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#MulheresDaGávea: Parceria entre Flamengo/Marinha rende frutos e marca ascensão do futebol feminino; entenda

Por: Nathalia Coelho e Paula Mattos

O processo de reestruturação do Flamengo, iniciado em 2013 pela gestão de Eduardo Bandeira de Mello, não focou apenas em plantar sementes no setor administrativo e no departamento de futebol, mas também investiu na retomada do futebol feminino como modalidade e, em 2015, ingressou nas competições estaduais e nacionais.

Em parceria com a Marinha, o Mais Querido tornou-se competitivo e voltou às elites do futebol estadual e nacional. Ainda no ano de 2015, com o primeiro time montado, conseguiu colher os frutos do investimento realizado no esporte, se consagrando Campeão Carioca da edição, com 10 vitórias em 11 partidas. No Brasileirão, teve um bom início de campanha, mas não conseguiu passar da segunda fase da competição.

A hegemonia no Carioca:

Em 2016, com mais estrutura, experiência e trabalho árduo, as Mulheres da Gávea deram o seu recado, mostraram a força do Flamengo e sacramentaram o sucesso com a Marinha, ao garantir o bicampeonato Estadual e a erguer o troféu do Campeonato Brasileiro, se tornando o primeiro clube (fora de São Paulo) a conquistar a Taça na história do torneio.

No ano de 2017, as meninas do Flamengo/Marinha iniciaram a temporada com o pé direito, nadaram de braçadas em relação aos rivais cariocas e reinaram soberanas na competição, conquistando o tricampeonato Carioca com campanha invicta. Já no Brasileirão, apesar de um bom início, as Mulheres da Gávea tropeçaram nas quartas de final e foram desclassificas.

É TETRA! Ao final da temporada de 2018, a parceria entre o Maior do Mundo e a Força Naval continuou com saldo positivo e as jogadoras do Flamengo/Marinha ergueram o quatro troféu Carioca consecutivo. No Brasileirão, apresentaram uma boa campanha, com dez vitórias em 18 partidas.

Aos poucos, as jogadoras do Flamengo/Marinha foram se desenvolvendo, se aperfeiçoando e, com os títulos conquistados, conseguiram abranger os seus espaços e, consequentemente, sua notoriedade. Na temporada passada, as Mulheres da Gávea continuaram reinando soberanas e, como de costume, soltaram o grito de campeãs Carioca. No Brasileirão, chegaram à semifinal com boas chances de título, mas perderam para o Corinthians e se despediram da competição.

Nesta temporada, antes da paralisação das competições pela pandemia da Covid-19, o Flamengo/Marinha disputou as quatro primeiras rodadas do Brasileirão e, na competição, venceu as partidas contra a Ponte Preta e o Minas, e perdeu para Santos e São Paulo.

Parceria com a Marinha:

Em julho de 2015 o Flamengo anunciou que havia fechado uma parceria com a Marinha do Brasil, com o objetivo de unir forças para desenvolver o futebol feminino rubro-negro. Inicialmente, apenas a força armada brasileira naval realizava contratações de atletas, e as ‘negociações’ começavam quando a Marinha abria um processo seletivo. As interessadas deveriam fazer uma inscrição por meio de um edital e, além disso, precisavam fazer um cadastro para o Serviço Militar Voluntário.

Atualmente, esse processo ainda existe internamente no Flamengo/Marinha. Entretanto, pela primeira vez na história, no fim de 2019, o Mais Querido passou a interferir mais nas contratações. Na época, o clube realizou algumas admissões para a disputa pontual do Campeonato Carioca. Já em 2020, o Rubro-Negro investiu em outras sete novas jogadoras para a temporada.

Vale ressaltar que todas as atletas que, paralelamente, são militares e entraram na equipe por meio do edital, são de responsabilidade financeira integral da Marinha. Já as jogadoras contratadas pelo Flamengo, têm seus salários pagos pelo clube. Ainda fruto da parceria com a força militar brasileira, a equipe do Mengão treina no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN), no Rio de Janeiro.

No CEFAN, as atletas e toda a comissão técnica têm à disposição dois campos, academia, centro de fisioterapia e de análise de desempenho, além de quatro refeições diárias. Outro ponto firmado no acordo entre a Marinha e o Flamengo, é que todas as jogadoras que desejarem, têm o direito de ficar no Centro de Educação Física para pernoite.


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Até 2019, a equipe rubro-negra mandava seus jogos na Gávea, mas, por determinação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a sede foi vetada por não comportar pelo menos duas mil pessoas nas arquibancadas. Desde o começo da parceria entre as partes, as atletas passaram a utilizar como uniforme o Manto Sagrado com brasão e nome da Marinha.

Em cinco anos, desde que o Mais Querido se juntou com força naval, bons frutos foram colhidos, e a parceria rendeu um total de seis títulos às Mulheres da Gávea: cinco Cariocas e um Brasileiro. Agora, com novos investimentos na modalidade, a tendência é que Flamengo/Marinha atinja outro patamar e continue caminhando rumo ao topo do futebol feminino.

- Coluna do Fla -

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