FOTO: PEDRO VILELA/ GETTY IMAGES
Por: Carla Araújo
Quando se pensa em investimento financeiro, vem à cabeça retorno a curto, médio ou até longo prazo. No entanto, se o assunto é futebol, o que a torcida espera é que a resposta para o que é investido por um clube venha em campo de forma extremamente rápida. Em 2018, não foi exatamente isso que aconteceu no Flamengo. Muito dinheiro saiu dos cofres e nenhum título entrou na sala de troféus. Sem gritar “É campeão” nenhuma vez, a palavra do ano para os rubro-negros foi: frustração.
Um dos principais investimentos de um clube é a contratação e/ou permanência de atletas. No último mês, foi divulgado um balanço com os custos dessas operações em 2018. No documento, estão incluídos valores como direitos econômicos, luvas, comissões destinadas a empresários e demais impostos. No total, entre compras de atletas e renovações, o clube investiu R$ 104,6 milhões. O valor representa um aumento de R$ 40 milhões em relação a 2017, ano em que foram gastos R$ 64,7 milhões.
Se formos destrinchar o valor total, temos os gastos de 2018 divididos em: R$ 54 milhões com a contratação de Vitinho; R$ 6 milhões com a renovação do lateral Rodinei; R$ 15,7 milhões com a chegada de Henrique Dourado no início do ano; R$ 4,8 milhões na vinda do colombiano Fernando Uribe; e R$ 13,5 milhões com o volante paraguaio Piris da Motta. O balanço registrou, ainda, antigos débitos que foram quitados com o ex-atacante do clube, Marcelo Cirino, estes no valor de R$ 4,1 milhões.
Em paralelo aos altos investimentos do ano, as frustrações foram tão grandes quanto. O Flamengo disputou quatro competições pelo profissional: Campeonato Carioca, Copa do Brasil, Copa Libertadores e Campeonato Brasileiro. O time não levantou a taça em nenhuma delas. No Estadual, o Rubro-Negro conquistou a Taça Guanabara, mas não foi nem à final, disputada entre Vasco e Botafogo. Na Copa do Brasil, foi eliminado pelo Corinthians na semifinal. Já na Libertadores, enfrentou uma amarga saída precoce nas oitavas de final diante do Cruzeiro.
Com o ano chegando ao fim e sem títulos, a esperança estava toda em cima do campeonato nacional. O Flamengo foi o time que permaneceu por mais tempo líder da competição: foram 13 rodadas. Sendo impecável no primeiro semestre, viu seu desempenho cair de forma brusca após a Copa do Mundo. São Paulo, Internacional e, por último, Palmeiras foram os adversários que “roubaram” a liderança do Rubro-Negro. O Fla tentou, até a penúltima rodada, mas, o Alviverde terminou decacampeão brasileiro.
No final de novembro, foi inaugurado o novo módulo profissional do Centro de Treinamento Ninho do Urubu. O investimento inicial nas obras foi de R$ 26 milhões. No entanto, a estrutura só vai começar a ser utilizada pelos jogadores em 2019, na pré-temporada. O que os torcedores rubro-negros esperam para o próximo ano (e para os seguintes) é que este alto investimento venha acompanhado, também, de títulos para o Flamengo. Afinal, a palavra “frustração” já foi usada muitas vezes em 2018.
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Fala sério, esse Brasileiro/18 tinha tudo pra ser nosso. Fizeram uma tabela para o Fla enfrentar uma sequência de times de menor expressão, tirando o Inter que vinha da 2a divisão, daí era só embalar e administrar a gordura adquirida com essa sequência, tudo deu errado, principalmente no 2o turno, onde o time perdeu muitos pontos contra o Z-4, teve chance de ganhar São Paulo e Palmeiras, sem contar que os pepas fizeram o melhor turno da história dos pontos corridos(não fosse isso, mesmo com todos os vacilos, seríamos campeões). Inadmissível fechar 2018 sem ter conquistado nenhum título. A próxima gestão vem aí, com dinheiro em caixa, clube organizado, bom elenco, NÃO VÃO TER MAIS DEECULPAS...tragam a grandeza do Flamengo de volta.
Dizem que dinheiro não traz felicidade, só a título de comparação, os porcos em 4 anos, ganharam 2 Brasileiros, 1 Copa da Brasil, e ainda foram vice campeões no BR/17. O que está faltando para o Mengo assumir o protagonismo, alcançar a sonhada hegemonia na América do Sul...