Gerson chega à delegacia para prestar depoimento sobre caso de racismo

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 FOTO: CAÍQUE ANDRADE

A vitória de 4 a 3 do Flamengo em cima do Bahia, no último domingo (20), no Maracanã, poderia ter sido marcada somente pela virada heroica do Rubro-Negro e do jogão apresentado por ambas as equipes. Entretanto, a denúncia de Gerson sobre ter sofrido racismo por parte do jogador Indio Ramirez, ao fim do jogo, tirou a beleza do futebol. Na manhã desta terça-feira (22), o Coringa do Fla foi à delegacia prestar depoimento formal contra o jogador do clube baiano.

Gerson chegou à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância do Rio de Janeiro às 9h53 (horário de Brasília) para dar seu depoimento sobre a acusação de injúria, como informado pelo GE. O jogador formalizou a denúncia ainda na última segunda-feira (21), e levará o caso adiante também na justiça comum.


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De acordo com Gerson, no início do segundo tempo, Ramirez disse a ele: “Cala a boca, negro”. A situação causou uma confusão no campo e, além do atleta, Mano Menezes (ex-técnico do Bahia) também se envolveu. Em imagens, é possível ver o treinador minimizando o ato do jogador colombiano.

Cabe destacar que injuria racial é crime em todo território brasileiro. Conforme previsto na LEI Nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, o ato prevê punição para casos resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, com pena que projeta reclusão de dois a cinco anos. Em meio a este lamentável episódio, Gerson recebeu apoio de diferentes clubes do futebol nacional e internacional.

Ramirez chegou a se pronunciar sobre o caso através das redes oficias do Bahia: “[…] Não sei o que me fala, mas eu não compreendo muito o português. Não compreendi o que me disse e falei “joga rápido, irmão”. Aí passo por ele (Gerson) e sigo a bola. Não sei o que ele entendeu, o que ouviu. Ele jogou a bola e passou a me perseguir sem eu entender o que passava. Dei a volta por trás porque não queria entrar em briga com ninguém e depois ele sai falando que o tratei com “cale a boca, negro” falando português quando eu realmente não falo português”.

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