Rodrigo Dunshee, vice do Fla, detalha negociação com famílias das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu

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FOTO: DIVULGAÇÃO

Após mais de um ano daquele trágico dia 7 de fevereiro de 2019, quando um incêndio no alojamento das categorias de base no CT Ninho do Urubu vitimou 10 jovens atletas, o clube entrou em acordo com quatro famílias e meia (pai de Rykelmo aceitou o acordo, a mãe ainda não) até o momento. Em entrevista ao canal do jornalista Venê Casagrande, no Youtube, o vice-presidente jurídico e geral do Flamengo, Rodrigo Dunshee, comentou sobre o andamento das negociações com o restante dos familiares.


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— Olha, eu tenho acompanhado uma movimentação dos advogados (dos familiares) com os nossos advogados. Novas conversas sugiram. O pai do Bernardo, que se chama Darlei, ele tem uma liderança e um cara respeitado no grupo dos demais familiares. Eu acho e espero que esse acordo vá repercutir nas outras famílias e que a gente consiga encerrar essa história o mais rápido possível. Tenho visto movimentos, não que esteja próximos de um acordo, mas a conversa está rolando -, disse Dunshee.

— Olha só… Eu acho que estamos fazendo tudo com muita responsabilidade e cuidado, responsabilidade com a questão financeira do Flamengo e também com as famílias. Estamos tentando acordar. Acho que estamos muito longe ainda de 2021. 2021 é uma data onde o direito dessas famílias já vai estar próxima da prescrição. Se eu tivesse que apostar em alguma coisa, eu acho que não chegaria até lá. Eu acho que o simples fato de só meia família, só a mãe do Ryklemo ter entrado na justiça, revela na verdade que não existe a vontade de ir à Justiça, nem por parte do Flamengo, nem por parte das famílias.

Além disso, o vice-presidente do clube também revelou a principal dificuldade nos acordos entre o Flamengo e as famílias das vítimas. Na visão de Dunshee, a dor que os familiares ainda sentem pode ser um empecilho na hora de negociar os valores.

— Acho que a coisa que mais atrapalha é porque as pessoas estão magoadas e feridas. Às vezes, a questão financeira, o dinheiro, é mais uma forma de revelar UMA insatisfação por tudo que aconteceu. A gente só tinha 30 dias de gestão. A gente não se sente responsável, embora o Flamengo seja responsável, porque as crianças estavam lá para serem educadas e serem jogadores de futebol, o Flamengo não está fugindo da sua responsabilidade, mas no ponto de vista pessoal, nós dirigentes que estávamos lá há 30 dias não nos sentimos responsáveis -, disse, antes de prosseguir:

— Acho o que dificulta é um pouco a dor das famílias. Não é uma coisa fácil. Você não está falando de um acordo. de Contrato de locação, de um despejo, é a vida de um filho dessas pessoas. Então, é difícil. Não é fácil. Se fosse só a questão financeira, como locação, compra e venda de um carro, era fácil. Agora, a questão afetiva é muito forte. Eu acho que existe uma situação afetiva e dolorosa muito grande que atrapalha um pouco, mas está caminhando e estou otimista -, finalizou o dirigente do Flamengo.

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