O Volta Redonda preparou uma homenagem para o menino Arthur Vinicius, uma das vítimas da tragédia do Ninho do Urubu, e entra em campo nesta sexta-feira (22), contra o Resende, pelo Campeonato Carioca, com uma camisa rubro-negra em tributo ao jovem, com passagem pela base do Voltaço, e às demais vítimas do acidente. No entanto, a mãe do jogador, Marília Barros, em declarações ao O Globo, não aprovou o ato da equipe do Rio de Janeiro, relembrando o passado da criança na equipe e enxergando a ação como “oportunista”.
— A verdade é que, em vida, o Arthur não teve o menor apoio do Volta Redonda. E agora o clube vem com esse discurso de comercializar camisas e doar parte da renda. Não quero parte de nada de lá. Todos sabem como funciona. A palavra é forte, mas a verdade é que são oportunistas.
A mãe de Arthur ainda reclamou de gastos que precisou arcar quando o filho atuava na base do Volta Redonda, que em seu entendimento, precisavam ser pagos pelo clube, como a inscrição no torneio que o fez ir ao Flamengo, pago por ela. Além disso, Marília destacou que o jogador precisou superar uma lesão sem ajuda do clube.
— Não disponibilizou médico, não liberou exame, não conseguiu nenhum apoio na recuperação, não me deu sequer os remédios. Com muito custo, conseguimos algumas poucas sessões de fisioterapia.
De acordo com as palavras da mãe do jovem, o tratamento não é exclusividade do Volta Redonda, e sim um padrão que se observa no futebol brasileiro. Marília criticou a visão que os clubes possuem sobre os jovens, que em sua opinião são encarados apenas como forma de ganhar dinheiro.
— Esse tratamento que ele teve no Volta Redonda acontece com vários jovens no Brasil inteiro. Aqui, eu vi de perto. Quero que isso venha a público para que as pessoas saibam que nem tudo que reluz é ouro. Muitas vezes essas crianças são vistas como uma oportunidade de negócios, mas elas eram de carne e osso, jovens repletos de bons sentimentos.
VOLTA REDONDA RESPONDE
O Voltaço, após ter conhecimento das palavras ditas pela mãe do atleta, se posicionou. Em nota, o clube afirmou que sempre ofereceu o que possuía de melhor para a recuperação de seus jogadores, e que a situação financeira não permitiria investimentos avançados na base, daí o pedido da agremiação para que os pais arcassem com os custos das viagens da equipe de base. Além disso, afirmou que vai manter a homenagem e caso a família de Arthur não aceite o dinheiro que seria destinado a eles, a doação será feita para uma instituição de caridade. Confira na íntegra:
“O Volta Redonda F.C. afirma que, dentro de suas limitações, em sua maior parte financeira, proporciona uma grande estrutura para as suas categorias de base, com acompanhamento médico, fisioterapêutico, psicológico e acadêmico, além, claro, técnico e físico dos atletas.
O atleta Arthur Vinícius chegou ao Volta Redonda no sub-11 e ficou no Voltaço por cerca de três anos, quando, em um torneio pelo sub-13, chamou a atenção dos dirigentes de alguns clubes, dentre eles o Flamengo. Durante este tempo, o atleta teve a sua disposição toda a estrutura do Volta Redonda.
A diretoria tricolor reafirma que, durante todo o seu mandato, nunca negou qualquer tipo de atendimento médico a nenhum atleta das categorias de base do Volta Redonda. Claro que, até pelas limitações de um clube de menor investimento, que não tem um grande número de profissionais, alguns jogadores acabam optando por realizar o tratamento médico por conta própria.
Falando sobre a VR Cup, disputada em 2017, o Volta Redonda F.C. destaca ser uma premissa do clube arcar com as despesas das comissões técnicas e das condições de treinamentos das categorias sub-14 e sub 13, porém, define que viagens ou torneios sejam custeados pelos pais. Isso ocorre porque, infelizmente, o clube não possui uma verba única para as categorias de base. Com isso, acaba tendo que destinar verba do profissional para a base.
Sobre a transferência de Arthur para o Flamengo, que é sempre motivo de orgulho para o Volta Redonda F.C., a diretoria tricolor frisa que a decisão de ir para o Rubro-Negro foi do próprio atleta. Cenário que foi confirmado pela mãe de Arthur, Marília, que, inclusive, cita os demais clubes interessados em uma entrevista à Revista Veja, publicada no próprio canal do Youtube da revista nessa segunda-feira, dia 18 de fevereiro.
Por fim, o Volta Redonda F.C. entende o momento de dor da família e recebe com muita surpresa as declarações da mãe do jogador, já que, até o momento da tragédia ocorrida, nunca tinha tomado conhecimento de qualquer descontentamento do atleta ou de sua família. No entanto, o Esquadrão de Aço manterá a homenagem a Arthur Vinícius e, caso a família não queira receber a doação dos títulos de royalties da venda da camisa, o clube irá doar o dinheiro arrecadado para alguma instituição de caridade da cidade.”
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Ver comentários
Tem muita gente querendo aparecer, inclusive os próprios familiares
Principalmente eles...
Estão sob a orientação dos abutres da OAB...
Era melhor essa mãe ter ficado calada, todas as ajudas vem de Deus; não importa a forma!...
O que essa mãe diz que o clube faz com os jovens da base, ela também está fazendo...
Afinal, são todos OPORTUNISTAS...
O que essa mãe diz que o clube faz com os jovens da base, ela também está fazendo...
Afinal, são todos OPORTUNISTAS...