Mapas de calor mostram variação do Flamengo para o 4-3-3, com Gerson e Arão dominando o meio e Cuéllar de “guarda”

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FOTO: DIVULGAÇÃO/FLAMENGO

Por: Higor Neves

O técnico Jorge Jesus está perto de completar dois meses de trabalho no Flamengo e, a cada partida disputada, o “dedo do treinador” na equipe tem ficado mais evidente. No jogo mais recente, contra o Grêmio, o português foi forçado mais uma vez a encontrar soluções para desfalques da equipe, e conseguiu resolver os problemas com excelência, abrindo mão de seu ‘querido’ 4-1-3-2 para jogar no 4-3-3, o que resultou em um domínio durante a maior parte do tempo e vitória por 3 a 1 no Maracanã.

Trinca de meio campistas

A chave para a mudança foi o reposicionamento dos atletas centralizados, sobretudo Willian Arão e Gerson. Nas demais partidas, Gerson vinha atuando sempre em posições mais abertas no campo, seja na esquerda ou na direita. Contra o Grêmio, porém, o camisa 15 ocupou uma larga faixa central, tendo pontos “quentes” tanto na direita quanto na esquerda. O posicionamento de Arão não se diferenciou tanto do de Gerson, porém, com mais frequência pela esquerda. A única discrepância evidente ficou por conta dos avanços pela ponta direita que o recém contratado realizou.

Se na faixa de organização e criação Arão e Gerson ficaram no comando, Cuéllar foi quem deu o aporte para que os companheiros pudessem atuar de tal maneira. Antes, no esquema com dois volantes, o colombiano costumava ser mais frequente na faixa esquerda do campo. No entanto, contra o Grêmio, fica evidente uma cobertura centralizada, com deslocamentos para os dois lados, mostrando a capacidade de “cobrir” as costas dos dois meias, fechando assim a trinca do 4-3-3, semelhante ao que clubes como Barcelona, Real Madrid e Manchester City utilizaram nos últimos anos.

Cuéllar foi o “cão de guarda”, com Gerson e Arão livres para organizarem a equipe (Mapas: Sofascore)

Trinca setor ofensivo

O casamento do novo posicionamento fica ainda mais escancarado quando se parte para o ataque. Com Arrascaeta de um lado e Berrío do outro, Jorge Jesus ratificou a ideia do 4-3-3. A diferença entre a função desempenhada pelos atletas é que o camisa 14 se mantinha em faixa de campo intermediária, enquanto Berrío tentava explorar a extremidade do campo. Por fim, o homem central foi Bruno Henrique, que atuou mais como “falso 9” do que como centroavante, sem guardar posição e abrindo espaço para entrada de companheiros na área, como ocorreu nos gols de Willian Arão e Arrascaeta, nos quais ambos aparecem na posição de definir dentro da grande área, enquanto Bruno se colocava em outro setor.

No trio ofensivo, apenas Bruno Henrique jogou mais “solto”, enquanto Berrío e Arrascaeta apresentaram atuação mais focada em um dos lados (Mapas: Sofascore)

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  • O Problema na defesa é que JJ tinha treinado em Junho (copa América)
    Diego Alves,Pará,Léo Duarte,Rodrigo Caio e Renê……….

    Aí agora temos Diego Alves, RAFINHA (graças à DEUS),Thuller (Rodrigo Caio se machuca),Marí (Leo Duarte vendido),FELIPE LUÍS (Graças à DEUS)…..mudaram todos os JOGADORES

    Agora é sequência de jogos para esses jogadores se conhecerem….pegarem conjunto…..””dar liga””…não é da noite para o DIA

  • Vejo o Flamengo em plena. Evolução ! JJ já se mostrou um grande treinador, vejo também um amudançs de postura com relação ao time do Abel. Temos um elenco muito bom, e nossos meias se estiverem bem fisicamente… Aí ninguém segura. Não vejo o Inter com time para nós ganhar, até porque é um time sem velocidade que depende muito dos seus volantes, com o Ednilson machucado, podemos fazer um bom placar em casa. Estou confiante num título de expressão esse ano !
    a

  • Jorginho, vc tem que entender que depois de mto tempo o Flamengo teve uma semana inteira pra treinar. Vinha de uma maratona de jogos até o jogo contra o Bahia, e de um jogo desgastante contra o Emelec.
    Sem contar que o time estava desfalcado.
    É visível a melhora do time sim. Ñ quer dizer que ñ perderá mais.

  • É, eu concordo com quase tudo isso, mas para transformar o Flamengo em padrão carrossel holandês precisa em primeiro lugar olhar a situação do Diego Alves. Ele está muito inseguro, isso não é normal nele. Em segundo lugar o Diego Ribas não pode jogar nesse time, ele trava o jogo prendendo muito a bola.

  • Contra o Grêmio reserva tudo é festa. Não vi o carrossel contra o Bahia. Quero é ver contra o Internacional. To cansado de oba-oba.

  • Imagina o mister fazendo uma pré temporada pelo Flamengo, com time literalmente completo ( sem lesão). Com os jogadores acostumado com a responsabilidade tática pregada por ele (mister).. vai ser difícil segurar o time.

