Fortalecimento da marca, repercussão na Europa e aproximação com entidades: Cacau Cotta passa a limpo primeiro ano da ‘Era Landim’ nos bastidores

Compartilhe com os amigos

FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Por: Higor Neves e João Pedro Granette

No dia 08 de dezembro de 2018, a eleição presidencial do Flamengo definiu que, entre 2019 e 2021, o Rubro-Negro seria comandado por Rodolfo Landim. Com Landim à frente, veio a promessa de uma nova era para o clube carioca, não somente no que diz respeito ao futebol, mas em toda a sua administração. Um ano após a mudança da gestão, ficou claro que as alterações não foram apenas de nomes e cargos, mas sim do curso que a instituição seguiria. Para mudar este cenário, um dos grandes focos da cúpula foi dar nova vida ao departamento de Relações Externas, que tem Luis Eduardo Baptista, ou simplesmente “Bap”, como vice-presidente, e Cacau Cotta como diretor da pasta.

Apesar de ter cumprido apenas um terço do mandato, frutos já têm sido colhidos, como garante Cacau Cotta. Em entrevista exclusiva ao Coluna do Fla, o dirigente relatou a reaproximação do Flamengo com entidades como CBF, FERJ e demais clubes. Isso porque, anteriormente, o clube da Gávea já não tinha diálogo com personagens diretos envolvidos no processo para competições e demais negociações.

– O Flamengo passou seis anos tendo relação estremecida com diversas entidades, não somente no futebol, mas também em outros esportes e modalidades. O Flamengo não tinha representante e não sabia se representar. Hoje, o clube encara de outra forma. Logo no início do ano, foi uma orientação do presidente Landim, Bap, Marcos Braz e demais responsáveis, para que nós melhorássemos essas relações. Todos juntos, mesmo sem ser necessariamente responsável pela função. O conselho de futebol já esteve comigo em reuniões na FERJ. Em certas ocasiões, até o próprio Landim esteve comigo em reuniões, para marcar presença.

Resultado de imagem para cacau cotta
Cacau Cotta, durante viagem do Flamengo, ao lado de Rodrigo Dunshee, vice-presidente geral e jurídico do clube (Foto: Arquivo Pessoal)

– De fato, houve uma modificação em 99% da forma de encarar essa situação. Hoje nós fazemos representar e respeitar. O Flamengo não se faz de vítima, o clube consegue ter seus desejos serem atendidos através do diálogo, internamente, não externando ou tentando mudar o sistema. Essa é a forma que o Flamengo encontrou para atingir seus objetivos, e esperamos evoluir ainda mais em 2020. A pasta de relações externas é comandada pelo Bap, mas há muitas mãos trabalhando. Esse é o caminho que deu certo em 2019, queremos seguir assim nos próximos anos.

O prestígio interno, porém, não é o único fator comemorado pelo dirigente. Com o ano de conquistas no futebol, o clube conseguiu atrair olhares não só para o esporte em si, mas sim para toda a instituição. Em meio a isso, Cacau destacou a repercussão que o Rubro-Negro teve até mesmo na Europa, quebrando barreiras que jamais haviam sido ultrapassadas por qualquer outro clube do Brasil.

– O Flamengo já vem nessa crescente, e a presença no mundial aumenta essas relações com outros clubes, sem sombra de dúvidas. Mas a final da Libertadores foi transmitida pela BBC de Londres, transmitida na Europa, de forma inédita. O mundo inteiro acompanhou (a final), parou o Brasil. Foram cinco estádios de futebol lotados, cinemas, ruas, bares… A torcida do Flamengo é uma coisa ímpar, e foi ela que carregou o clube de volta ao patamar em que sempre deveria estar. Você estar presente em grandes decisões sempre melhora as relações e também a visibilidade.

A transmissão de Flamengo x River Plate encheu as ruas de Braga, em Portugal (Foto: Global Images)

CONFIRA OS OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA:

Como você avalia o primeiro ano dessa nova gestão?

Primeiro ano inédito. Ganhamos o Campeonato Carioca, o Brasileirão e a Copa Libertadores no mesmo ano, apenas o Santos de Pelé conseguiu, na década de 60. Hoje, o futebol é muito mais disputado, mais difícil de ganhar. Da forma que o Flamengo ganhou os três títulos, tendo apenas um revés nas quartas da Copa do Brasil, nos pênaltis, é uma coisa inédita. O Landim já entrou para a história, não como o presidente mais vitorioso, mas como o que mais venceu em apenas um ano. Da forma que ele comanda e age, o Flamengo teve um ano mágico.

O Flamengo intensificou os encontros de relacionamentos com os outros clubes, políticos e figuras importantes do futebol. O que se tira desses encontros?

