Após anos de soberania no território nacional, a Globo deixou de exercer os direitos de transmissão do Campeonato Carioca e a Record TV passou a exibir a competição em 2021. Além disso, os clubes cariocas também inovaram e montaram plataformas de streaming para divulgar o acesso aos jogos do Cariocão deste ano.
Aproveite a boa fase do Flamengo para lucrar!
Em meio a isso, em entrevista ao Globo Esporte, Rodrigo Tostes, vice-presidente financeiro do Flamengo, afirmou que não existe nenhum conflito com a emissora fundada por Roberto Marinho, pelo contrário, segundo ele, o canal é o maior parceiro comercial do Mais Querido e conduziu que acha necessário a testagem de plataformas de streaming para que o clube esteja preparado para futuras negociações.
– A Globo é o maior parceira comercial do Flamengo, de longe, não existe uma briga entre o Flamengo e a Globo. O que existe é a gente precisa é testar esse modelo (streaming) para a gente saber quanto ele vale. A gente entende que acessar o cliente diretamente é necessário para termos base de negociação. É simplesmente isso, a Globo é o maior parceira comercial do Flamengo e vem sendo há muitos anos.
– O que a gente entende é que temos que buscar modelos alternativos. O clube precisa estar preparado para negociar tecnicamente, tecnologicamente. Não é fácil montar uma plataforma de streaming própria, nós temos aprendido muito, estamos em evolução. Não tem nenhuma briga nisso.
A chamada “briga Flamengo versus Globo” é mais uma notícia fabricada pela imprensa brasileira( a principal especialidade dessa instituição). O que ocorreu na verdade foi a percepção de alguns dirigentes rubro-negros de que o clube é o trem pagador do futebol brasileiro, garantindo lucros vultosos à emissora da família Marinho com as audiências que proporciona em seus jogos trasmitidos. Como a Globo nunca quis dividir seu bolo com ninguém, ela contra-atacou usando a tragédia do Ninho para desgastar a diretoria. Apesar dos erros da atual diretoria em vários aspectos, ela enxergou algo óbvio: clubes de massa como o Flamengo lucrarão muito mais em suas plataformas de streaming, desde que funcionem bem, do que os contratos de TV convencionais. O torcedor consciente e apaixonado pelo seu clube prefere usar seu dinheiro para assinar um produto que reverta 100 % da arrecadação para seu time de coração do que financiar as gigantes dos ramos da comunicação, que vão precisar aceitar dividir o bolo para transmitirem os eventos esportivos.