  • Ele querer implantar o Ataque Total (Carrossel Holandês) ,mas pra isso tem que ter segurança lá trás. Pois a vulnerabilidade desse esquema é a subida em blocos… Arão está desempenhando duas funções ( combate intenso e infiltração) está evoluindo rapidamente…Cuellar agora é o Trunfo da defesa ( agora ele tem que regular a proteção e organizar a cobertura dos laterais)…ainda sinto uma insegurança pois o Mister quer dar mais funções aos jogadores ( algo normal na Europa). O ataque parece já entender o esquema e o ER já está adorando ( o Rodízio dos pontas deixam a zaga louca,foi visto isso na zaga gremista) e o “Centrão” só de oportunismo…só falta ajeitar mesmo é a defesa. Veremos contra o Vasco.

  • O comentário do Rafael Carvalho, aí em cima, é preciso. Ainda não é a totalidade do esquema da seleção holandesa de 1974, mas pode chegar naquele patamar. Naquela seleção, era comum ver os zagueiros Haan e Rijbergen no ataque, sem falar nos laterais Suurbier e Krol. Quando esses iam ao ataque, trocavam de posição com os meias Neeskens e Van Hanegan, que compunham a zaga. Os pontas Rensenbrink e Rep iam e voltavam, pelo meio ou pelas pontas, e o cracaço meia-atacante Johan Cruyff dominava e comandava o meio-campo. Jongbloed, o goleiro, era o líbero do time, jogando sempre adiantado, tendo muita habilidade com os pés, ou seja, essa “novidade” (goleiro saber jogar com os pés) já era utilizada no Ajax de 1973, e migrou para a seleção de 1974. Rinus Michels, com um esquema desses, intenso, de grande movimentação e troca de posições, o tempo todo de olho na bola e não dando espaços, sufocava os adversários. A Seleção Brasileira de 1974 não conhecia os holandeses, e sofreu demais quando os enfrentou na semifinal daquela Copa, e acabou perdendo o jogo por 2×0, e poderia ter sido uma goleada. Nesse esquema do Flamengo, Thuler foi visto no ataque contra o Grêmio, conduzindo a bola e levando falta na lateral da área adversária. Para ser semelhante ao Carrossel Holandês, porém, é preciso que todos saibam executar todas as funções em campo, e pelo menos uns 6 jogadores conseguem isso no elenco atual: Thuler, Gérson, Rafinha, Gabigol, Filipe Luis e Arrascaeta. Meio time. Se JJ conseguir a mesma dinâmica do Carrossel, esse time do Flamengo fará história no futebol brasileiro, assim como o Flamengo de Zico. É esperar esse time azeitar. Quando acontecer, será imbativel, mas para isso a Nação tem que ter paciência e apoiar sempre o time. Se quiserem matar os jogadores por errarem simples passes, vai ficar difícil.

  • Inegavelmente o time do meio para frente dá gosto de ver, com todas as variações táticas e qualidades individuais.
    Do meio para trás estamos com alguns problemas claros. A linha alta favorece a entrada em velocidade dos adversários, todo jogo a gente tem sofrido com isso, principalmente nas costas dos laterais, O Diego alves também esta muito inseguro, lento, soltando muitas bolas… é preciso ter atenção a isto

  • MISTER GRANDE TREINADOR, LEMBRA MUITO CLAUDIO COUTINHO QUE MONTOU O ESQUADRÃO DE 1981.
    VAMOS FLAMENGO!
    OS ANTIS PIRAM.

  • Essas semana de trabalho livre fez bem ao Flamengo, assim como fará está que está por vir. Digo isso porque é nítida a mudança de qualidade apresentada pelo time no jogo contra o Grêmio. Além do mais, em dois meses de trabalho (tempo curtíssimo para se impor um padrão) o Jorge Jesus teve, se não me engano, somente uma semana livre de treinos (fora os 20 dias antes do retorno das competições). Então com paciência tudo dará certo.

  • É verdade Rafael Carvalho Romero está nitidamente utilizando o esquema da seleção holandesa. O famoso carroussel holandês. Falta ajustar o sistema defensivo, parece uma peneira. O meu temor é que ele não consiga em pouco tempo arrumar esse sistema defensivo. Certamente a longo prazo ele conseguirá ajustar a defesa, mas o ideal mesmo seria ele arrumar pra já. Será bem difícil o Flamengo conquistar a Libertadores com uma defesa tão frágil. O campeonato brasileiro em teoria é mais fácil, mesmo tendo essa defesa fragilizada. Aguardemos e torcemos. Saudações rubro negras!

  • Lembrando que na copa de 1974 a Holanda perdeu a final para a Alemanha por 2×1.

  • Gostei do jogo tem que ser assim
    So uma coisa que me da medo e bolas cruzadas na nossa area nao cofio nem um pouco em Diego Alves e aqueles chutes de fora da area tambem sao muito perigosos enfim o negocio e nao deixar a bola chegar ate ele, e nem atrasar bola pra ele ai nao corremos risco de tomar gol

  • O Mister está usando o esquema Carrossel Holandês…está variando o 4-1-3-2 com a posse de bola….4-3-3 quando está no ataque e 3-4-3 quando se defende… é o mesmo esquema usado pela Seleção Holandesa campeã do mundo em 1974…só está faltando consertar a parte entre Cuellar e os Zagueiros que ainda não está afiada.

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