FOTO: GILVAN DE SOUZA/FLAMENGO
Por: Igor Dorilêo e Venê Casagrande
Entre as diversas funções que compõem o departamento de futebol do Flamengo, está uma muito comum no dia a dia de qualquer um, mas não tão comentada na modalidade: a de enfermeiro. No Rubro-Negro, essa responsabilidade cabe a Alex Ribeiro da Silva. Presente em todos os jogos e concentrações, ele é o responsável por cuidar do medicamento dos jogadores e participar do pré e pós-treino, sempre com a autorização dos médicos, principalmente do Dr. Márcio Tannure, chefe do departamento.
Alex, além de enfermeiro, exerce também a função de massagista. Inclusive, o profissional tem planos, de no futuro, cursar a faculdade de fisioterapia. Para esclarecer as dúvidas que cercam a trabalho dessas pessoas, ele explica, em entrevista exclusiva ao Coluna do Flamengo, como funciona sua rotina no clube.
— Eu sou enfermeiro, mas exerço a função de massagista também. No dia a dia, faço as duas funções, no pré-treino e no pós-treino. Massagens, medicações, todas essas coisas. Tudo que a gente faz, sempre, é com autorização dos médicos. Quando a gente fala em relação a pré-treino, é o trabalho principalmente de massagem, que prepara a musculatura dos atletas para o treino. No pós, é para relaxar a musculatura —, disse.
Por estar sempre ao lado do elenco por todo o Brasil, Alex acumula algumas histórias curiosas durante o período em que está no Flamengo. Um jogador que já saiu do Flamengo era o preferido na hora da resenha: o lateral esquerdo André Santos. O enfermeiro conta como era a relação com o atleta que já foi da seleção brasileira.
— O André Santos era uma figura. Ele às vezes ia no meu quarto. Queria ficar na resenha. Eu falava: ‘amanhã tu acorda meio-dia, eu tenho que acordar cedo’. Gostava de ficar no papo. Ficava na resenha até duas, três horas da manhã —, revelou.
Sua chegada ao Rubro-Negro aconteceu quando o Dr. José Luiz Runco ainda fazia parte do corpo médico. Uma surpresa para Alex, que confessa: “Nem imaginava que um dia iria exercer a função de enfermagem aqui.” Responsável por cuidar e medicar os atletas, sob a supervisão dos médicos, o enfermeiro passa por algumas situações curiosas: “Tem uns que falam ‘agulha não, me dá comprimido, remédio via oral’.”
Uma profissão que passa longe dos holofotes da imprensa e adversários, mas que é de uma importância para um bom rendimento dos atletas dentro das quatro linhas. Ele não contrata, não escala, nem joga, mas em caso de título, como pode acontecer no Brasileirão deste ano, com certeza terá a medalha pendurada no pescoço, com todos o mérito.
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