IMAGEM: REPRODUÇÃO/FLATV
Na manhã desta quinta (08), o vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, se posicionou no Twitter em relação a uma informação divulgada no balanço financeiro. Segundo ele, os valores dos acordos feitos com as famílias das vítimas da tragédia do Ninho do Urubu foram destacados como positivos pela Ernst & Young, empresa que audita as demonstrações financeiras do Mais Querido. Porém, Rodrigo Capelo, especialista no ramo de finanças esportivas, discordou do dirigente, apontando que o texto é do próprio clube. Dunshee, por sua vez, rebateu.
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O texto em questão se deve a “provisão para contingências e depósitos judiciais” e está na página 53 do balanço publicado pelo Flamengo em seu site. Ele explica que os acordos entram nas “provisões de contingências trabalhistas” e segue: “Adicionalmente, encontram-se também registradas neste número as causas relacionadas ao incêndio que ocorreu no Centro de Treinamento do Flamengo no dia 8 de fevereiro de 2019. O Flamengo ofereceu aos familiares um valor superior ao que a justiça brasileira costuma determinar em casos como este e 24,5 famílias, dos 26 atingidos pela tragédia, já entraram em acordo, no que diz respeito a indenizações. Com as demais famílias, o Clube vem mantendo contatos no intuito de chegar ao melhor desfecho possível para as partes“.
CONFIRA A PUBLICAÇÃO INICIAL DE RODRIGO DUNSHEE:
Nem eu sabia o que a gigante mundial da auditoria havia comentado sobre os acordos e fiquei feliz de ver que tecnicamente acabou fazendo um reconhecimento do trabalho feito, mesmo com pandemia, perdas enormes de receita, basta ver às fls 53 do balanço. Seguiremos até o fim.
— Rodrigo Dunshee (@roddunshee) April 8, 2021
Segundo Capelo, a auditoria é feita em cima do números lançados pelo clube e apresenta correções. “O dirigente se baseou em uma nota explicativa escrita pelo próprio Flamengo sobre os acordos com as famílias. A empresa “somente” audita o balanço e entrega um parecer sobre a correção dos números. A EY não tem nada a ver com a história“, explica.
CONFIRA A PUBLICAÇÃO INICIAL DE RODRIGO CAPELO:
O problema é que o dirigente se baseou em uma nota explicativa escrita pelo próprio Flamengo sobre os acordos com as famílias. A empresa "somente" audita o balanço e entrega um parecer sobre a correção dos números. A EY não tem nada a ver com a história.https://t.co/et7o2355wk
— Rodrigo Capelo (@rodrigocapelo) April 8, 2021
Rodrigo Dunshee respondeu em seguida. Disse que a EY faz uma auditoria minuciosa e o que não estiver de acordo, passa pelo seu crivo. Explicou ainda que as notas explicativas fazem parte do relatório da auditoria: “A EY audita tudo e nada que não seja de acordo passa pelo crivo dela, sem ressalva. As notas explicativas fazem parte do relatório da auditoria“, explicou para logo em seguida acrescentar um trecho do relatório da empresa, que consta na página 14 do resultado financeiro publicado pelo Flamengo em seu site oficial.
“Opinião com ressalva: Examinamos as demonstrações financeiras do Clube de Regatas do Flamengo (“Clube”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2020 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis“, diz a empresa.
CONFIRA A PUBLICAÇÃO DE DUNSHEE:
As notas explicativas foram examinadas pela empresa de auditoria, basta ver abaixo. Fato que esse mau repórter não tem como contestar é q a informação passada sobre os acordos é verdadeira. Se apegou a lixo e não a verdade do conteúdo e ao selo de qualidade da EY. Fla o incomoda. pic.twitter.com/2jvaU0JTQY
— Rodrigo Dunshee (@roddunshee) April 8, 2021