FOTO: DIVULGAÇÃO/FLAMENGO
O Flamengo foi campeão Brasileiro e da Libertadores da América, ambos os títulos em 2019. Pouco mais de um ano antes, o ex-goleiro e ídolo do Flamengo, Júlio César, se despedida dos gramados em um Maracanã lotado. Ao ver o seu time de coração vencendo duas competições importantes pouco tempo após sua aposentadoria, o ex-atleta disse, em entrevista ao ‘Resenha ESPN’, que sentiu uma ‘inveja gostosa’ de seus companheiros.
— Naquele jogo da Libertadores o sentimento foi um pouquinho de arrependimento de ter parado em 2018. Acho que dava para ter dado uma esticada depois que a gente viu aquilo tudo acontecer: campeão Brasileiro, campeão da Libertadores. Mas brincadeiras à parte, eu não me arrependi, não. Foi uma inveja gostosa dos meus companheiros, obviamente. Você sendo flamenguista, vendo tudo acontecer e um ano atrás você estava compondo aquele grupo. Mas eu fiquei muito feliz por toda a galera, porque tive o prazer de encerrar minha carreira ali. Mesmo em um período curto, eu pude conhecer toda a rapaziada, aquela rapaziada que eu não conhecia, Everton Ribeiro, enfim. Pude ter mais contato com o Diego Alves, dentre outros. Fiquei muito feliz pelo Diego Ribas e aqueles que eu já tinha mais contato -, disse antes de completar:
— Então, assim, foi um momento realmente diferente, porque a gente jogando, dentro das quatro linhas, a gente não consegue ter a noção do tamanho do nervosismo, da ansiedade, de ter aquele sentimento de torcedor. Obviamente, quando a gente era mais novo, a gente ia para arquibancada. Mas depois de 21 anos você acaba esquecendo um pouco aquele fanatismo, paixão. E eu eu pude reviver tudo isso naquele jogo. E foi um jogo especial. Você torce pelo clube, conhece a galera que está lá dentro e todo aquele envolvimento, aquela atmosfera. Você virar um jogo em dois minutos, em uma final de Libertadores, é uma coisa incrível. E teve aquela situação, que não chegou a ser um desmaio, depois os médicos me falaram que faltou oxigenação no cérebro e eu perdi um pouco a noção -, finalizou.
Revelado nas categorias de base do Flamengo, aos 12 anos, Júlio César permaneceu por seis anos na base do clube e estreou no profissional em 1997, contra o Botafogo – o jogo terminou empatado em 0 a 0. No entanto, só assumiu a titularidade em 2000. Absoluto no elenco principal, o jogador atuou em 284 partidas, conquistou três Campeonatos Cariocas, uma Copa dos Campeões e foi um dos grandes responsáveis pela permanência do clube na série A no ano de 2001 – ano em que o Flamengo mais brigou contra o rebaixamento.
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Em partida válida pelo Campeonato Brasileiro, diante de 52 mil torcedores apaixonados e gratos, o ídolo rubro-negro se despediu do futebol e do clube que o revelou para o mundo. Antes do início da partida, o goleiro fez sua última preleção para aqueles que sempre o apoiaram nas arquibancadas – no meio do Maracanã, estádio que atuou pela primeira e última vez em sua carreira. Na ocasião, o Mais Querido venceu o América Mineiro por 2 a 0, com gols de Henrique Dourado.
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