Júlio César relembra Fla-Flu em que ele saiu do gol e driblou adversários: “Foi uma atitude egoísta da minha parte”

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FOTO: ANDRE MELO ANDRADE/FOLHAPRESS

Ex-goleiro e ídolo do Flamengo, Júlio César foi o convidado do ‘Resenha ESPN’, que foi ao ar na última sexta-feira (22). Durante a entrevista, o ex-atleta relembrou um momento ‘emblemático’ e polêmico de sua passagem pelo Mais Querido. O ex-jogador comentou um episódio em que, no Fla-Flu, saiu do gol driblando todo mundo na tentativa de fazer um gol.

Na partida, o Rubro-Negro estava perdendo por 4 a 0 e o técnico era Renato Gaúcho. Para Júlio, essa foi uma atitude egoísta da parte dele, pois mesmo sem querer, ele acabou colocando a torcida contra o elenco. Além disso, o ex-goleiro destacou que tal ação não mudaria nada no resultado do jogo aquela altura.

— Assim, eu era um moleque na época. Foi uma situação em que eu estava me sentindo impotente no jogo, a verdade era essa. Tomando um chocolate do Fluminense, olhava para o banco e o Renato Gaúcho insuportável, olhava para mim, enfim. E a gente tem uma amizade. E aí eu me deparei com aquele lance, que me deu um estalo e eu saí driblando todo mundo -, disse antes de completar:

— Resumindo: depois daquela situação, o que ficou de aprendizado? Eu, de uma certa maneira, acabei jogando a minha própria torcida contra a minha equipe, porque a torcida pensa assim: ‘se um goleiro faz isso, como um jogador de linha não faz?’. Então, foi um gesto que eu me arrependo demais. Aprendi que de uma certa maneira eu prejudiquei minha equipe e se eu driblo todo mundo e faço um gol, não ia mudar nada, porque o jogo ia terminar 4 a 1, já estava definido. Foi uma atitude extremamente egoísta da minha parte -, finalizou.


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Usando o Manto Sagrado, o ex-goleiro conquistou quatro Cariocas (1999, 2000, 2001 e 2004), uma Copa dos Campeões Mundiais (1997), uma Copas dos Campeões (2001) e uma Copa Mercosul (1999). Em 2005, quando deixou o Rubro-Negro em sua primeira passagem, Júlio havia atuado em 284 jogos, sendo 122 vitórias, 70 empates e 92 derrotas. Em abril de 2018, realizou o sonho de se aposentar no solo sagrado do Maracanã, defendendo o Flamengo, seu time de coração.

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