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A retomada do futebol brasileiro é aguardada por diversas entidades e clubes envolvidos na realização das competições nacionais. Mesmo com a curva de casos confirmados e mortes por Covid-19 aumentando, a discussão sobre essa volta tem ganhado força. Apesar dessa possibilidade causar receio nos jogadores, o jornalista Andrei Kampff, que tem a coluna ‘Lei em Campo’, no Uol Esporte, disse que não existe um movimento coletivo de atletas discutindo o tema. E, por isso, não existe a possibilidade da categoria fazer greve. Pelo menos por enquanto.
Segundo Kampff, essa chance não existe pelo menos, por enquanto. Porém, ele destaca que a crise de saúde pública provocada pelo coronavírus poderia, sim, dar causa a uma decisão coletiva dos atletas de se negaram a trabalhar. Isso porque, voltar às atividades esportivas em meio à pandemia da doença, pode colocar a vida dos atletas em risco. Em outra oportunidade, o jornalista chegou a mostrar que os jogadores, caso sejam infectados, poderão acionar os clubes na justiça.
Ainda de acordo com o portal, o direito de greve no Brasil foi uma das conquistas dos trabalhadores por meio da Constituição Federal de 1988, que no artigo 9º determina: “É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender“.
Para o outro colunista do ‘Lei em Campo’, Gustavo Lopes, se os atletas conseguirem se organizar, a possibilidade de acontecer uma greve se torna real: “Caso os atletas consigam se organizar o risco de greve é real e os clubes e CBF acabarão sendo obrigados a negociar soluções para o retorno de atividades em tempos de coronavírus“, disse.
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Kampff finalizou sua coluna pontuando que, apesar de existir uma chance de acontecer uma greve legítima, é fácil concluir que ela não vai acontecer: “Os atletas brasileiros não entendem a força coletiva que têm, e já deram infinitos exemplos de desunião“, afirmou antes de completar:
— Até mesmo nessa crise gigante, não conseguiram se posicionar e estar no banco das discussões sobre a volta do futebol. Diante de um silêncio decepcionante, não existe nenhum tipo de mobilização que vença uma desesperança reinante. O atleta que sua, que brilha, que cria, é também o mesmo que pensa muito mais em si (como em quase todas as categorias), esquecendo a essência coletiva do esporte. Que esquece o poder do grupo na defesa de causas plurais -, concluiu.