FOTO: ACERVO O GLOBO
Por Tulio Rodrigues
Até está terça, 09 de março de 2021, o estádio popularmente chamado de Maracanã, tinha como nome oficial, o de “Estádio Jornalista Mário Filho”. Com a aprovação do projeto de lei 3.489/21, de autoria do deputado André Ceciliano (PT), o local poderá se chamar “Edson Arantes do Nascimento – Rei Pelé”. Ainda falta a sanção do governador em exercício, Cláudio Castro, que tem 15 dias úteis para fazê-lo ou não. A divulgação da mudança gerou enorme repercussão nas redes sociais. Mas quem foi Mário Filho?
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Nascido em Recife em 1908, capital pernambucana, se mudou para o Rio de Janeiro com a família na infância, em 1916. Iniciou a carreira de jornalista em 1926, nos jornais de propriedade do seu pai, Mário Rodrigues. No “Crítica”, trouxe um novo tipo de cobertura do futebol. Foi também nessa época que cunhou o nome “Fla-Flu“, que anos mais tarde seria lembrando também por seu irmão, Nelson Rodrigues como o clássico que “começou 40 minutos antes do nada“.
Em 1931, fundou o primeiro jornal do Brasil totalmente dedicado ao esporte: “O Mundo Esportivo”. No periódico, através da sugestão do repórter Carlos Pimentel, criou os desfiles das escolas de samba. O que se conhece até hoje. No início, disputado na Praça Onze. A ideia era preencher o seu jornal com matérias, que traziam notícias de futebol e remo.
Cinco anos depois, em 1936, compra de Roberto Marinho, fundado do “O Globo”, o “Jornal dos Sports”. Além de criar diversos torneios como o Rio-São Paulo, usou o diário nos anos 40 para contrapor o vereador Carlos Lacerda, que defendia a construção de um estádio municipal em Jacarepaguá para a Copa do Mundo de 1950. Convencendo a opinião pública, conseguiu que sua ideia, um estádio em local mais centralizado, no bairro do Maracanã, com capacidade para mais de 150 mil pessoas, o maior estádio do mundo, fosse construído.
— Ora, evidentemente, o estádio nacional. Se há uma coisa que precise ser feita já, é o estádio nacional. Por uma razão simples: o Campeonato do Mundo vem aí —, disse Mário Filho em entrevista ao jornal “O Globo”, em 1947.
— Sou pelo estádio nacional, porque quero uma solução para o campeonato do mundo, uma solução completa, e não um arranjo, que seria a ampliação. São Januário já não chega para certos “matches” do campeonato carioca, é pequeno para as finais do campeonato brasileiro, transforma-se em um ovo em toda disputa de qualquer Copa. A ampliação faria com que se pudessem entrar em São Januário, para o Campeonato do Mundo, mais vinte ou trinta mil pessoas. Quer dizer, arrebentado de gente, São Januário comportaria setenta ou oitenta mil espectadores —, finalizou aquele que é considerado o maior jornalista esportivo de todos os tempos.
Quando foi inaugurado, o estádio ganhou o nome do prefeito da época: “Estádio Municipal Mendes de Moraes”. Batismo que não durou muito. Atrasos na construção, desvio do orçamento, mais a derrota do Brasil para o Uruguai na final da Copa do Mundo de 50, geraram um desgaste político e nova alteração para “Estádio Municipal do Maracanã”.
Em 1966, o Maracanã foi rebatizado de “Estádio Jornalista Mário Filho”, em homenagem ao seu maior entusiasta. A alteração ocorreu um mês depois do falecimento de Mário, vítima de um ataque cardíaco. O seu irmão Nelson Rodrigues, o homenageou com a alcunha de “o criador de multidões” por causa da sua influência na popularização do futebol no Rio de Janeiro.
Além de jornalista, Mário Filho também se destacou como escritor. Entre suas obras estão “Histórias do Flamengo” de 1934; “O Negro no Futebol Brasileiro” de 1947 e “Viagem em torno de Pelé”, 1964. O curioso, é que Pelé, personagem do seu penúltimo livro, pode o suceder no batismo formal do Maracanã.
O Projeto de Lei, que também tem a coautoria de Bebeto (Pode), Marcio Pacheco (PSC), Eurico Junior (PV), Carlos Minc (PSB), Coronel Salema (PSD) e Alexandre Knoploch (PSL), prevê que o nome do restante do complexo esportivo, que conta com o Parque Aquático Júlio Delamare, o estádio de atletismo Célio de Barros e o ginásio do Maracanãzinho, continuará a ter o nome do jornalista.
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Cabe ao Pelé, com toda sua magestade, e que já tem estádios com seu nome no Brasil todo, dizer a esses desocupados políticos, que deixem o nome Mário filho