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Em 2020, o Maracanã completa seus 70 anos e, em 25 deles, foi palco de incríveis conquistas do Flamengo, fazendo parte da história do Mais Querido e sendo considerado a casa da Maior Torcida do Mundo. Em entrevista ao Globo Esporte, Zico e Júnior relembraram momentos marcantes no estádio.
Zico é o maior goleador da história do Maracanã, com 334 gols marcados. Para o maior ídolo do Rubro-Negro, dois momentos foram os mais especiais no atual Estádio Jornalista Mario Filho: a goleada de 6×0 sobre o Botafogo e a final do Brasileirão de 1987, contra o Internacional.
“No meu caso pessoal, aquele 6×0 (contra o Botafogo), tem uma relevância muito grande”, disse o eterno camisa 10 da Gávea, antes de explicar a importância da final do Pentacampeonato Brasileiro, com o Inter.
– O Thiago (filho caçula de Zico) não tinha visto nada, nasceu em 1983, quando eu sai. Então, quando eu voltei, Thiago tinha 4 anos. Ele veio ao jogo, aquela final contra o Inter, em 87. Eu retentado com o joelho, no dia seguinte tive que operar de novo. Tinha ido para o vestiário, a torcida começou a gritou o meu nome para eu voltar, foi um negócio emocionante. Então, foi um momento inesquecível -, contou o Galinho.
Júnior, por sua vez, foi o jogador do Rubro-Negro que mais disputou partidas no Maracanã: 409 jogos. Para o Maestro, um dos principais momentos também envolve a relação entre pai e filho, o título de 1992, quando Rodrigo presenciou a primeira partida de Júnior no Maraca. “Esse momento é, talvez, o mais importante da minha carreira, a cereja na torta”.
Para Júnior, entrar no Maracanã com o Manto Sagrado superou todas as atuações por outras equipes. “Eu não tenho a sensação de ter jogado em outro clube dentro do Maracanã, não. Eu só joguei aqui com o Flamengo. De 78 até 83 foi melhor ainda”, recordou.
As campanhas entre 1978 e 1983 foram o auge da história do Flamengo. O time de ‘ouro’, composto pelos eternizados Júnior e Zico, garantiram o cinco Taças Guabarana, quatro Campeonatos Cariocas, três Brasileiros, a primeira Libertadores da América e o inédito Mundial de Clubes.
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Na época, o antigo Maracanã ainda contava com a presença da famosa ‘geral’. O setor mais democrático e popular de um dos maiores estádios do Mundo, com diversos recordes de público. Carinhosamente, Júnior relembrou momentos da torcida no setor:
– Eu ia bater o corre, o cara que estava na geral gritava assim: “bate no primeiro pau”. Eu batia no primeiro pau porque estava treinado. Aí fazia o gol, ele falava: “está vendo, não te falei”. É essa coisa que não existe mais -, disse o Maestro.
Ainda que o novo Maracanã, reinaugurado em 2013, com espaço de arena, tenha perdido o entusiamo da ‘geral’, a Maior Torcida do Mundo segue fazendo o seu papel e mostrando que o estádio não perdeu nada com a geral. Com muito amor e carisma, a Nação rubro-negra protagoniza festas incríveis e mantém a hegemonia do recorde de público, comprovando que o Maraca é mesmo a casa do Flamengo.