Fabio Monken: “Por um mínimo de dignidade”

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FOTO: GILVAN DE SOUZA / FLAMENGO

Salve, Salve, Nação Mais Linda do Mundo!

No próximo sábado, dia 1º de dezembro, fecharemos o Campeonato Brasileiro de 2019, jogando em nossos domínios, contra o Atlético-PR. A partida não valerá nada para nós em matéria de classificação, já que nossa posição já está definida desde a 37ª rodada do certame, mas valerá para mensurarmos o que poderemos aguardar da parte do elenco que sobrar para o ano que vem.


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Devemos jogar de maneira a deixar na Magnética a certeza de que o próximo ano será muito melhor do que este que se encerrará, melancolicamente, sábado à noite no Maracanã. A seriedade e a motivação em vestir o Manto Sagrado, por si só, deveria insuflar os ânimos do jogador menos vibrante, mas não é o que temos observado.

Para fecharmos o ano com um mínimo de dignidade temos que deixar quase tudo em campo. Digo quase, pois acredito que a motivação não será a mesma de quando ainda tínhamos possibilidade de título, mas reitero aqui que sempre acreditei que se corrermos mais do que o habitualmente corremos, ganharíamos facilmente de 99% dos adversários nacionais.

Não se conquista um campeonato vencendo todos os adversários fortes, mas perde-se uma taça deixando pontos “certos” escaparem quando jogamos contra adversários inferiores. Isso aconteceu sobremaneira esse ano.

Vou além, essa desmotivação congênita tem sido observada de forma contumaz. A leniência e a tolerância com os reveses têm sido a tônica dessa diretoria e, como o exemplo vem de cima, a coisa fica mais e mais contagiosa à medida que vai se alastrando pela base da pirâmide.

Para nos livrarmos dessa sina maldita de não conseguirmos ganhar nada do que disputamos, além de extirparmos de vez esse mal, psicologicamente falando, devemos começar a pensar esportivamente de forma diferenciada. Muito treino, variações táticas corretas, contratações baseadas no perfil técnico e profissional dos atletas e, principalmente, comprometimento de todos dentro e fora do gramado.

É extremamente fácil separarmos os jogadores comprometidos dos “peladeiros”, que não tem compromisso tático. Simplesmente sentado na arquibancada do Maracanã, o torcedor mais ignorante taticamente consegue perceber quem serve e quem não serve.

E é mais fácil ainda nos livrarmos definitivamente desse tipo de atleta. Quanto ao comprometimento, não confundamos com falta de profissionalismo. O atleta pode ser muito profissional fora de campo, treinar com afinco, não atrasar, etc. Mas se não cumpre seu papel na hora do jogo, não adianta nada. O Cuéllar, por exemplo, não pode continuar a correr por ele e por alguns indolentes. Além de fisicamente impossível, é extremamente injusto e desestimula a médio/longo prazo.

Esse deve ser o nosso foco para a montagem do elenco de 2019. O próximo técnico terá que fazer um trabalho minucioso para, além de separar o joio do trigo (e haja joio!), também saber garimpar jogadores com este perfil de comprometimento para integrarem um elenco verdadeiramente vencedor.

E isso é o mínimo que esperamos para o próximo ano. Ainda falarei, em futuras colunas, sobre planejamento ideal, cujo qual acho de fundamental importância para continuarmos crescendo no cenário esportivo. Mas devemos primar, exaustivamente, pela excelência.

Quanto ao jogo de depois de amanhã, o único resultado que espero é a vitória. Para lavar a alma da torcida carente de grandes títulos, para terminarmos de forma menos indigna o ano que passou e para que a Magnética possa ter ao menos uma ponta de esperança para a temporada que se aproxima.

O apoio deve continuar a ser incondicional dentro das quatro linhas, mesmo que haja discordância sobre qualquer assunto. Mesmo querendo que as mudanças ocorram, o nosso Mengão (de TODOS) é o que está dentro de campo, envergando o mítico Manto negro-encarnado. Ontem, hoje e para sempre! Vai pra cima deles Mengo!!!

O Flamengo simplesmente é!
Saudações rubro-negras a todos!
 Fabio Monken
Twitter: @fabio_monken

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  • Não se faz um time campeão da noite para o dia, não se organiza um time taticamente em campo da noite para o dia, vejamos hoje o Cruzeiro e Grêmio com seus técnicos a quase 03 anos , e vejamos o resultado disso.
    Somente esse ano o flamengo trocou de técnico 03 vezes, lógico que isso prejudica muito o time.
    Resultados expressivos são tidos pelos times que prezam pela manutenção do técnico.
    Lembro do São Paulo em gestões anteriores não tinha o hábito de trocar técnico ,como trocam hoje é eles eram um time que sempre brigavam por títulos e agora o que o são paulo se tornou ,tornou-se um time comum.

  • Concordo com 75% das palavras citadas neste texto acima do colunista ; Fábio , só acho que antes de qualquer decisão os futuros dirigentes e técnico do flamengo façam um trabalho minusioso , e deixem de agir pela emoção e sim pela razão, a começar listando os enúmeros erros da gestão EBM , pois como o próprio colunista o erro começa de cima para baixo, porém no final das contas quem paga pelo erro e o Técnico, já citei em vários comentários o fato de terem passado 14 técnicos no flamengo em 06 de gestão , simplesmente uma atrocidade grotesca ,lógico que com tantas mudanças técnicas , iria resultar em 06 anos dê jejum dê titulos.

  • Existe Centro de Excelência em Performance pra quê? Pra isso, e não pra se acertar com empresários e trazer qualquer xepa pro clube. Chega de Concas, Rômulos, Marlos, Geuvânios e outros. A base está aí pedindo passagem, tem que ter coragem de lançar os meninos. E arranjar 3 bons laterais (dois direitos e um esquerdo), um zagueiro interior, um meia e um centroavante matador, desses que esticam a perna, deixam a bola bater no pé e fazem o gol, pois nem isso temos. Estamos há 3 anos batendo na trave. É hora de estufar a rede. Ótimo texto! Parabéns!

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