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Clubes pequenos enviam nova carta à CBF e cobram igualdade em auxílio financeiro

FOTO: LUCAS FIGUEIREDO / CBF

O Movimento Nacional dos Clubes de Futebol Profissional, que integra representantes de 175 equipes de menor expressão por todo Brasil, endereçou uma nova carta à CBF na última segunda-feira (06). O comunicado tem por finalidade cobrar medidas mais igualitárias no auxílio emergencial financeiro a ser destinado pela entidade. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal “O Globo”.

De acordo com a carta, o movimento pede à CBF medidas mais decisivas que possam atender aos clubes que participam apenas dos torneios estaduais em suas regiões, e não somente aos que integram as Séries A a D. Vale lembrar que a entidade anunciou na última segunda-feira a doação de R$ 19 milhões ao que chamou de “base da pirâmide do futebol brasileiro”.

Fato é que os clubes que disputam os campeonatos estaduais, não integrantes das Séries nacionais, permanecem com suas necessidades de manter os contratos e os milhares de empregos que geram por todo o País, igualmente necessitando da assistência e atendimento de auxílio emergencial financeiro por parte da CBF. E até com maior intensidade, pois como não terão outras competições e unicamente concentrarão seus esforços em concluir os certames locais, não possuem perspectivas de obtenção de patrocínios ou receitas em outros certames, sendo crucial que sejam também atendidos“, diz trecho da carta.


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Em relação aos clubes do Rio, o repasse feito pela CBF seria de R$ 10 mil por equipe, valor considerado insuficiente para minimizar os efeitos da paralisação dos torneios por conta da pandemia do novo coronavírus. A pedida cobrada na primeira carta era de R$ 75 mil por clube.

CONFIRA A CARTA NA ÍNTEGRA:

Carta do Movimento Nacional dos Clubes Profissionais de Futebol

À CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL – CBF

CC: FEDERAÇÕES ESTADUAIS, FIFA

Reportamo-nos à correspondência anteriormente enviada a essa entidade pelo movimento dos clubes de futebol profissional do país, por intermédio da qual, considerando o momento de pandemia por que passa a sociedade e a paralisação dos campeonatos estaduais, foi pedida contribuição financeira para os clubes e isenção de taxas. Congratulamo-nos com a sensibilidade da Presidência da CBF, que prontamente acolheu a pretensão do nosso movimento de isenção de taxas, assim como veio, já agora, a promover a liberação de recursos para ajuda aos clubes que participam das Séries C e D, assim como as Séries A1 e A2 do Campeonato Feminino de futebol, demonstrando sensatez e espírito de colaboração.

Reafirmamos também a importância de continuidade dos campeonatos estaduais, inclusive por serem competições que geram o direito a vagas para a Série D e Copa do Brasil, ressaltando que investimentos expressivos já foram feitos pelos clubes que os disputam, clubes esses atingidos pelos efeitos da pandemia tanto quanto os que disputam as Séries nacionais do campeonato brasileiro. Há ainda razões de ordem jurídica que recomendam a continuidade dos certames estaduais, pois a eventual paralisação poderia ensejar mandados de garantia e procedimentos judiciais outros, o que geraria insegurança jurídica e forte possibilidade de afetar a formação e realização das futuras competições nacionais patrocinadas diretamente pela CBF.

Fato é que os clubes que disputam os campeonatos estaduais, não integrantes das Séries nacionais, permanecem com suas necessidades de manter os contratos e os milhares de empregos que geram por todo o País, igualmente necessitando da assistência e atendimento de auxílio emergencial financeiro por parte da CBF. E até com maior intensidade, pois como não terão outras competições e unicamente concentrarão seus esforços em concluir os certames locais, não possuem perspectivas de obtenção de patrocínios ou receitas em outros certames, sendo crucial que sejam também atendidos.

Os valores repassados às Federações são insuficientes para atendimento mínimo às necessidades de emergência alimentar de atletas, comissões técnicas e funcionários que estão sendo abrigados pelos clubes, razão pela qual se pede a complementação e extensão dos benefícios já concedidos por essa Confederação. Deste modo, considerando o precedente de atendimento parcial feito pela CBF a apenas 88 clubes participantes de suas competições e também a necessidade de viabilização das agremiações esportivas ainda não contempladas, é a presente para reiterar o pedido de atendimento financeiro também aos clubes que disputam os campeonatos estaduais e que não estejam nas Séries A, B, C e D dos Campeonatos Nacionais, reivindicando paridade de tratamento e atenção a situações fortemente emergenciais.