Após mais de três meses de paralisação dos campeonatos de futebol por conta da pandemia do coronavírus, o Flamengo retornou à campo no dia 18 de maio para disputar o Campeonato Carioca. Neste retorno, a equipe principal de Jorge Jesus trouxe novidade: o zagueiro Léo Pereira como titular ao lado de Rodrigo Caio. Disputando posição desde que chegou ao Mais Querido em janeiro, o jogador de 23 anos se tornou um dos nomes de confiança do treinador português.
Mas, apesar de haver uma ‘competitividade’ para estar entre os 11 principais, Léo Pereira destacou que o clima nos treinamentos é sadio e de muita resenha entre os jogadores. Além disso, o zagueiro também revelou que o pensamento de sempre vencer está desde às atividades no Ninho do Urubu. Inclusive, a equipe que for derrotada durante o treino passa por uma ‘prenda’.
“É uma competitividade muito boa de todos que estão ali. A gente sempre tem aquela competitividade para não perder o treino. Acredito que com isso todos acabam evoluindo, é natural. No treino, tem aquela brincadeira com o time que perde, então isso é uma disputa sadia que a gente tem. Ninguém quer perder, principalmente nos jogos, mas isso vem desde os treinamentos.”
Último reforço contratado pelo Flamengo para a temporada de 2020, Léo Pereira desembarcou no Rio de Janeiro no dia 29 de janeiro, para integrar a equipe profissional do clube Rubro-Negro, após a saída de Pablo Marí. No entanto, apesar da negociação ter sido fechada em 2020, as conversas com os dirigentes do Mais Querido já aconteciam desde a temporada passada. Em entrevista exclusiva à reportagem do Coluna do Fla, o zagueiro revelou que quase defendeu o Flamengo em 2019.
“No início de 2019 surgiu uma procura do Flamengo. Conversando com o presidente, com a diretoria do Athletico, eu resolvi que ficaria. Depois de 1 ano veio uma nova proposta. Eu já tinha esse pensamento antes, e veio novamente, então casou certinho e eu pude realizar o desejo de jogar pelo Flamengo.”
Confira a entrevista completa:
Como tem sido a adaptação à equipe?
Tem sido uma adaptação bem rápida e produtiva, desde que cheguei aqui eu tive a confiança da comissão e de todos os meus companheiros, então pude desempenhar um bom trabalho. É isso que eu espero daqui para frente: seguir nesse bom trabalho, fazendo boas atuações. Está sendo muito saudável essa disputa na zaga. Quem estiver dentro de campo vai dar conta do recado. É bom compartilhar os treinamentos com jogadores de alto nível.
Como tem sido o dia a dia com o Rodrigo Caio? Ele tem ajudado muito?
Tem me dado muitas dicas. Não só ele (Rodrigo Caio), como o grupo todo tem dado dicas de como o Mister gosta que vocês atue, e isso tem feito a diferença não só nos treinos, como nos jogos também. Com certeza o Rodrigo Caio é um dos jogadores mais próximos e vem me orientando bastante, para que a gente possa fazer uma boa dupla de zaga quando atuarmos juntos.
O Léo Pereira é um atleta mais completo após a chegada ao Flamengo? Como tem sido o trabalho com Jorge Jesus?
Desde quando eu cheguei, já deu para pegar muita coisa e evoluir muito dentro daquilo que o Mister pede. Ele é um cara rígido, nos cobra sempre perto da perfeição. Ninguém é perfeito, mas ele cobra sempre para que a gente possa dar o nosso melhor e fazer o que ele pede da melhor maneira possível. A gente escuta bastante ele e tenta executar da melhor maneira e com certeza ele tem passado coisas muito importantes para nós jogadores. Temos muito a aprender.
Você conquistou a Sul-Americana em 2018 e a Copa do Brasil em 2019. E nessa temporada pelo Flamengo você já fez parte da conquista de três títulos, em menos de um ano. Como é para você tão jovem conquistar coisas grandes?
Estar conquistando títulos é muito importante para um jogador de futebol, títulos de expressão. Tive a oportunidade de conquistar a Sul-Americana e a Copa do Brasil pelo Athletico. Lá a gente pôde jogar uma Recopa Sul-Americana, e fomos vice. Chegando aqui no Flamengo, tive a oportunidade de conquistar três títulos, sendo um deles inédito, a Recopa foi o primeiro título internacional do Fla no Maracanã. Fico muito feliz e lisonjeado por estar nesse clube e poder vestir esse manto que, com certeza, vai dar muitas alegrias aos torcedores.
Quando chegou ao Flamengo em janeiro, você disse que já tinha recebido uma proposta para atuar pelo Mais Querido. Pode contar sobre essa negociação e por que você não veio em 2019?
No início de 2019 surgiu uma procura do Flamengo. Conversando com o presidente, com a diretoria do Athletico, eu resolvi que ficaria. Depois de 1 ano veio uma nova proposta. Eu já tinha esse pensamento antes, e veio novamente, então casou certinho e eu pude realizar o desejo de jogar pelo Flamengo.
E dentro das quatro linhas, quem você destaca? Qual era o mais difícil de marcar quando jogava contra?
Tem alguns (atacantes chatos) no Flamengo. Se eu citar só um, serei injusto. Mas o Bruno Henrique nos causou muito problema (quando era rival) e o Gabriel também. Eu fico feliz que agora estou ao lado deles. São jogadores de alto nível. Com certeza têm muito a evoluir e nos ajudar nesta temporada.
Desde a volta do futebol, você assumiu o posto de titular ao lado do Rodrigo Caio. Como tem sido essa ‘competição’ nos treinamentos pela titularidade?
É uma competitividade muito boa de todos que estão ali. A gente sempre tem aquela competitividade para não perder o treino. Acredito que com isso todos acabam evoluindo, é natural. No treino, tem aquela brincadeira com o time que perde, então isso é uma disputa sadia que a gente tem. Ninguém quer perder, principalmente nos jogos, mas isso vem desde os treinamentos.
Saindo mais da parte tática: qual foi o companheiro que mais te ajudou em sua chegada ao Flamengo?
Todos me ajudaram desde que cheguei, com um ‘toquezinho’ aqui, outro ali… O que fica mais marcado são os do sistema defensivo, que fico mais próximo na hora do treinamento, Rodrigo, Filipe, Rafa (Rafinha), Diego (Alves) e o Gustavo. A gente costuma trocar mais ideia, porque às vezes algo não sai como a gente quer no treinamento, e a gente já busca corrigir na hora, para não acontecer novamente. Isso é bom para que a gente possa se entrosar o mais rápido possível.
Os campeonatos de futebol foram paralisados por mais de três meses, por conta da pandemia do novo coronavírus. Como foi o período de isolamento social, em relação à questão física e psicológica?
Bastante desgastante, acredito que não só para mim, como para a população do Brasil inteiro. Com certeza a gente está vivendo uma rotin que não é de costume. Geralmente, quando o atleta tem férias, é um mês. A gente ficou mais de 60 dias parados. Foi bem difícil, mas agora estamos felizes por termos voltado aos treinos, mas com certeza foi bastante desgastante. Deu pra curtir a família, mas a gente fica preocupado, tenso. Mas tive todo suporte do Flamengo para treinar, vários aparelhos para manter o preparo físico. Acho que a gente voltando aos poucos, esperamos que dê tudo certo e uma cura seja encontrada, para que todos possam ter uma rotina normal.
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