordo com quase tudo acima, mas alerto que a solução para ESTE ano está no elenco atual, não tem mais como contratar. Se sair Rodinei, só temos o Pará, não me venham o anão Klebinho como solução. Sai Vitinho e coloca quem? Artilheiro e líder nas assistências Marlos? O craque chinês Geovânio? Berrio? Thiago Santos? Mateus Savio? E o centro avante? Nenhum dos três está jogando nada, será culpa deles ou dos time que não os abastece de bolas? Difícil trocar o pneu com o carro andando. Apesar das criticas e perseguição, particularmente gosto do Renê, não é o melhor dos mundos, mas é melhor que o Trauco. Já joguei a toalha, esse ano, na melhor das hipóteses chegaremos a final da CBR, ganhar só por milagre. Brasileiro já era. Nossos pontos críticos tem sido: ineficiência do ataque (Vitinho e centro-avantes) e deficiência na construção das jogadas (laterais e meio de campo).
Concordo com tudo que foi dito no texto, com o agravante de que Barbieri está inseguro de arriscar qualquer mudança, como se fosse algum demérito profissional errar.
E no fim acaba ‘errando’ de qualquer jeito e os resultados não vem..
Nosso treinador novato começou o ano muito bem, mostrando que é promissor, que tem qualidade e futuro no futebol, mas assim como Zé Ricardo, carece muito de experiência profissional para levar qualquer elenco de um grande clube da serie A a conseguir títulos.
Todos sabemos que a torcida e as mídias em geral irão massacrar o treinador, seja quem for, após qualquer derrota ou más atuações, e a falta de visão crítica nesta comissão técnica e desta diretoria de saber que a regra do nosso futebol é que o tempo médio de trabalho de 1 treinador em todos time no Brasil é de menos de 1 ano, só atrapalha ainda mais!!!
Isso é pouco sem dúvida e ainda trás problemas para a carreira dos treinadores, mas por outro lado não podemos ser idealistas e levianos de esquecer que existem motivos para as coisas serem como são no futebol, e depois os treinadores ganham muito bem pra isso.
Então se isso é comum neste meio, não é apenas um clube com muito dinheiro que poderá mudar com uma postura diferente da prática do mercado do futebol apenas ‘protegendo’ por mais tempo seus treinadores.
Pois no fim, acontece igual a reeleição política: no fim de um mandato o político passa a se preocupar apenas com sua manutenção no cargo e qualquer conquista neste espaço de tempo é apenas vã ilusão.
Espero que se nossa diretoria não acordar para isso, que pelo menos os atletas por si se rebelem e ‘forcem’ o treinador a fazer aquilo que eles acham melhor para que não terminemos mais um ano na desgraça da quase conquista de vários títulos.
SRN