Tivemos encontros com clubes do Rio de Janeiro, de São Paulo, Minas e também com os times que estiveram envolvidos na Libertadores. Isso cria uma relação. Você aprende com as dificuldades e com os acertos dos outros. Você se aproxima e ouve sobre jogadores, aprende de tudo. Hoje, sem sombra de dúvidas, o Flamengo está à frente de muitos clubes no Brasil, em questão de estrutura, planejamento, preparação… O Flamengo está em outro patamar, como disse o Bruno Henrique (risos).

Quanto o ano incrível que o Flamengo teve ajuda no seu trabalho?

O trabalho não é do Cacau, o trabalho é do grupo. O Flamengo é um clube presidencialista. O comando espelha o resto do clube. Hoje todo mundo sabe seguir o comando de cada setor, cada um sabe a sua função. Todos ajudam uns aos outros, pois o grupo é muito unido, que reflete o presidente Landim. Marcos Braz, no futebol, o Bap nas relações externas. Eu não tenho dúvida que cada um contribui um pouco. Todos os envolvidos têm seu grau de importância. Eu não posso me comparar a um dos jogadores de futebol, ao Jorge Jesus, a outros membros, mas cada um ajudando um pouquinho, a coisa anda. Foi assim que aconteceu em 2019. De agora em diante, a ideia é chegar forte em tudo. Ganhar ou perder faz parte, mas temos a obrigação de entrar com força nas disputas.

Você foi o representante do Flamengo no sorteio da Libertadores de 2019 e deu sorte, espera repetir a dose?

Infelizmente, não estarei no primeiro jogo em Doha (semifinal do Mundial, contra o Al-Hilal). O presidente Landim e o Bap, vice de relações externas, me designaram para essa missão de ir ao sorteio da Libertadores, e eu irei cumpri-la. Ano passado estava mais fácil, porque o Bap estava ao meu lado, então pudemos dividir as responsabilidades, a sorte e o bom momento (risos). Acho que, se tudo correr certo, espero representar bem o clube, a instituição, e honrar o Clube de Regatas do Flamengo. Que a gente tenha uma boa sorte e um bom sorteio na fase de grupos. Espero que o ano de 2020 seja tão iluminado quanto o de 2019, que ainda pode ser fechado com chave de ouro, com a conquista do Mundial.

Bap e Cacau estiveram juntos no sorteio para a fase de grupos da Libertadores de 2019, quando a história do Bicampeonato da América começou a ser construída (Foto: arquivo pessoal)
Compartilhe com os amigos

Veja também

  • Sempre tentando denegrir a imagem do Bandeira, esse cara reformou um parquinho na era Patrícia Amorim e exaltaram como se fosse um centro de treinamento. Ele era gerente da Gávea que só dava prejuízo pq era mau administrado.

  • Esse é aquele q foi candidato …e dizia q tinha uns investidores franceeses para erguer um estadio pro Mengao…e que o Guaramix seria o patrocinador master se ele ganhasse …….sai fora…..papagaio de pirata

  • Cacau Cota é aquele dirigente que defendeu a permanência de Abel Braga em maio, dizendo que as pichações nos muros da Gávea não partiam de rubronegros, pois estavam escritas corretamente?
    BAP é aquele que fez coro com o tal Cacau Cota?

  • Cacau cotta uma ova, esquecam a velha politica. Nao vamos deixar novas “patricias morins” voltar. NUNCA MAIS.

  • Cacau cotta o caramba, sujeito é das antigas chapas do mengao. Essas chapas de patricia amorim e tals, ele estava sempre no meio. NAO QUEREMOS A VELHA POLITICA DE VOLTA. Por favor pessoal nao baixem a guarda para essas pessoas pois vao apenas nos prejudicar.

  • Aquela história dos R$ 25 mil que a federação de Rúgbi pagou ao Flamengo na sede em 2012, com recibo assinado pelo distinto Cacau Cota, e o dinheiro nunca entrou na contabilidade do clube , inclusive com assalto de funcionário na volta do banco, com saque de também R$ 25 mil, ficou muito estranho na época . Eu sei que uns dois foram demitidos .

  • Esqueceu de agradecer ao Bandeira por seis anos de austeridade.

  • Não gosto desse distinto. Já foi envolvido em algumas coisas suspeitas , como no assalto sofrido pelo portador que foi buscar o dinheiro do aluguel do campo da sede, para a federação de rúgbi, na época da Patrícia Amorim. Sendo que o representan alegou que sempre depositava na conta do Flamengo , mas que naquele ano, o distinto acima pediu para receber em dinheiro.

Comentários não são permitidos.