Na última terça-feira (16), a Comissão Especial de Esportes Olímpicos e de Alto Rendimento da Alerj, concluiu o relatório sobre o contrato de consórcio do Maracanã com o Flamengo, gestor majoritário. Segundo o deputado Rodrigo Amorim, presidente da comissão, o texto final pede ao Estado que não renove o vínculo com o Rubro-Negro, considerando falhas de segurança, prestação de serviços e até sonegação de impostos. Nesta quarta-feira (17), o deputado Alexandre Knoploch, relator do documento, em entrevista ao Canal Ser Flamengo, esclareceu alguns itens sobre o pedido.
De acordo com o deputado Alexandre Knoploch, relator do documento, a pipoca vendida no estádio, fornecida pela Food Team, através das pipoqueiras, não tem CNPJ e nem inscrição estadual no Rio de Janeiro. Conforme Alexandre, em 12 jogos do Flamengo no Maracanã, a estimativa é que a pipoqueira tenha vendido cerca de R$80 mil por jogo, e que isso daria, em média de arrecadação, R$8 mil/jogo. No entanto, de acordo com o relator, o Estado teria deixado de recolher aproximadamente R$94 mil, devido à sonegação.
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Segundo o relator da comissão, assim que foi descoberto o caso, no clássico de 4×4 contra o Vasco, em parceria com a Delegacia Fazendária da Polícia Civil, e a Prefeitura, através da Secretaria de Fazenda, ficou decidido que seria feita uma barreira de contenção que não atrapalhasse o jogo. Na ocasião, a Food Team, fornecedora das pipocas no Maracanã, foi autuada. Conforme Alexandre, no Campeonato Carioca deste ano, foi averiguada a mesma ilicitude, que demonstram ações “claras e evidentes” de sonegação. O deputado fez questão, ainda, de esclarecer que o Flamengo não está envolvido nos sistemas de sonegação, mas responde por ser o administrador do estádio.
– O Flamengo é o sonegador? Não! O sonegador são as empresas que prestam serviço ao Consórcio. Só que o contrato do Estado é com o Consórcio, não com as empresas. E deixo claro que, em nenhum momento, tem no relatório dizendo o seguinte: “olha, o Governo do Estado tem que romper o contrato ou não tem que renovar com o Flamengo”. Eu, o relator, ou a Comissão, não podemos dizer que o Estado tem que renovar, porque não compete à gente. O parlamento é poder legislativo, não é poder executivo. A gente não executa contratos -, disse, antes de prosseguir:
– A questão não é tão simples: “não pagou imposto e quer prejudicar o Flamengo”, isso é uma besteira, é uma burrice falar isso. Não tem ninguém mais flamenguista do que eu, só que eu sou um parlamentar, eu exerço o meu mandato com seriedade. Não posso chegar, a partir do momento que sou relator, chegar e falar “deixa pra lá, senão o Flamengo pode se desgastar” (…) Se tiver uma forma de preservar o Flamengo porque não tem nenhuma responsabilidade, nós faremos, agora, se aparece indícios que o Flamengo tem responsabilidade, eu não tenho como não chamar, esse é o meu papel -, concluiu o relator.
Assista à entrevista na íntegra:
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